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06/04/2010

Cristo Fundou Uma Só Igreja



















Se Nosso Senhor edificou uma só Igreja, como se explica a existência, atualmente, de tantas igrejas, com variadas denominações? Está certo o ditado popular que diz que todo caminho vai a Deus?                                                  (Arcy Lopes Estrella – São Gonçalo/RJ.)

            É verdade que Jesus Cristo fundou uma única Igreja, que São Paulo compara a um corpo: o corpo de Cristo, que é um só, embora tenha muitos e diferentes membros, que exercem diferentes funções. O que importa é que, mesmo exercendo funções diferentes, todos os membros trabalhem em harmonia e se mantenham unidos num único corpo, sob o comando de uma só Cabeça, que é Cristo.
            Acontece que Cristo, a Cabeça invisível, quis fazer-se representar na terra por uma cabeça visível, conforme atestam diversas passagens do Evangelho, especialmente Mt 16,13-19, que estabelece o primado de Pedro. Essa “cabeça visível” se faz presente, hoje, na pessoa do Papa, que é quem mantém a unidade da Igreja.
            Houve, porém, na história do cristianismo, alguns momentos em que a procedência divina da autoridade do Papa foi contestada, dando origem às duas principais divisões dentro da Igreja: primeiro o cisma do Oriente, consumado em 1054,  e depois a Reforma Protestante, consumada em 1521. No primeiro caso, os motivos foram principalmente políticos, sendo a ruptura causada por uma “disputa de poder” entre a divisão ocidental e a oriental do Império Romano, e portanto também entre as respectivas lideranças eclesiais, que, na época, estavam intimamente ligadas ao poder político. A rivalidade política é que motivou a divergência doutrinária, por si só insignificante, e que poderia ter sido facilmente resolvida com boa vontade e diálogo, mas em vez disso foi usada como pretexto para a ruptura. Tratava-se de um conceito teológico a respeito da natureza exata da relação existente entre as três pessoas da Trindade. Hoje, o que dificulta o restabelecimento da unidade entre o Oriente e o Ocidente são principalmente as diferenças culturais, bastante acentuadas. Mas existem, também no oriente, algumas comunidades fiéis a Roma, embora conservem os ritos litúrgicos orientais.
            No caso da Reforma Protestante, o monge agostiniano Martinho Lutero foi quem deu início à rebeldia contra a autoridade do Papa, por causa da atitude de alguns membros da Igreja, que não lhe pareciam conformes à sã doutrina. Julgando, erradamente, que tais atitudes estavam necessariamente ligadas à autoridade central da Igreja, ele acreditou ser necessário romper com essa autoridade, para poder recuperar a integridade da fé apostólica original. Também aqui a rebeldia foi favorecida pelo pano de fundo político e cultural, havendo igualmente razões pessoais, por trás dos motivos religiosos que, oficialmente, foram a causa da ruptura.
            Para os reformadores (que logo se multiplicaram, encorajados pela iniciativa de Lutero), a ruptura era a única solução possível para salvar a Igreja. Eles não tinham inicialmente a intenção de fundar outras igrejas, mas sim de reformar (restaurar) a Igreja de Cristo. Continuaram entendendo que a Igreja é uma só e que sua Cabeça é Cristo, mas passaram a negar que Cristo tenha desejado fazer-se representar, na terra, por uma autoridade visível. Eles pretendem seguir diretamente o comando de Cristo, sem nenhum intermediário humano, e para isso tomam por base o conteúdo das Escrituras Sagradas, que, para eles, são a única fonte autorizada da Palavra e da vontade de Deus. Todos aqueles que buscam seguir Jesus Cristo a partir das Escrituras, constituem, para eles, “a única Igreja”. As diversas tendências e denominações não lhes importam muito, já que, em seu modo de ver, o fator de unidade está no fato, comum a todos, de ter Cristo como cabeça e a Bíblia como guia.
            Só que eles se esquecem de levar em consideração as contradições que decorrem dessa posição. Por exemplo, se a cabeça continua sendo uma só e a Palavra de Deus também, o corpo deveria continuar trabalhando em harmonia e mantendo a unidade de doutrina. Mas não é isso o que acontece. A Palavra é a mesma, mas cada um deles interpreta essa palavra de maneira diferente, segundo seus critérios e preferências pessoais, freqüentemente contraditórios. E, em nome dessa “liberdade”, alguns dedicam especial empenho em forjar mil interpretações diferentes para todas as passagens bíblicas que fundamentam a doutrina católica, negando tudo o que a Bíblia diz sobre a Eucaristia, sobre a Confissão, sobre o Primado de Pedro, etc. Por um lado pregam a liberdade de interpretação, mas por outro lado recusam-se a aceitar como válida a interpretação da Igreja Católica... assim como se recusam a considerar a Igreja Católica como um membro legítimo do corpo de Cristo. Para a maioria deles, todos os outros grupos têm direito ao seu lugar nesse Corpo, com exceção da nossa Igreja. Somos renegados pelo “crime” de continuar fiéis à nossa identidade e conscientes de ser a única Igreja fundada por Cristo.
            Se tantas divergências doutrinárias acontecem, sem que ninguém tenha o direito de apontar o caminho certo em meio às múltiplas tendências, é porque já não se obedece ao comando de uma única Cabeça. Em vez disso, todos querem ser cabeça, cada um quer uma igreja ao seu modo. Isso é um sintoma claro da inconveniência de semelhante posição, pois o corpo daí resultante torna-se um corpo monstruoso, feito só de cabeças, onde já não há comando, e portanto não há harmonia, nem unidade. Tal situação está claramente em desacordo com o desejo de unidade expresso por Cristo e tantas vezes enfatizado pelos apóstolos, e, portanto, contradiz a própria Bíblia à qual eles dizem dar valor absoluto.
            A Igreja Católica foi a única que manteve, ao longo de toda a sua história, a unidade de doutrina. É claro que houve e continua havendo divergências, desvios e mal-entendidos, mas é justamente aí que se revela a importância de uma autoridade central, que separe o joio do trigo e o essencial do acidental, estabelecendo a orientação oficial da Igreja. Em sua doutrina oficial, a Igreja Católica nunca compactuou com o erro e foi sempre plenamente fiel aos ensinamentos de Cristo. O erro dos reformadores foi confundir alguns membros doentes com a própria cabeça, e querer curar o corpo desligando-se da cabeça. Eles se esqueceram de que a Igreja, sendo uma instituição divina, constitui uma realidade maior do que o conjunto das atitudes individuais dos seus membros. As pessoas da Igreja são falíveis, mas a Igreja em si é infalível, porque sustentada pelo Espírito Santo. As pessoas da Igreja são pecadoras, mas a Igreja é santa, porque Cristo a santificou com seu sacrifício perpétuo, do qual a Igreja Católica continua sendo a fiel portadora, em obediência ao próprio Cristo (Lc 22,19c). Duvidar da santidade e da autoridade da Igreja é duvidar do poder e da promessa de Cristo...
            Esquecendo esse caráter único da Igreja fundada sobre Pedro, os reformadores acreditam que qualquer pessoa pode ser “igreja”, mesmo sem estar ligada à cabeça visível instituída por Cristo. Ao mesmo tempo em que negam a autoridade do Papa para definir a vontade de Deus, reivindicam igual autoridade para discernir por si próprios essa mesma vontade. Contestam como inválida a autoridade suprema de nossa Igreja, e no entanto cada um deles se considera investido da mesma autoridade, o que é contraditório.
            Se cada um só tem autoridade sobre si próprio, então já não há corpo, não há unidade, não há função para a Cabeça. Não há um corpo orgânico e harmônico, onde cada membro tem sua função mas todos se completam, e sim apenas “cabeças” dispersas, ligadas entre si como uma colcha de retalhos. E acontece que Jesus não prometeu o Espírito Santo apenas a cada pessoa individualmente (como defendem os reformados), mas também à Igreja, enquanto instituição (Mt 16,18). Em âmbito pessoal, a iluminação do Espírito é particular e individual. Mas, no âmbito eclesial (que também foi previsto por Cristo), a assistência do Espírito se dirige à comunidade como um todo, visando garantir sua unidade, organicidade e fidelidade ao Evangelho. Essa foi a função de governo, de pastoreio, atribuída a Pedro e seus sucessores, e que não anula a orientação individual, mas a completa e dirige. Sem uma “cabeça” no comando, não há verdadeira comunidade, não há Igreja.
Uma igreja sem cabeça visível é uma igreja sem identidade... e por isso as igrejas da
Reforma se subdividem tão facilmente. Essa “crise de identidade” é visível principalmente nos grupos mais recentes, que mostram grande dificuldade na hora de apresentar-se, de dizer quem são. Dificilmente um evangélico revela o nome da igreja a que pertence, ao menos quando se dirige aos católicos, talvez por não possuir um significativo senso de pertença. Parece ser indiferente, para eles, freqüentar este ou aquele grupo, dentro da “malha” protestante ou evangélica. Mas não deixam de reclamar quando fazemos confusão entre os diversos grupos...
O que explica a existência de tantas igrejas, portanto, é o orgulho humano, a pretensão de possuir a verdade fora da obediência e da submissão, da qual o próprio Jesus quis dar o exemplo, submetendo-se à vontade do Pai. Sem a submissão humilde à autoridade instituída por Cristo, ninguém chega à verdade, porque “os caminhos de Deus não são os nossos caminhos”. Os caminhos de Deus passam necessariamente pela obediência, mesmo contrariando a razão e a lógica, como se pode verificar na vida de todos os grandes santos. É a Deus que compete abrir os caminhos, não a nós. E ele o faz, quase sempre, contrariando nossos planos e convicções pessoais, por mais bem intencionados e corretos que estes possam ser.
Foi aqui que Lutero errou... não tanto em seus princípios, mas sim ao recusar submeter-se, porque, com isso, cometeu o pecado de julgar-se mais sábio do que a Igreja, e, portanto, mais sábio do que o Espírito Santo. Em vez de oferecer simplesmente a contribuição que lhe cabia enquanto membro do corpo, quis impor a sua opinião. Os problemas ou erros por ele detectados, como os de todos os tempos, acabaram por ser resolvidos do jeito e na hora de Deus, sem precisar para isso destruir a harmonia do corpo. A Igreja Católica continua firme, e talvez seja isso que os reformadores não conseguem aceitar... Lutero, e os que vieram depois dele, foram como marinheiros que, vendo o seu barco avariado, ao invés de unir esforços para consertá-lo, preferem abandoná-lo para salvar suas vidas, levando o que consideram mais importante da carga, acreditando que o barco irá naufragar e que caberá a eles dar continuidade à missão. Só que o barco não naufragou, o que não deixa de tornar meio sem sentido a sua “missão paralela”... Talvez seja por isso que, hoje, muitos tentam afundar o barco da Igreja, já que, por orgulho, não admitem voltar para bordo dele. O barco continuará sempre “avariado”, é verdade, porque Deus faz questão de deixar em evidência a fragilidade humana, para mostrar que a obra e o mérito são dele, não nossos. Mas, por isso mesmo, esse barco nunca irá afundar, e tolos são aqueles que apenas olham as “avarias”, em vez de admirar e agradecer a misericórdia de Deus que sustenta e conduz o barco que ele mesmo escolheu e enviou.
Quanto aos “caminhos que levam a Deus”: Cristo se declarou, ele mesmo, “o Caminho, a Verdade e a Vida”, e disse que “ninguém chega ao Pai, senão por ele”. Não há caminho para Deus fora de Cristo.
Não nos cabe, porém, julgar quem é que está com Cristo e quem não está. Se Deus nos coloca na Igreja, temos a responsabilidade de buscar Cristo nela, e de difundir essa boa-nova que a nós foi confiada. Mas Deus não pedirá contas a ninguém daquilo que não lhe foi confiado. Ele olha os corações, a sinceridade das intenções, a prática das virtudes do amor, do perdão, da humildade e da simplicidade. Quem tiver o coração puro e bom, e buscar a verdade com sinceridade, sem preconceitos e sem orgulho, estará com Cristo, onde quer que esteja. Cabe-nos viver e dar testemunho daquilo em que acreditamos, além de examinar-nos sempre quanto aos caminhos que buscamos: se procuramos, de preferência, as alternativas mais fáceis para justificar nosso comodismo, ou se abandonamos o caminho quando ele contraria nossos gostos pessoais, então não estamos no caminho de Cristo, pois este passa pela cruz e pela obediência.
Vigiemos a nós mesmos, e ofereçamos aos irmãos a ajuda que nos for possível, mas evitemos sempre julgar. O julgamento pertence a Deus, e o caminho de Cristo passa também pelo perdão e pela misericórdia.

Margarida Hulshof
livro "A Noiva do Cordeiro"  Editora O Lutador

Pedofilia e Igreja


By Pe. Faus on April 4, 2010

Transcrevemos  a seguir uma notícia de Zenit. org, que pode ser de interesse para os católicos que acompanham - rezando e oferecendo a Deus o seu sofrimento - a campanha sistemática de difamação e calúnia contra a Igreja e o Papa:
“Sacerdotes, coragem! Nós precisamos de vocês. Confiamos em vocês. Confiamos nossos filhos a vocês”, indica uma mensagem que leigos de várias nacionalidades estão enviando aos sacerdotes e divulgando através das redes sociais da internet.
A iniciativa foi lançada na Terça-feira Santa pela associação E-Cristians [cf. www.e-cristians.net] para combater “a campanha real e muito evidente” que busca apresentar “o Papa e os sacerdotes com algo que não são”, explicou à ZENIT o presidente da associação, Josep Miró i Ardèvol.
Os idealizadores da iniciativa acreditam que “se cada leigo se mostrasse um pouco ativo, a ação teria um efeito multiplicador”, e esperam que “uma onda de confiança em nossos sacerdotes e no Papa preencha o mundo”.
“Existe uma campanha que pretende apresentar como corriqueiros fatos que são absolutamente excepcionais, manipulando e distorcendo informações”, indica uma das mensagens de apoio, que já começaram a circular na Internet.
“Pensamos que este seja o momento de nós leigos manifestarmos nossa opinião, aquilo que pensamos, e a confiança que depositamos (no clero)”, explicou Miró.
“Acreditamos que esta campanha possa incidir sobre alguns sacerdotes, que se encontram inesperadamente acusados de conluio para a pratica de um crime – e de um crime muito grave”
Miró explicou que nos EUA, país com o maior número de denúncias contra sacerdotes e onde já se observa uma “transgressão da presunção da inocência”, ocorreu uma média inferior a oito casos de denúncia por ano – número que tem diminuído ao longo dos últimos anos.
“Isto num país de 300 milhões de habitantes, no qual há, apenas nas escolas católicas, cerca de 2,5 milhões de crianças”, continuou.
“Na Alemanha, 99,96% dos crimes de abuso são cometidos por leigos”, acrescentou Miró. “Mas não vi nenhum jornal mencionar esta porcentagem”.
“Ninguém tentou associar à imagem do professor uma conduta pedófila”, observou, dizendo que não se trata de um problema específico do clero.
Neste sentido, Miró referiu-se a um estudo realizado ainda em 1945 na Espanha, segundo o qual 25% das meninas e 10% dos meninos sofriam abusos por parte de seus professores.
O presidente da E-Cristians, membro do Pontifício Conselho para os Leigos, considera que a campanha difamatória do clero tenha origem principalmente em países anglo-saxões.
A este propósito, destacou como “dois veículos de comunicação particularmente importantes a BBC do Reino Unido e o New Yoork Times nos EUA”: “são os dois veículos que há anos se dedicam a atacar a Igreja, embora não sejam os únicos”.

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A PERSEVERANÇA DEPOIS DA PÁSCOA


“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra” (Cl 3, 1-2).


O que dizer de uma senhora que coloca a sua casa em ordem, somente quando está para receber uma visita?
Pode muito bem intitulá-la de porcalhona.
Que nome se dá ao diretor de um colégio, que organiza as salas e o uniforme dos alunos, só quando o inspetor marca uma visita?
Esse pode muito bem ser chamado de inepto.
E o que dizer de um católico, batizado e crismado, que se preparou muito bem para a Páscoa; mas que durante a oitava, já está mergulhado no túmulo do mundo, embalando em seus braços o monstro do pecado mortal?
Esse deve ser chamado de volúvel, infiel e leviano.
Como é triste ver milhares de pessoas ascenderem velas a Satanás, ao mundo e à carne, logo no início da oitava da Páscoa. Esses participaram das cerimônias, mas não encontraram a Face de Nosso Senhor, por isso, vivem como se Cristo não houvesse ressuscitado.
Quando falta a perseverança, é impossível caminhar com Cristo ressuscitado:“Fazer uma boa confissão na Páscoa, fazer ótimos propósitos, é bastante fácil; difícil, porém, é perseverar no bem” (Pe. João Colombo).
Perseverar no esforço “consiste em lutar e sofrer até o fim, sem sucumbir ao cansaço, ao desalento ou à moleza” (Ad Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 1093).
Não adianta encher cadernos com preciosos propósitos, se tudo não passa de fogo de palha. O Senhor ressuscitado quer que perseveremos no caminho da luz, que passemos por cima de todos os obstáculos, que deixemos tudo para trás e O sigamos até o fim: “Muitos começam bem, mas poucos são os que perseveram... Nos cristãos não se procura o princípio, mas o fim. O Senhor não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa” (São Jerônimo).
Existem muitos católicos “ressuscitados”, que não passam de católicos “mumificados”; porque voltam, após a Páscoa, a residirem nos túmulos escuros dos vícios.
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, não volte a seguir mais as máximas do mundo, porque elas sepultarão a sua alma imortal na lama do pecado: “Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus” (Tg 4, 4), e: “Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai” (1Jo 2, 15).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, corte a amizade com aquelas pessoas que te convidam com freqüência para percorrer o caminho da imoralidade: “Certas amizades loucas entre pessoas de diverso sexo, e sem intenção de casamento, não podem merecer o nome de amizade nem de amor, pela sua incomparável leviandade e imperfeição. São abortos ou, melhor ainda, fantasmas da amizade” (São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, capítulo XVIII), e: “Não vos deixeis iludir: ‘As más companhias corrompem os bons costumes” (1 Cor 15, 33).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, deixe de contar piadas com duplo sentido e de falar palavrões, porque essas bocas sujas podem ser comparadas a túmulos cheios de podridão: “Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem” (Ef 4, 29).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, jogue fora, ou melhor, coloque no fogo todas as suas roupas imorais; elas são tarrafas que o demônio usa para pescar os homens curiosos. Esvazie o seu guarda-roupa dessas modas pagãs: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus?... e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo” (1 Cor 6, 19-20), e: “... os pais devem vigiar a fim de que certas modas e certas atitudes imorais não violem a integridade da casa” (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, 56).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, não volte a participar mais do carnaval e dos bailes, isso ofende muito a Deus: “Numa palavra, é uma loucura fazer da noite dia e do dia noite, e trocar os exercícios de piedade por vãos prazeres. Todo baile está cheio de vaidade e emulação e a vaidade é uma disposição muito favorável às paixões desregradas e aos amores perigosos e desonestos, que são as conseqüências ordinárias dessas reuniões” (São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, capítulo XXXIII), e: “No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o Sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores” (Santo Afonso Maria de Ligório, Meditações).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, abandone de uma vez por todas a bebida alcoólica; ela é a urina de Satanás: “Não vos iludais... nem os bêbados... herdarão o Reino de Deus” (1 Cor 6, 10).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, viva humildemente, aceitando com alegria as correções fraternas, sem jamais se azedar: “A pessoa santa é humilde, quando é repreendida, arrepende-se da falta que fez. Ao contrário, quem é orgulhoso fica magoado quando é corrigido. Fica magoado por ver descoberto o seu defeito e por isso responde e indigna-se com quem o adverte” (São João Crisóstomo: In Mathaeum, hom. 68 (al. 69), n° 1-2, MG 58 de 341 a 344).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, fuja da vida fácil e da “poltronice”, e entre pelo caminho apertado, carregando a cruz com paciência e por amor a Deus: “...não existe coisa mais agradável a Deus do que sofrer com paciência e paz todas as cruzes por ele enviadas” (Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do amor a Jesus Cristo, capítulo V), e: “O sinal mais certo para saber se uma pessoas ama a Jesus Cristo é, não tanto o sofrer, mas o querer sofrer por amor dele” (Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do amor a Jesus Cristo, capítulo V).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, deixe de perder tempo com as coisas vazias da terra, e reserve alguns horários por dia para a oração e meditação: “Quem reza se salva, quem não reza se condena” (Santo Afonso Maria de Ligório, A Oração), e: “Quem não medita, não julga com severidade a si mesmo, porque não se conhece. A oração controla nossos afetos e dirige nossos atos para Deus” (São Bernardo de Claraval, De consideratione ad Eugenium III, I. I, c. 2, n° 3 ML 182-730; idem, 1, 1, c. 7. ML 182-737).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, viva nesse mundo sem se apegar às coisas passageiras; elas são grandes obstáculos para o progresso espiritual:“Desapeguemos o coração de todas as criaturas. Quem está agarrado a alguma coisa da terra, ainda que mínima, nunca poderá voar e unir-se todo a Deus” (Santo Afonso Maria de Ligório, Resumo das Virtudes), e: “Quanto afeto pomos nas criaturas, tanto tiramos a Deus”(Bacci, Vita, 1. 2, c, n° 4: São Felipe Néri).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, busque fervorosamente a santidade de vida, porque sem ela, ninguém verá o Senhor: “Porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Ts 4, 3), e: “Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas sim para a santidade” (1 Ts 4, 7).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, não busque apoio nas criaturas, mas recorra a Deus quando surgirem insistentes tentações: “Oxalá todos os homens recorressem a Deus, quando são tentados a ofendê-lo; certamente nenhum o ofenderia” (Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do amor a Jesus Cristo, capítulo XVII),
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, participe piedosamente da Santa Missa e confesse com freqüência: “A Eucaristia é, na verdade, a alma da piedade e o centro da religião cristã...” (São Francisco de Sales, Introdução à Vida devota, capítulo XIV), e: “Confessa-te com humildade e devoção todos os oito dias e, se for possível, sempre que comungares, conquanto tua consciência não te acuse de algum pecado mortal” (São Francisco de Sales, Introdução à Vida devota, capítulo XIX).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, trabalhe fervorosamente para tornar Cristo Jesus conhecido: “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho” (1 Cor 9, 16).
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo”, se esforce para amá-lO sobre todas as coisas, porque esse é o caminho mais curto para a santidade: “A perfeição consiste em amar a Deus de todo o coração” (Camus, Esprit de S. François de Sales, p. I, c. 25).
Não nos acomodemos nem deitemos pelo caminho empoeirado do mundo, mas perseveremos com fé e valentia no caminho da perfeição.
Cristo ressuscitou! Não olhemos para o Senhor como se fosse um mito, mas sim, como o Deus que ressuscitou e que nos convida a segui-lO diariamente sem nos determos nas coisas passageiras desse mundo.
Cristo ressuscitou! Jamais voltará ao túmulo!
Ressuscite você também espiritualmente e persevere no caminho do bem. Jamais volte ao túmulo do pecado.

Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 20 de abril de 2007

VIVA O PAPA











Há tempos, numa vila da diocese de Milão, realizou-se a bênção da bandeira de um Círculo de Jovens Católicos.
A vila estava então dominada pelos vermelhos, sempre velhacos e prepotentes. Os jovens católicos, desafiando as iras do inimigo, saíram da igreja com o seu estandarte erguido e ali, na mesma praça, onde até então ressoara o grito dos anticlericais, fizeram ecoar o grito dos amigos do Vigário de Cristo: Viva o Papa!
Foram agredidos. Defenderam-se galhardamente, mas um deles recebeu uma punhalada na garganta.
Conduzido à farmácia, o farmacêutico, antes de fazer o curativo, disse-lhe: “Durante alguns dias não poderá falar; se tiver algo a dizer, diga-o agora”.
O jovem não hesitou um instante e gritou, quanto lhe permitiram as forças: “Viva o Papa!”.

Santa Catarina de Sena: Respeito devido aos Sacerdotes


Santa Catarina, por sua vida exemplar e pelo conhecimento adquirido de Deus e da Sua "visão" para com o mundo e a humanidade, constituiu-se em sua época em formidável instrumento da Providência Divina, para iluminar o mundo e a Igreja, tendo nesta desfrutado de enorme autoridade.
Teve um intensa vida mística iniciada aos 6 anos de idade quando desfrutou de uma extraordinária visão de Jesus.
Em 1370, aos 23 anos, passou por sua experiência mística mais importante, quando chegou a parecer morta por várias horas em um êxtase profundo no que foi acompanhada por diversas pessoas inclusive vários padres. Neste, conta o seu primeiro biografo e diretor espiritual, Frei Raimundo da Cápua, que ela posteriormente lhe teria revelado que sua alma havia sido retirada do seu corpo e levada à conhecer os mistérios divinos, e como se mostrasse contrariada em retornar ao corpo, o Senhor lhe disse: "Vês de quanta glória estão privados e com que tormentos sãs punidos aqueles que Me ofendem? Retoma, pois, a vida e faze-os compreender seu erro e perigo da condenação. A salvação dos homens exige que retornes à vida. Mas não viverás mais, como até agora. O pequeno quarto não será mais tua costumeira moradia; pelo contrário, para a salvação das almas deverás sair de tua cidade. Estarei sempre contigo na ida e na volta. Levarás o louvor do Meu nome e a Minha mensagem a pequenos e grandes, a leigos, clérigos e religiosos. Colocarei em tua boca uma sabedoria à qual ninguém poderá resistir. Conduzir-te-ei diante de Papas, Bispos e Governantes do povo cristão, a fim de que por meio dos fracos, como é do Meu feitio, Eu, humilhe a soberba dos fortes."
Após este fato, conhecido como sua morte mística, Santa Catarina projetou-se numa intensa e importantíssima ação doutrinária e pacificadora na Igreja, conforme a profecia do Senhor.
Ela foi canonizada em 1461 e declarada Doutora da Igreja em 1970, pelo Papa Paulo VI.
Para avaliar a importância de seus escritos consta que em 1950 publicou-se uma lista de livros e estudos a seu respeito e já eram 1044.
A reflexão sobre estes extraordinários ensinamentos nos possibilitam compreender nitidamente o porque de nossa peregrinação terrena e assim constituir-se em forte ponto de apoio ao difícil processo de mudança interior na direção de Deus, que chamamos conversão.
* * *
Respeito devido aos Sacerdotes
Os ministros são ungidos meus. A respeito deles diz a Escritura: “Não toqueis nos meus cristos” (Sl 105, 15). Quem os punir cairá na maior infelicidade. Se me perguntares por que a culpa dos perseguidores da santa Igreja é a maior de todas e, ainda, por que não se deve ter menor respeito pelos meus ministros por causa de seus defeitos, respondo-te: porque, em virtude do sangue por eles ministrado, toda reverência feita a eles, na realidade não atinge a eles, mas a mim. Não fosse assim, poderíeis ter para com eles o mesmo comportamento de praxe para com os demais homens.Quem vos obriga a respeitá-los é o ministério do sangue. Quando desejais receber os sacramentos, procurais meus ministros; não por eles mesmos, mas pelo poder que lhes dei. Se recusais fazê-lo, em caso de possibilidade, estais em perigo de condenação. A reverência é dada a mim e a meu Filho encarnado, que somos uma só coisa pela união da natureza divina com a humana. Mas também o desrespeito. Afirmo-te que devem ser respeitados pela autoridade que lhes dei, e por isso mesmo não podem ser ofendidos. Quem os ofende, a mim ofende. Disto a proibição: “Não quero que mãos humanas toquem nos meus cristos”!
Nem poderá alguém escusar-se, dizendo: “Eu não ofendo a santa Igreja, nem me revolto contra ela; apenas sou contra os defeitos dos maus pastores”! Tal pessoa mente sobre a própria cabeça. O egoísmo a cegou e não vê. Aliás, vê; mas finge não enxergar, para abafar a voz da consciência. Ela compreende muito bem que está perseguindo o sangue do meu Filho e não os pastores. Nestas coisas, injúria ou ato de reverência dirigem-se a mim. Qualquer injúria: caçoadas, traições, afrontas. Já disse e repito: não quero que meus cristos sejam ofendidos. Somente eu devo puni-los, não outros. No entanto, homens ímpios continuam a revelar a irreverência que têm pelo sangue de Cristo, o pouco apreço que possuem pelo amado tesouro que deixei para a vida e santificação de suas almas. Não poderíeis ter recebido maior presente que o todo-Deus e todo-Homem como alimento. Cada vez que o conceito relativo aos meus ministros não coloca em mim sua principal justificativa, torna-se inconsistente e a pessoa neles vê somente muitos defeitos e pecados. De tais defeitos falarei em outro lugar. Mas quando o respeito se fundamenta em mim, jamais desaparece, mesmo diante de defeitos nos ministros; como disse, a grandeza da eucaristia não é diminuída por causa dos pecados. A veneração pelos sacerdotes não pode cessar; se tal coisa acontecer, sinto-me ofendido.
Santa Catarina de Sena, “O Diálogo” Cap. 28.Paulus, 9ª edição, São Paulo, 2005pp. 237-240
Pois é, por mais que não honrem a dignidade sacerdotal que receberam, somos, sob pena de pecarmos gravemente, obrigados a respeitá-los e venerá-los
Santa Catarina de Sena, rogai por nós.
Fonte: http://portalcot.com/reporter/   Repórter: Aninha     (Visita Recomendada)