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07/06/2011

A cada cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé, adverte perito

BUDAPESTE, 06 Jun. 11 / 03:47 pm (ACI)
Na Conferência Internacional sobre o Diálogo Interreligioso entre Cristãos, Judeus e Cristãos, realizada neste último 3 de junho em Budapeste, o representante da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) e perito em temas de liberdade religiosa, Massimo Introvigne, afirmou que a cada ano 105.000 pessoas são assassinados por sua fé cristã. "A cada cinco minutos morre um cristão por sua fé”, alertou o sociólogo italiano.

No evento, organizado pelo governo da Hungria, participaram também outras autoridades religiosas e civis como o diplomata egípcio, Aly Mahmoud, quem afirmou que no seu país, onde estão sendo produzidos gravíssimos ataques contra as Igrejas Coptas, serão promulgadas leis que proibirão os imãs muçulmanos de realizar discursos incitando ao ódio e as manifestações hostis junto aos templos das minorias, especialmente a cristã.

“Se estas cifras não gritarem ao mundo, se não se detiver esta praga, se não se reconhecer que a perseguição dos cristãos é a primeira emergência mundial em matéria de violência e de discriminação religiosa, o diálogo entre religiões só produzirá congressos estupendos, mas nenhum resultado concreto", afirmou Introvigne no seu discurso.

O cardeal Peter Erdö, arcebispo de Budapeste, também presente na Conferência alertou de que muitas comunidades cristãs no Oriente Médio morrerão porque terão que fugir de lá.
"Que a Europa se prepare para uma nova onda imigratória, desta vez de cristãos que fogem da perseguição", advertiu.

Segundo o boletim pró-vida INFOVITAE, outro fato lamentável é que pelo menos um milhão dos cristãos perseguidos no mundo são crianças.

Fonte: ACI Digital

Sobre o pronunciamento do Padre Fabio de Melo.



A reflexão do Padre Fabio de Melo no último programa Direção Espiritual esta dando o que falar e existem muitas razões para isto. O dito diretor espiritual induziu os seus milhões de admiradores a ter uma postura “equilibrada”, não “idiotizada” e “amorosa” frente ao debate político envolvendo os homens de bem e o movimento gay.
Ele disse não ter uma visão esclarecida do PL 122 e da causa do movimento gay, deve estar muito ocupado com sua agenda de shows e com o seu companheiro Nathan(Seu cachorro) . É difícil acreditar que um Padre que não tenha paroquia, que esta diariamente twittando coisas “fúteis” e que faz a maioria de shows anoite não tenha tempo de ler a respeito de um assunto tão polemico como este. Acho que o padre não está esclarecido por que ele não quer esclarecer o que pensa.
O seu discurso bate na tecla da ruptura daquilo que é direito religioso e direito jurídico. Ele quer justiça para os casais homossexuais, o padre quer que os homossexuais que moram juntos tenha o direito de deixar pensão um para o outro. Veja que contradição: Ele disse que não se pode defender um valor Cristão que é a família por meios de desequilíbrios não cristãos, pois neste caso o “meio” não justifica o “fim”. Pois é, estou de acordo, realmente revolução não se resolve com revolução, mas da mesma forma que há casos que os “meios” não justificam os “fins”, existem “fins” que não justificam os “meios”. Será que o “fim” justiça econômica para os casais homossexuais justifica o “meio” legalização das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo? Será que um valor econômico é maior do que um valor moral na cabeça do Padre? Será que por questões de heranças deve-se decretar legal um relacionamento que é imoral? Creio que não!
O padre se diz o defensor do direito civil no discurso, mas que principio ético é este? Que ideal politico é este? O que ele projeta em sua “iluminada” mente sobre o conceito de cidade justa? Acho que o Padre não gostou de ler “A cidade de Deus” do filosofo Agostinho e tão pouco a boa literatura filosófica grega. Este discurso de inclusão de tudo e de todos está mais para quem amou ler Maquiavel e o igualitarismo neo-marxistas, sem esquecer que o Padre Fabio disse recentemente que o socialismo equilibrado faz bem para sociedade. Quem liga os fatos compreende o todo.
O padre chamou muito a atenção para o cuidado que a nação deve ter com os movimentos pró-família, ele não quer falta de respeito nos manifestos e de fato está coberto de razão. Mas será que o padre sabe que os únicos movimentos pró-família que existem são constituído de bispos, padre, professores, juízes, leigos e políticos muito bem capacitados intelectualmente? O Pr. Silas Malafaia que foi qualificado como equilibrado nas palavras do padre é um dos grandes lideres deste movimento. Ele esta vendo desequilíbrio onde? Onde ele esta vendo ofensas? Onde ele esta vendo agressões? Padre Fabio precisa buscar um esclarecimento também sobre o nosso movimento.
Ele fala tanto de não resumir coisas complexas em poucas palavras e acabou concordando com as poucas palavras do deputado Jean que nada diz respeito ao PL 122. Tem que falar com o Padre que a constituição já dá direito para os homossexuais, o direito de não ser violentado, não ser agredido e prejudicado. Direito que não é só deles, mas de todos. Por que o padre acha justo aprovar mais leis para defender os homossexuais? E os negros? E os cristãos? E os miseráveis? Não merecem mais leis também? Gostaria de uma resposta.
O padre disse que Jesus morreu para os marginalizados no discurso. Que marginalizados são estes? Os homossexuais?. Que discurso teológico medíocre! Que analogia ridícula! Jesus morreu para salvar a todos, inclusive os homossexuais, pena que nem todos se submetem a moral católica para adquirirem a salvação. E se tem um grupo que não é marginalizado é o movimento gay. Eles são o centro de tudo no mundo da politica, tem muito dinheiro internacional vindo para as suas campanhas e a mídia é a sua principal aliada. Acho que o Padre acredita em tudo que vê no Fantástico.
Meus irmãos e irmãs, cuidado com a “bendita” lei e com os “benditos” padres que infelizmente andam perdendo suas ovelhas para o mundo do “politicamente correto” e do relativismo moral.
Vamos rezar pelos sacerdotes, incluindo o Padre Fabio, para que sejam na vida moral o que são no caráter: Im pernona Christis.

Bruno Cruz
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O DOM DE PIEDADE



Por Francisco Fernández Carvajal

I. O SENTIDO DA FILIAÇÃO divina, efeito do dom de piedade, move-nos a tratar a Deus com a ternura e o carinho de um bom filho para com seu pai, e a considerar e tratar os outros homens como irmãos que pertencem à mesma família.

O Antigo Testamento manifesta este dom de forma muito variada, especialmente nas preces que o Povo eleito dirige constantemente a Deus: louvores e súplicas, sentimentos de adoração perante a infinita grandeza divina, confidências íntimas em que expôe com toda a simplicidade ao Pai celestial as suas alegrias e angústias, a sua esperança... De modo especial, os Salmos são um compêndio de todos os sentimentos que embargam a alma no seu trato confiante com o Senhor.

Ao chegar a plenitude dos tempos, Jesus Cristo ensinou-nos qual havia de ser o tom adequado para nos dirigirmos a Deus. Quando orardes, haveis de dizer: Pai...1 Em todas as circunstâncias da vida, devemos dirigir-nos a Deus com esta confiança filial: Pai, Abba... É uma palavra – abba – que o Espírito Santo quis deixar-nos em arameu em diversos lugares do Novo Testamento, e que era a forma carinhosa com que as crianças hebréias se dirigiam a seu pai. Este sentimento define a nossa atitude e matiza a nossa oração. Deus “não é um ser longínquo, que contemple com indiferença a sorte dos homens, seus anseios, suas lutas, suas angústias. É um Pai que ama os seus filhos até o extremo de lhes enviar o Verbo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, para que, pela sua encarnação, morra por eles e os redima; o mesmo Pai amoroso que agora nos atrai suavemente a Si, mediante a ação do Espírito Santo que habita em nossos corações”2.

Deus quer que o tratemos com total confiança, como filhos pequenos e necessitados. Toda a nossa piedade alimenta-se desta realidade: somos filhos de Deus. E o Espírito Santo, mediante o dom de piedade, ensina-nos e facilita-nos esse trato confiante de um filho com seu Pai.

Considerai com que amor o Pai nos amou, querendo que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato3. “É como se depois das palavras que sejamos chamados filhos de Deus, São João tivesse feito uma longa pausa, enquanto o seu espírito penetrava profundamente na imensidade do amor que o Pai nos teve, não se limitando a chamar-nos simplesmente filhos de Deus, mas tornando-nos seus filhos no sentido mais autêntico. Isto é o que faz São João exclamar: E nós o somos de fato”4. O Apóstolo convida-nos a considerar o imenso bem da filiação divina que recebemos com a graça do Batismo, e anima-nos a secundar a ação do Espírito Santo que nos impele a tratar o nosso Pai-Deus com inefável confiança e ternura.

II. ESTA CONFIANÇA FILIAL manifesta-se sobretudo na oração que o próprio Espírito Santo suscita em nossos corações. O Espírito Santo ajuda a nossa fraqueza, porque, não sabendo o que devemos pedir nem como convém orar, o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis5. Graças a essas moções, podemos dirigir-nos a Deus no tom adequado, numa oração rica e de matizes tão variados como a vida. Umas vezes, falaremos ao nosso Pai-Deus numa queixa familiar: Por que escondes o teu rosto?6; outras, exporemos os nossos desejos de maior santidade: Procuro-Te com ardor. A minha alma está sedenta de Ti, e a minha carne anela por Ti como terra árida e sequiosa, sem água7; ou a nossa união com Ele: Fora de Ti, nada mais me atrai na terra8; ou a esperança incomovível na sua misericórdia: Tu és o meu Deus e Salvador, em Ti espero sempre9.

Este afeto filial do dom de piedade manifesta-se também nas súplicas que dirigimos ao Senhor, pedindo-lhe as coisas de que precisamos como filhos necessitados, até que no-las conceda. É uma atitude de confiança no poder da oração, que nos faz sentir seguros, firmes, audazes, que afasta a angústia e a inquietação daqueles que somente se apoiam nas suas forças.

O cristão que se deixa conduzir pelo espírito de piedade sabe que seu Pai-Deus quer o melhor para cada um dos seus filhos e que nos preparou todas as coisas para o nosso maior bem. Por isso sabe também que a felicidade consiste em ir conhecendo o que Deus quer de nós em cada momento e em realizá-lo sem dilações nem atrasos. Desta confiança na paternidade divina nasce a serenidade, mesmo no meio das coisas que parecem um mal irremediável, pois contribuem para o bem dos que amam a Deus10. O Senhor nos mostrará um dia por que foi conveniente aquela humilhação, aquele revés econômico, aquela doença...

Este dom do Espírito Santo permite ainda que se cumpram os deveres de justiça e os ditames da caridade com presteza e facilidade. Ajuda-nos a ver os demais homens como filhos de Deus, criaturas que têm um valor infinito porque Deus os ama com um amor sem limites e os redimiu com o Sangue do seu Filho derramado na Cruz. Anima-nos a tratar com imenso respeito os que estão ao nosso redor, a compadecer-nos das suas necessidades e a procurar remediá-las; a julgá-los sempre com benignidade, dispostos também a perdoar-lhes facilmente as ofensas que nos façam, pois o perdão generoso e incondicional é um bom distintivo dos filhos de Deus. Mais do que isso, o Espírito Santo faz-nos ver nos outros o próprio Cristo: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequenos, foi a mim mesmo que o fizestes11.

III. O DOM DE PIEDADE move-nos ao amor filial à nossa Mãe do Céu, a quem procuramos tratar com o mais terno afeto; à devoção aos anjos e santos, especialmente aos que exercem um especial patrocínio sobre nós12; à oração pelas almas do purgatório, como almas queridas e necessitadas dos nossos sufrágios; ao amor ao Papa, como Pai comum de todos os cristãos...

A virtude da piedade, que é aperfeiçoada por este dom, move-nos também a prestar honra e reverência a todos os que estão constituídos legitimamente em autoridade, às pessoas mais velhas (como Deus premiará a nossa solicitude para com os idosos!), e em primeiro lugar aos pais. A paternidade humana é uma participação e um reflexo da de Deus, da qual, como diz o Apóstolo, procede toda a paternidade no céu e na terra13. “Eles nos deram a vida, e deles se serviu o Altíssimo para nos comunicar a alma e o entendimento. Eles nos instruíram na religião, no relacionamento humano e na vida civil, e nos ensinaram a manter uma conduta íntegra e santa”14.

O dom de piedade estende-se aos atos da virtude da religião e ultrapassa-os15. Mediante este dom, o Espírito Santo dá vigor e impulso a todas as virtudes que de um modo ou de outro se relacionam com a justiça. A sua ação abarca todas as nossas relações com Deus, com os anjos, com os homens e mesmo com as coisas criadas, “consideradas como bens familiares da Casa de Deus”16: o dom de piedade anima-nos a tratá-las com respeito pela sua relação com o Criador.

Movido pelo Espírito Santo, o cristão lê com amor e veneração a Sagrada Escritura, que é como uma carta que seu Pai lhe envia do Céu: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos para conversar com eles”17. E trata com carinho as coisas santas, sobretudo as que se prendem com o culto divino.

Entre os frutos que o dom de piedade produz nas almas dóceis às graças do Paráclito, contam-se, enfim, a serenidade em todas as circunstâncias; o abandono cheio de confiança na Providência, porque, se Deus cuida de todas as coisas criadas, muito maior ternura manifestará para com os seus filhos18; a alegria, que é uma característica própria dos filhos de Deus: “Que ninguém leia tristeza nem dor na tua cara, quando difundes pelo ambiente do mundo o aroma do teu sacrifício: os filhos de Deus têm que ser sempre semeadores de paz e de alegria”19.

Se considerarmos muitas vezes ao dia que somos filhos de Deus, o Espírito Santo irá fomentando em nós, cada vez mais, este trato filial e confiante com o nosso Pai do Céu.

(1) Lc 11, 2; (2) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 84; (3) 1 Jo 3, 1; (4) B. Perquin, Abba, padre, Rialp, Madrid, 1986, pág. 9; (5) Rom 8, 26; (6) cfr. Sl 43, 25; (7) Sl 52, 2; (8) Sl 72, 25; (9) Sl 34, 5; (10) cfr. Rom 8, 28; (11) Mt 25, 40; (12) cfr. São Tomás, Suma Teológica, 2-2, q. 121; (13) Ef 3, 15; (14) Catecismo Romano, III, 5, 9; (15) cfr. M. M. Philipon, Los dones del Espíritu Santo, pág. 300; (16) ib.; (17) Conc. Vat. II, Const. Dei Verbum, 21; (18) cfr. Mt 6, 28; (19) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 59.

Fonte: hablarcondios.org