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11/11/2010

É Missa ou Balada???

"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1,10)



Caríssimos,

Não é de hoje que o Santo Sacrifício tem sido desrespeitado e banalizado. Graças àqueles que sonham com uma Missa do seu jeito, querem re-criar o Sacrifíco de Jesus. Ignoram aquele primeiro (e único!) em que o próprio Deus foi imolado para salvar a todos nós. Deixaram-se contaminar pelo relativismo, pelo modernismo, pelas ideologias nefastas de que "Se Jesus ressuscitou, não precisamos mais vê-lo pregado à cruz. Vivamos, agora, um tempo de glória!".

Pensar assim é caçoar do Sacrifício de Cristo. Sim, caçoar, porque, em Sua Imolação, há um mistério e também uma Glória. A morte de Cristo não é um símbolo de derrota. Afinal, Ele não ficou preso à morte. Ele ressuscitou. O sacrifício de Cristo é um desejo de Deus ao seu povo. E o próprio Cristo autorizou aos Apóstolos que repetissem oque fez na Santa Ceia em Sua Memória. Como é que reviveremos a memória da nossa salvação com baladinha? Palminhas? Dancinhas? Musiquetas alá TdL?

Devemos lembrar, meus irmãos e irmãs, que Maria esteve em pé diante da Cruz. Sentia dor? Claro! Era o seu filho morrendo injustamente. Mas havia também nela uma alegria. Aquela "injustiça" tinha um fim maravilhoso: salvar os filhos de Deus. Portanto, a alegria na Santa Missa é contida. Assim como Nossa Senhora conteve-se diante do mistério, nós assim também devemos fazer. Rezar durante a Missa o que é a nossa parte, e não a do Sacerdote; conter palminhas e dancinhas. Há lugares apropriados para isso.

Contudo, penso que o retorno à Missa como nunca deveria ter deixado de ser está cada vez mais difícil. Na Arquidiocese de Maringá, por exemplo, temos a Missa pré-balada. Funciona assim: os jovens vão à missa, rezam, adoram, louvam. Antes da proclamação ao Evangelho, chega um sujeito carregando a Bíblia sobre um... skate! É... skate. Após a proclamação, a galera empurra banco pra lá, estica o esqueleto e... dança. Mas não é uma dancinha qualquer, não. É com a Igreja toda apagada, apenas com luzes de discoteca pra lá e pra cá e umas fumacinhas... E, segundo o locutor do vídeo, tudo é feito sob o olhar do Pároco e com o maior respeito ao Sagrado... tsc... tsc...

Se você passasse em frente a uma Igreja neste estado, diria o que? É missa ou balada?

Depois que vi o vídeo eu perdi completamente a noção do que seja respeito ao Sagrado. Porque, o que é Sagrado, é zelado, cuidado, e não zoneado. Repito. Não acho errado que os jovens tenham seu momento ao lazer dentro do Salão Paroquial (e não na Igreja), mas daí querer adaptar o Santo Sacrifício da Missa??? Será que ninguém ainda percebeu que enquanto agirmos dessa forma, fazendo "só o que o jovem quer", esta geração demorará muito mais a amadurecer (ou não amadurecerá nunca)? Quando é que proporcionaremos aos nossos jovens que tenham atitudes de pessoas crescidas?

Sim, eu sei que muitos que leram até aqui, dirão: "Evelyn, como você é quadrada. Não é melhor estes jovens nesta Missa-Balada" a estarem no mundo, usando drogas?" Não, não é. E explico. Nós não temos que adaptar a evangelização a uma secularização. O Evangelho não tem por onde ser adaptado, porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não se deve adaptar a Missa. Deve-se é adaptar-se a ela. E se Jesus não for suficientemente necessário para um jovem, podem fazer balada, missa disso e aquilo que nada os segurará. Só Jesus é quem pode conquistar um jovem, independentemente da situação em que este esteja.

Não temos que agradar aos homens na Santa Missa. Jesus mesmo não agradou a muitos. E Missa não é lugar de modismo. Se fosse, o Papa criaria o seu. Mas o Papa reza o Rito da Igreja, e não o que lhe convém. Não temos que nos dobrar ao mundo para termos Igreja cheia. Antes Igreja com pouquíssimas pessoas, mas que zelam pelo Sagrado, a Igrejas lotadas de gestos infâmes.

Chega de banalizar a Santa Missa, a Santa Liturgia e a Doutrina da Igreja

A reforma protestante e o mundo de hoje.


Era final do século XIV e início do século XV, a humanidade começou a desviar os seus olhos de Deus, a conseqüência disto todo mundo já sabe, as continuas paixões carnais se tornaram perversidade, um desejo desgovernado de idolatrar a si mesmo. A piedade perdeu força, céu e inferno se tornaram assuntos secundários e inúmeras críticas sem fundamentos foram lançadas contra a única Igreja de Deus. O mundo inaugura o movimento renascentista, e em nome de um falso humanismo começa a jorrar da mente humana princípios que futuramente formaria a sociedade que vivemos hoje.


A renascença é conhecida pelo abandono do Sagrado, a arte, a cultura e todas as expressões fenomenológicas deixaram de lado as coisas provenientes de Deus, para exaltar os princípios gregos que evidencia claramente o paganismo. Os lideres deste movimento revolucionário muito pouco se importavam com a cultura grega, digo isto por que dela eles só pegaram aquilo que era atrativos para eles, princípios éticos e eternos como o equilíbrio socrático, a imortalidade da alma platônica e a existência de “deus” aristotélica eles não evidenciavam. A realidade é que eles queriam se livrar da religião e usaram esta idéia de valorizar a cultura grega para romper com os limites éticos, morais e espirituais que a Igreja de Deus cobrava. O homem do orgulho e da sensualidade começou a criar a frase que Nietsche proclamou no século XX: “Eu matei Deus”.


Falei deste período para mostrar para os amigos leitores o contexto em que aconteceu uma das maiores tragédias da humanidade, muito pior do que as guerras mundiais ou o genocídio comunista, falo da reforma protestante. Parece exagero dizer isto, mas não é. Se não fosse a reforma protestante a revolução francesa não seria o que foi, o comunismo não seria o que é e o mundo não ganharia o rumo que esta. Por quê? Respondo:


Frente a este movimento renascentista o que a Igreja não poderia nunca viver era uma crise interna, o Corpo de Cristo precisava estar fortalecido para encarar a onda de paganismo que se levantava, e bem no meio de mais um grande combate que a Igreja iria vencer, levanta-se Lutero para “enfraquecer” a Igreja de Cristo com sua infernal revolução. A Igreja que começara a lutar contra o paganismo, teve que antes de tudo agora iniciar uma contra-reforma para se justificar perante inúmeras heresias e calunias e conter a saída dos fiéis do Santo Redil.


Seria cegueira dizer que não havia problema na Igreja, realmente tinha, como tem até hoje e em grandes proporções. Porém A Igreja não é uma verdade minha e nem do papa ou dos bispos da época, a igreja sempre foi uma verdade do próprio Cristo, verdade esta que foi e é apenas conservada pelo colégio apostólico. A Rebeldia de Lutero foi contra o próprio Cristo, dotado de orgulho além de atrapalhar a missão da Igreja de combater o paganismo que começava a se alastrar no mundo, ele também criou princípios idiotas como a popular interpretação das Sagradas escrituras, a negação do celibato, a oposição ao sacerdócio de Cristo nos clérigos e a não submissão a divina hierarquia eclesiástica. Tudo isto gerou mais revolução e todas estas revoluções gerou o mundo que temos hoje. Oxalá se Lutero imitasse São Francisco de Assis, um pobre frade que promoveu a verdadeira reforma, aquela que parte da obediência a verdade Cristo, as armas de Francisco não foram revoluções, ódio e “chororo”, sua arma foi à santidade de vida.


O fato é que o protestantismo trouxe para o mundo desconfiança para com tudo aquilo que provinha dos representantes de Cristo, que tragédia. Foi o protestantismo a fonte de seitas que colocam o homem no centro de tudo, a reforma protestante inspirou também a revolução francesa, a final, à rebeldia da péble contra a nobreza era no fundo também uma rebeldia do povo contra a Igreja e da revolução francesa veio o comunismo propagando ateísmo no mundo. Por isso afirmei que a reforma protestante é uma desgraça incomparável, foi dela, da renascença e da revolução francesa que surgiu o comunismo na modernidade.


Olhando para os protestantes e até mesmo para Lutero é difícil perceber tamanha maldade, ainda mais perante tantas seitas que vivem princípios morais conservadores. O problema é que a revolução demoníaca que eles iniciaram e permanecem nela, foi o que permitiu a chegada de Marx, Hitler, Lenin, Lula e tantos outros destruidores de pensamentos e homens de Deus.


O protestantismo fortaleceu o paganismo revolucionário e por isso o mundo é hoje esta ofensa a Deus, espero em Deus que com este artigo os católicos permaneçam no Santo Redil e que os irmãos separados voltem para a “corte celeste na terra”.


Salve Maria!