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15/07/2010

A luta contra o pecado

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Esse mal nos escraviza e nos separa de Deus

Fazer a vontade de Deus é, antes de tudo, lutar contra os nossos pecados; pois eles nos escravizam e nos separam de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda a gravidade do pecado:
"Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro" (CIC § 1488).
São palavras fortíssimas que mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade.
O pecado está presente na história dos homens. Tudo o que há de mau na história do mundo é consequência do pecado, que começou com Adão e que continua hoje com seus filhos.
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na Sua carne, a escravidão do pecado.
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Cristo nos libertou das cadeias do pecado e, pela Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. São João deixa bem claro na sua carta:
“Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8).
Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus, e nos rouba a vida bem aventurada.
Com a sua morte e ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, pela sua graça podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo ensina na carta aos colossences:
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1).
Aos romanos ele garante: “Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rm 8,1).
Aos gálatas o Apóstolo diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).
Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Corpo místico do Senhor, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor.
A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (cf. Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o povo d'Ele dos seus pecados. Por tudo isso, o mais importante para o cristão é a luta contra o pecado; se preciso for “chegar até o sangue na luta contra o pecado” (cf. Hb12,4).
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Felipe Aquino
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Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor FelipeSite do autor:www.cleofas.com.br 

Dom Bosco


Dom Bosco

João Bosco nasceu em Becchi, na Itália, em 16 de agosto de 1815. Ele era o filho mais novo de um camponês que faleceu quando João tinha apenas dois anos. Ele foi criado pela mãe com muitas dificuldades financeiras. Desde cedo trabalhava como pastor e foi educado pelo padre da paróquia. Ele se desenvolvia nos estudos mas os abandonou para trabalhar.
Em 1835 ele entrou para o seminário de Chieri e foi ordenado seis anos depois pelo Arcebispo Franzoni de Turim. Ele saiu do seminário e foi para Turim, onde se dedicou a educação e apostolado de meninos e jovens. Foi persuadido por São José Cafasso, reitor de um seminário em Turim, a desistir da vida missionária e João Bosco começou a acompanhá-lo em visitas a prosões. Dom Bosco resolveu então se dedicar a ajudar as crianças que ele encontrava nas prisões. Sua personalidade carismática atraía muitos jovens para o Oratório e para aulas.
Pouco depois, ele abandonou seu posto na capela e foi viver na pobreza junto de sua mãe e uns quarenta meninos. Ele abriu cursos para treinar os meninos como sapateiros e alfaiates. Em 1856 já havia 150 meninos em quatro cursos e 500 crianças no Oratório com dez padres os auxiliando.
Com o crescimento do número de meninos, apareceu a questão do lugar adequado para os encontros. Quando o tempo estava bom, faziam caminhadas nos domingos e feriados para lugares no campo perto de Turim, com missas, almoços e aulas de catecismo. No outono de 1844 ele foi indicado como assistente no Rifugiom onde Dom Borel era entusiasta por seu trabalho. Com a aprovação do Arcebispo Franzoni, dois cômodos foram incluidos no Rifugio e convertidos em capela, dedicada a São Francisco de Sales. Os membros do Oratório agora poderiam se reunir no Rifugio e cresceu o número de meninos querendo admissão.
O sucesso do Rifugio não foi longo. Dom Bosco foi obrigado a abandonar os cômodos e foi perseguido e teve de enfrentar muitos obstáculos que por vezes pareciam destruir sua missão. Sua perseverança fez com que fosse considerado louco e tentaram confiná-lo em um asilo. O Oratório foi transferido do Rifugio para vários lugares até permanecer em um pequeno armazém, onde contava com setecentos membros e Dom Bosco se mudou com sua mãe para próximo dele. A mãe de Dom Bosco era como uma mãe para os meninos e dedicou os últimos dez anos de sua vida a cuidar deles. As aulas aumentavam e gradualmente foram criados dormitórios para os que desejassem morar no Oratório. Desta maneira foi fundada a primeira Casa Salesiana, que atualmente abriga mais de mil garotos.
As autoridades municipais tiveram que reconhecer a importância do trabalho de Dom Bosco e ele começou um bem-sucedido fundo para construção de escolas técnicas, que foram feitas sem grandes dificuldades. Em 1868 Dom Bosco resolveu construir uma igreja. Ele teve muita dificuldade em levantar todo o dinheiro necessário para a construção, que se completou com a ajuda de caridade de alguns amigos. A igreja foi consagrada em 9 de junho de 1868 a Nossa Senhora Auxiliadora. No mesmo ano, cinqüenta padres e professores que auxiliavam Dom Bosco formaram uma socidade com uma regra comum que Pio IX aprovou finalmente em 1874. Quando Dom Bosco faleceu, quatorze anos depois, a Ordem já tinha mais de setecentos membros espalhados pro sessenta e quatro casas.
Outra missão de Dom Bosco foi a criação, em 1872, de uma Ordem para freiras, com trabalho similar ao que ele realizava com os meninos. Esta Ordem foi chamada Filhas de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos e se espalhou para a maioria dos países em que os Padres Salesianos trabalhavam. Sua fundadora foi Santa Maria Mazarello.
Dom Bosco faleceu em 31 de Janeiro de 1888 e 40.000 pessoas visitaram seu túmulo. Ele foi declarado Venerável pelo Papa Pio X em 1907 e foi canonizado pelo Papa Pio XI em 1934. Ele é padroeiro dos aprendizes, meninos, editores, juventude mexicana, trabalhadores e estudantes.