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12/11/2010

Mulher cristã acusada de blasfêmia recebe pena de morte no Paquistão


Roma, 11 Nov. 10 / 12:14 pm (ACI).- O jornal The Daily Telegraph denunciou o caso de Asia Bibi, uma mãe de família de 45 anos de idade que professa a fé cristã e que esta segunda-feira foi condenada a morrer na forca no Paquistão sob a polêmica Lei de Blasfêmia, usada para perseguir as minorias religiosas.

Em junho de 2009, Asia cumpria trabalhos de operária em Sheikhupura, perto de Lahore, Paquistão. Em uma ocasião lhe pediram que procurasse água potável para suas companheiras. Algumas das trabalhadoras –todas muçulmanas– se negaram a beber a água por considerá-la "impura" devido a que tinha sido provida por uma cristã.

Um dia mais tarde Bibi foi atacada por um bando, denunciou o caso à polícia e foi levada a uma delegacia de polícia para sua segurança. Uma fonte citada pelo jornal inglês explicou que a polícia recebeu pressões "da máfia muçulmana, incluindo clérigos, que pediram para a Asia a morte porque (supostamente) tinha falado mal do profeta Maomé".

Foi assim que a polícia registrou um caso de blasfêmia contra ela e ainda a mantém na prisão. Desde sua reclusão ela disse aos investigadores que é perseguida por ser cristã e negou ter insultado Maomé.

Seu marido Ashiq Masih pediu ajuda para a Asia e seus cinco filhos. "Não informei a duas de minhas filhas mais jovens sobre a decisão do tribunal. Perguntaram-me muitas vezes sobre sua mãe, mas não tenho o valor de dizer-lhes que o juiz a condenou à pena capital por um crime que nunca cometeu", explicou.

O que é a Lei de Blasfêmia?

A Lei de Blasfêmia agrupa várias normas contidas no Código Penal do Paquistão para sancionar qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão, que seja denunciada por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais. Sua aplicação pode supor o julgamento imediato e a posterior condena à prisão de qualquer pessoa.

Segundo a associação católica Ajuda à Igreja que Sofre, cada ano a lei se aplica em mais de 80 casos, "a maior parte dos quais sem fundamento jurídico, provoca graves injustiças, limita a liberdade de cidadãos inocentes e inclusive gera apedrejamentos, incêndios de casas e assassinatos de cristãos, cujo único delito é querer viver sua fé em liberdade".

Os católicos no Paquistão representam 0,7 por cento do total da população, estimada em 160 milhões de habitantes. Os cristãos e católicos constituem a classe social mais baixa em um país com o 98% de população islâmica.

Os cristãos devem ganhar o sustento com os trabalhos mais penosos, majoritariamente no entorno rural, sofrem exploração trabalhista e são discriminados inclusive no acesso à educação superior.

Fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20559

Artigo do Padre Raymond: Vamos falar francamente dos que querem nos matar.



Sua ira sobre suas cabeças
O sangue de Bagdá grita aos céus e à terra
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Houve uma orgia de violência no Iraque nesta semana, os terroristas desencadearam uma série ataques de bombas, matando mais de 100 pessoas. Mas o que aconteceu no último domingo foi tão absolutamente horrível que merece especial e completa condenação, apoiado em força letal, se necessário.


No domingo, um grupo terrorista afiliado da al-Qaeda invadiu a catedral da Igreja Católica Siríaca, Nossa Senhora do Livramento, durante a missa à noite, matando imediatamente o sacerdote que oferecia a Santa Missa – três sacerdotes ao todo foram assassinados.


Eles começaram a atirar nos membros da congregação, e prendendo outros reféns que se refugiaram em uma sala trancada. Quando as forças de segurança invadiram a igreja, os jihadistas mataram quantos podiam, e alguns deles detonaram as bombas suicidas em seus cintos.


Cerca de 60 católicos foram mortos. Em sua catedral. Durante a Missa. Cristãos são mortos em oração por fanáticos muçulmanos.


Existem cristãos no Iraque desde os primeiros séculos, muito antes de existir um Iraque ou, pode-se notar, antes mesmo do Islã. Jihadistas lançaram uma campanha com intenção genocida, que visa expulsar todos os últimos cristãos a partir do que eles consideram ser uma terra islâmica. Agora está claro que o único lugar que os jihadistas deixaram para cristãos no Iraque é a sepultura.

O arcebispo católico foi morto. Os sacerdotes foram crivados de balas ao sair de suas igrejas. Cristãos comuns, tentando viver uma vida tranquila, tem sido alvo de perseguição, ameaças e violência. O Iraque na sequência da invasão norte-americana tem sido particularmente perigoso, mas a violência anticristã se estende por todo o mundo islâmico.


“Os cristãos são assassinados no Iraque, em suas casas e igrejas, e o chamado mundo ‘livre’ está prestando atenção com completa indiferença, interessado apenas em responder de uma forma que é politicamente correta e economicamente oportuna, mas na realidade é hipocrisia”, disse o patriarca católico sírio Ignace Joseph III Younan depois destas últimas matanças.


De fato, a comunidade internacional emitiu as condenações no clichê habitual, a maioria deles se recusam a identificar os responsáveis. Na Igreja, também, muitas vezes há uma certa relutância em apoiar vigorosamente os cristãos sob ataque, e chamar as coisas pelo nome.


“Como no passado e ainda hoje existente, alguns desequilíbrios estão presentes em nossas relações,” é a declaração final da recente Vaticano Sínodo dos Bispos sobre o Médio Oriente caracterizou as relações entre cristãos e muçulmanos. Desequilíbrios? Tal como no desequilíbrio entre os jihadistas jogando granadas e explodindo famílias católicas?


O sangue sobre o altar torna claro. Nem mesmo uma boa quantidade de sangue, nem mesmo uma boa quantidade de diálogo, nem mesmo uma boa quantidade de evasões e circunlóquios, nem mesmo uma boa quantidade de prostrações – nada vai dissuadir os jihadistas. Então, não vamos renunciar a nós mesmos sobre os cadáveres dos nossos irmãos caídos em Cristo.

Vamos falar francamente dos que querem nos matar.
Allahu Akbar – Deus é grande! Assim, os católicos no domingo ouviram a mensagem dos jihadistas durante o massacre na igreja. Pode haver algo maior do que o sacrilégio de matar inocentes em oração, enquanto gritava que Deus é grande?


Os jihadistas não respeitam nem o homem, nem Deus, nem mesmo seus próprios. Eles matam os seus irmãos muçulmanos e mesquitas são bombardeadas. Cristãos foram mortos no domingo assim como os iraquianos, os árabes, os seus concidadãos, os seus vizinhos. Eles matam, porque eles estão tomados por um ódio assassino. O mínimo que podemos fazer é convocar uma justa raiva em troca.

O cristão sempre espera para a conversão e oferece o perdão. Também deve haver justiça e prudência e a prudência exige que aqueles que matam em nome de Deus são os que mais rapidamente são despachados para o seu julgamento.


A vingança é minha, diz o Senhor. Assim, a Escritura ensina-nos, e por isso deve assim para nós, deixando a vingança para o Senhor, e implorar a graça da conversão e da reconciliação. Mas não vamos deixar de levantar nossas vozes ao Senhor, com a justa raiva e quentes lágrimas, para que possa mandar sua vingança contra aqueles que fizeram isso, trazer a Sua ira sobre suas cabeças e aplicar sobre eles uma terrível justiça na medida certa.


Essa não é a língua dos desequilíbrios, é a angústia e a agonia do pastor quando o rebanho está sendo abatido.

Fonte: http://fratresinunum.com/