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24/03/2011

Já são 53: Dois pais de família são presos por rechaçar a educação sexual estatal para os seus filhos



MADRI, 24 Mar. 11 / 12:43 pm (ACI)

A organização Profissionais Pela Ética (PPE) denunciou que outros dois pais de família acabam de ser encarcerados, somando-se assim a outros 51 condenados, na Alemanha por negar que seus filhos recebam educação sexual estatal contrária às suas convicções.

Os casos mais recentes, informa PPE, são o de Eduard W., pai de 8 filhos e Artur W., padre de 10 filhos e a uma semana de ter o décimo primeiro. Ambos se negaram a que seus filhos participem do programa escolar denominado "Meu corpo é meu", pois consideram que seus direitos estão sendo vulnerados ao ser imposta esta disciplina aos seus filhos a qual lhes exigia, entre outras coisas, "uma representação teatral".

No último dia 8 de março ACI Digital informou do caso de uma mãe de família condenada a 43 dias da prisão por um motivo similar, com a qual chegava a 35 o número dos condenados por proteger a seus filhos ante a educação sexual contrária a suas convicções.

O advogado Roger Kiska da Alliance Defense Fund (ADF), organização que leva o caso destes pais alemães ante a Corte Européia de Direitos humanos de Estrasburgo, na França, afirmou que "estamos convencidos, de que quando o Tribunal dite sentença sobre os casos de pais e mães que estiveram no cárcere pelo simples fato de exercer suas funções de pais, a justiça prevalecerá".

Por sua parte, a PPE segue recolhendo assinaturas em uma declaração já assinada por outras 43 associações européias com a qual insistem às autoridades alemãs que libertem os pais encarcerados por querer educar os seus filhos de acordo às suas próprias convicções.

Leonor Tamayo, responsável da Área Internacional da PPE indicou que "com esta ação queremos conscientizar a opinião pública e apoiar os pais exigindo às autoridades que impeçam esta vulneração agressiva dos direitos humanos".

A declaração está remetida à Chancelaria Federal da Alemanha, aos Governos Federais alemães, ao Parlamento Europeu, aos tribunais que condenaram os pais alemães, entre outros.

Fonte: ACI Digital.

Esta música deve ser o nosso hino diário durante a Quaresma



Jesus Misericordioso
Irmã Kelly Patrícia


Senhor, pela Tua Paixão
No abandono da Cruz
Tem piedade de nós

Jesus,
Pelo Sangue Jorrado do Teu Coração
Pelo Teu Sacrifício
Misericórdia

Deus Santo
Deus Forte
Deus Imortal e de Poder

Nós Te adoramos
Te bendizemos
Te glorificamos, ó Senhor

Deus Pai, nós ofertamos
O Corpo e o Sangue de Cristo
Sua alma e Sua divindade
Em expiação dos nossos pecados

O testemunho convence. Ou: Seja um 'Evangelho-Ambulante'

"Tome muito cuidado com sua vida, pois ela pode ser o único Evangelho que seu irmão lê."
(Madre Tereza de Calcutá)



Quando meditamos as Escrituras, vemos que Jesus sempre usava de exemplos para falar sobre o Seu Reino; e Ele os usava porque era mais fácil falar do Reino por meio deles. Claro que as analogias que Ele usava são ínfimas perto do que é propriamente o Reino, mas como nossa inteligência é curtíssima, Ele "rebaixou", "simplificou" o Reino em Sua explicação para que compreendêssemos.

No entanto, uma das coisas que mais me chama a atenção é quando o próprio Jesus se faz exemplo para conquistarmos este Reino, conforme citou o Evangelista Lucas, no capítulo 9, versículo 23: Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo; tome a sua cruz e siga-me.

Confesso que este pequeno versículo causa-me arrepios! Jesus nos dá três condições para sermos Seu discípulo: renunciarmos a nós mesmos, tomarmos a nossa cruz e seguí-lO. Parece fácil? Não, não é. Porém, não é impossível, pois nada que o Senhor nos pediu está fora do nosso alcance com o auxílio de Sua graça.

O ato de renunciar, a mim, parece o mais difícil de todas as três condições - e por isso o Senhor o colocou em primeiro lugar -, pois renunciar implica em desaparecer. A renúncia exige deixar de lado tudo o que se deseja, espera, quer, premedita, por amor ao Senhor.O problema é que somos mesquinhos, egoístas, avarentos, cheios de desejos. Não queremos renunciar a uma roupa que não estejamos usando, por exemplo, e dá-la a alguém que realmente precisa. A renúncia exige coragem, desprendimento, e acima de tudo, conhecimento pelo o quê se despreza. Um testemunho que elucida isso é o de Cura D'ars. O nobre santo, quando foi enviado a Ars, na França, vendo que a cidade toda era alicerçada na prostituição, luxúria e orgias, renunciou todos os objetos de valor que tinha, ficando apenas com duas túnicas. Fazia penitências diárias, e com o fruto de sua oração e perseverança, toda a cidade de Ars converteu-se ao Senhor, abandonando toda a sua vida de pecado. Seu testemunho nos deixa claro que, ao renunciar todos os seus gostos pelas causas evangélicas, Cura d'Ars pôde fazer a vontade de Deus, que é salvar o Seu povo das trevas do pecado.

Tomar a cruz é pesado, mas fácil se conseguirmos entender o primeiro passo (renúncia) e colocá-lo em prática, pois tomar a cruz exige não apenas uma renúncia de si, e sim, mostrar a Deus o amor que você tem por Ele e por seus filhos. E porque você os ama, só deseja cumprir os desígnos do Senhor para o bem de ambos. Assumir a cruz, então, é apossar-se da graça do Pai e de Seu amor, bem como sinal de responsabilidade, maturidade espiritual. Logo, tomar a cruz não é sinônimo de dor, mas amor. Tomá-la quer dizer que você entendeu o amor que Ele tem por você e por isso quer retribuir da mesma forma. Tomar cruz é, literalmente, morrer para si mesmo. É cumprir Gálatas 2,20: Vivo, mas não sou. É Cristo que vive em mim.

Ao renunciar suas vontades e assumir sua cruz, o terceiro passo é praticamente voluntário: seguir o Senhor. Ah! Seguir o Senhor é um deleite às nossas almas. Seguí-lo não é perseguí-lo, tal qual fizeram os Doutores da Lei. Seguí-lo e andar sobre os Seus passos. Jesus andou, eu venho logo atrás e piso sobre as pegadas deixadas no chão, a fim de não sair nenhum milímetro fora de Sua Vontade. Seguir o Senhor é fazer tudo, tudo, tudo em acordo com a Sua Vontade. Quem assim consegue viver, já não deseja mais ser o centro da atenção, pois sua vida está toda centrada em Cristo. O desejo que este alguém tem não é de aparecer, mas deixar que o Senhor Jesus apareça. Torna-se, então, um Evangelho vivo.

Muitas pessoas conseguiram fazer isso. A primeira delas foi a Virgem Santíssima. São José, o próximo. São João Batista, o Evangelista; Os Apóstolos; os Mártires e os Santos e Justos de todos os tempos. Conseguiram tanto que honraram o nome "cristão": fizeram a vontade do Pai, seguiram Jesus e, assim como Ele, formaram discípulos.

Quando toco neste assunto, sempre me lembro de São Francisco de Assis. Um dia ele convidou um de seus discípulos para evangelizar numa cidade próxima. Animado com o convite, o discípulo jejuou, orou e esperou, ansioso, para a missão. No dia seguinte, ao chegar na cidade onde a missão ocorreria, São Francisco apenas o instruiu a caminhar próximo ao povo, por toda a cidade. Ao término, indagou: Mestre, não vimos aqui evangelizar? Por que não falamos nada? E ao que São Francisco respondeu: Porque não precisamos falar o Evangelho, mas devemos SER um! Se as pessoas não viram em nós o Cristo, de nada nos adianta falar.

Para finalizar, retomo aqui a frase de Madre Tereza de Calcutá, citada no início deste texto: Tome muito cuidado com sua vida, pois ela pode ser o único Evangelho que seu irmão lê. O que é que seu irmão tem lido em você? Ele enxerga nos seus olhos o Cristo Vivo e Ressuscitado? Será que você faz a diferença na vida das pessoas de sua casa, de sua família? Em miúdos: você já assumiu e pôs em prática as três condições que Cristo nos deu em Lucas 9,23 para ser um testemunho que convença o mundo que só Jesus Cristo é o Senhor, e que serví-lO é a maior graça que alguém pode ter?

Se todas as respostas foram não, não se desespera. Aproveite este tempo de Quaresma para meditar, para voltar ao Senhor e assim viver uma Páscoa excelsa. Certamente Ele o espera. Volte para Ele e permita-O ajudá-lo a ser um "Evangelho-Ambulante" por aí.