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20/07/2011

Inviolabilidade da confissão ameaçada na Irlanda, padres poderiam ir à prisão. Entenda.


ACI

Um destacado canonista advertiu à agência ACI Prensa que as autoridades irlandesas anunciaram uma mudança legal que poderia levar à prisão os sacerdotes que mantenham o segredo de confissão em casos de abuso sexual.

O Padre Paul Hayward, editor de publicações da Sociedade de Direito Canônico da Grã-Bretanha e Irlanda, explicou que “necessitamos mais claridade sobre o que exatamente (as autoridades) se propõem a fazer mas, com certeza, nenhum sacerdote que valorize seu sacerdócio quebraria o segredo de confissão. Isto poderia converter em mártires muitos sacerdotes irlandeses”.

O perito fez estes comentários no dia 15 de julho, um dia depois que o Primeiro Ministro irlandês Enda Kenny (foto) prometeu introduzir uma nova lei que levaria à prisão por até cinco anos os sacerdotes se eles não denunciarem às autoridades os crimes de abuso sexual revelados durante as confissões.

A proposta contradiz o Direito Canônico que defende a inviolabilidade do segredo sacramental e proíbe aos confessores trair de modo algum os penitentes e inclusive sanciona com a excomunhão latae sententiae (automática) aqueles que o infrinjam.

Tudo isto ocorre no meio do escândalo pela difusão de um relatório sobre o péssimo manejo dos casos de abuso perpetrados por membros do clero na diocese irlandesa de Cloyne.

A diocese em questão não soube dirigir as denúncias entre 1996 e 2005 e omitiu-se de reportar nove casos de abusos às autoridades.

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

“Comunhão eucarística diária e confissão frequente”


Vídeo retirado do site: http://padrepauloricardo.org


Salve Maria!

Assine a petição para mudar a Constitutição do Estado de São Paulo, em defesa da vida e contra o aborto!


Do site do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira.

No dia 29 de novembro último, foi lançado o projeto de iniciativa popular em defesa da vida pela Diocese de Taubaté e já foram colhidas mais de 10 mil assinaturas.

De sua parte, a Diocese de Guarulhos, por iniciativa do Bispo Dom Luiz Bergonzini, lançou pela internet a Campanha São Paulo Pela Vidapara colher assinaturas, no mesmo sentido, para um Projeto de Emenda Constitucional Estadual de iniciativa popular, que propõeacrescentar um artigo na Constituição Estadual do Estado de São Paulo, que assegure o DIREITO À VIDA desde a fecundação (nascituro) até a morte natural.

Sua assinatura é muito importante para o nosso abaixo-assinado! Ela pode ajudar a salvar muitas vidas humanas inocentes.

Como isso é possível?

Pela Constituição do Estado de São Paulo (art. 22 §4º), é possível entrar com uma emenda constitucional de iniciativa popular, desde que se consiga a aprovação de 1% do eleitorado que, no Estado de São Paulo, soma pouco mais de 30 milhões de eleitores. Este percentual representa 300.000 assinaturas válidas.

A proposta desta emenda tem por finalidade acrescentar na Constituição do Estado de São Paulo que a vida é inviolável desde a fecundação até a morte natural.

Não moro em São Paulo, posso assinar?

Para assinar, énecessário possuir Título Eleitoral no Estado de São Paulo. Se você o possui, não deixe de participar.

Pessoas de outros Estados poderão nos ajudar divulgando essa campanha e, especialmente, rezando pelo bom êxito dessa iniciativa que poderá ser utilizada futuramente em outros Estados.

É muito importante você assinar a Petição para que consigamos mudar a Constituição do Estado de São Paulo.

Assine essa petição em www.saopaulopelavida.com.br

Quem promove essa campanha?

Essa iniciativa da Diocese de Guarulhos tem apoio de diversas associações (veja a lista). Se você possui uma entidade clique aqui e veja como é fácil apoiar essa Campanha.

Não represento nenhuma associação, mas tenho um site, posso me filiar também?

Se você tem um site ou blog e gostaria de nos dar seu apoio, então clique aqui e inscreva-o em nossa lista.

Publique o banner da campanha São Paulo pela Vida em seu site copiando e colando o código abaixo:

Em que termos se baseia a proposta de emenda constitucional?

A Campanha irá apresentar à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, a seguinte proposta de emenda constitucional, que acrescenta os artigos 217-A, 218-A e altera o art. 277, com o acréscimo das expressões “ao nascituro” e “desde a fecundação até a morte natural”, com as seguintes redações:

TÍTULO VII – Da Ordem Social – CAPÍTULO I – Disposição Geral – Artigo 217-A – Ao Estado cumpre assegurar o direito integral à vida como primeiro e principal de todos os direitos humanos.

CAPÍTULO II – Da Seguridade Social – SEÇÃO I – Disposição Geral / Artigo 218-A – O Estado assegurará a inviolabilidade da vida humana desde a fecundação até a morte natural.

CAPÍTULO VII – Da Proteção Especial – Seção I – Art. 277 – Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar ao nascituro, à criança, ao adolescente, ao idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida desde a fecundação até a morte natural, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão.

Convocação

Convocamos, pois a todos aqueles do Estado de São Paulo que forem pela vida, contra o aborto, contra esta verdadeira matança de inocentes que participem desta campanha.

Assine essa petição em www.saopaulopelavida.com.br

O ativismo que distancia de Deus.



Ativismo, correria, compromissos e metas a bater. A vida de quase todos no mundo atual gira em torno desta obcecada aspiração por uma vida melhor, o homem enfrenta toda e qualquer adversidade pelas glorias terrenas.
A busca em si pelas conquistas é plausível, o trabalho é inspiração divina e isto se vê nas cartas paulinas e, sobretudo na tradição beneditina ( Ore et labore) . Porém é preciso muita atenção para que o ativismo não conduza o cristão para o distanciamento de Deus.
Infelizmente muitos irmãos na fé tem se perdido nesta busca pelas glorias humanas. Compromissos com faculdade, trabalho, relacionamento amoroso, família e tantas coisas têm tirado de pessoas antes piedosas a aspiração pelas realidades sagradas.
Da faculdade são levados para boates, do trabalho para os finais de semanas em sítios, do namoro para os cinemas e shoppings e no final das contas oque vemos é uma terrível falta de compromisso com aquilo que antes era inegociável. Um dia foram fervorosos e hoje chegam a passar semanas, meses e até anos sem sequer ouvir a voz da consciência. Já não rezam, não participam da Santa Missa dominical, esqueceram-se da Virgem Maria e chegam a evitar as antigas amizades da Igreja. Isto é lamentável.
Faculdade, trabalho, relacionamento e família são coisas que fazem parte da vida de todos. São bençãos de Deus para nós. Nenhum cristão deve descuidar da vida pessoal, porém de forma alguma a sua agenda pode ser organizada deixando Deus no ultimo plano. É triste ver “fieis” se esquecendo de Deus em uma Igreja que teve Santa Gemma Galgani que perdia a respiração quando era impedida pelo seu diretor espiritual de pensar no seu Mestre.
Estas pessoas facilmente são conduzidas para a perversão moral, não tendo um Deus que lhe basta elas buscam suas realizações nos pecados capitais. A perversão se torna idolatria e consequentemente o terrível vazio existencial toma conta de um coração que era para ser do Deus da alegria.
Muitos escondem atrás da questão da falta de tempo, isto é um equivoco. A realidade eclesial nos mostra que com a virtude da ordem é possível servir a Deus e cuidar das necessidades terrenas. Conheço muitos católicos universitários, trabalhadores e com família para cuidar que conseguem até mesmo assumir cargos de liderança na Igreja. Às vezes o não poder é na verdade um não querer.
Espero em Deus que estes “Filhos Pródigos” voltem para o “Santo Redil”, que consigam com a virtude da ordem conquistar bens terrenos sem deixar de lado Nosso Senhor e sua Santa Igreja.
Meu twitter: @bhc.vida

Expectativas ilusórias: “casamento” gay e fidelidade.


Sem dúvida alguma você já ouviu amigos — até mesmo amigos cristãos — dizerem: “Veja bem, por que é que os gays não deveriam ter o direito de se casar como todas as outras pessoas? Que mal isso fará? Não afetará o casamento, e os ajudará a construir famílias estáveis”.
Com certeza, não foi essa forma de raciocínio que alcançou a vitória no estado de Nova Iorque, o qual acabou de legalizar o tão chamado casamento gay.
Mas nada poderia estar mais longe da verdade, conforme esclareceu um recente artigo do jornal [esquerdista]New York Times, intitulado “Married, With Infidelities”, (Casado, com infidelidades). O escritor,
Mark Oppenheimer, perguntou se “fazemos exigências ilusórias” acerca do casamento. As “exigências ilusórias” sobre as quais ele está falando é a monogamia.
Para obter uma resposta, Oppenheimer recorreu a Dan Savage, um colunista especialista em dar conselhos. Savage é um homem gay “casado” que muitas vezes “xinga a obsessão dos americanos com uma fidelidade rígida”. Essas são as palavras de Oppenheimer, não minhas.
De acordo com Savage, embora a monogamia tenha suas “vantagens”, não é para todos, pois, diz ele, a monogamia leva ao “tédio, desespero, falta de variedade, morte sexual e rotina”.
Por isso, Savage aconselha uma ética mais flexível. De acordo com ele, as “expectativas ilusórias” de fidelidade “destroem mais famílias do que salvam”.
Savage pratica o que prega: ele confessa que já teve nove “encontros extraconjugais”, os quais ele insiste foram uma “força estabilizadora” em seu tão chamado “casamento”.
Obviamente, Oppenheimer gosta de Savage e escreve que “é duro considerar que alguém que pensa como Savage seja uma figura subversiva”. Será mesmo? Para mim, ele parece claramente subversivo.
Para os principiantes, toda essa conversa de exigências e expectativas “ilusórias” ignora um fato fundamental: a vasta maioria das pessoas casadas evita a infidelidade. O artigo citou um estudo realizado em 2010 pela Universidade de Chicago que revelou que 14 por cento das esposas e 20 por cento dos maridos confessaram que tinham casos extraconjugais.
Esclarecendo em outras palavras, 86 por cento das mulheres casadas e 80 por cento dos homens casados são fiéis a seus votos de casamento. Isso indica que o problema pode estar nos 14 e 20 por cento, não em nossas expectativas.
Há um grupo, conforme reconhece o artigo, em que a monogamia não é esperada nem praticada: “o considerável grupo de homens gays em parcerias de longo prazo abertas ou [semiabertas]”.
Oppenheimer está ciente das implicações para a causa do casamento de mesmo sexo. O que é incrível, ele escreve, é que “não se sabe se os hábitos gays”, isto é, a promiscuidade sexual, “sobreviverão ao advento da igualdade gay”.
Entretanto, não há absolutamente nada de “mistério” acerca disso. A evidência que Oppenheimer cita e o próprio conselho de Savage deixam muito claro que provavelmente o casamento não mudará os hábitos dos homens gays. Mas, conforme Oppenheimer comenta: Savage acredita que os casais normais aprenderão o exemplo das duplas gays. Por isso, o “casamento gay” inevitavelmente minará todos os casamentos. Essa é uma notícia muito ruim para a nossa sociedade.
Não é de admirar que Oppenheimer confesse que as opiniões e ações de Savage darão “munição para todas as forças… que dizem que seria melhor determos [os casamentos gays] antes que arruínem o que sobrou do [verdadeiro] casamento”.
Portanto, na próxima vez que você escutar os amigos questionarem que mal o casamento gay fará, por que não falar do artigo do New York Times — e perguntar-lhes se eles acham que a fidelidade, “renunciando a todos os outros”, é uma parte do casamento, famílias estáveis e uma sociedade saudável.
Publicado com a permissão de Breakpoint.org

“Encontro inter-religioso de Assis” NÃO quer sinalizar que todas as religiões são equivalentes.


Carta do cardeal William J. Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicada em 6 de julho em L’Osservatore Romano.Reflete sobre o encontro inter-religioso de Assis em 27 de outubro, e o diálogo com as outras religiões.

O anúncio da “Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e pela justiça no mundo”, em Assis no próximo outubro, mostra que a experiência religiosa nas suas diversas formas é objeto da atenção da Igreja no terceiro milênio. Diante da atual difusão do ateísmo e do agnosticismo, é necessário ajudar o homem a salvaguardar ou reencontrar a consciência do seu vínculo elementar (re-ligio) com a própria origem. Esta consciência, que se faz naturalmente orante, é uma condição da paz e da justiça no mundo.

Em seu livro-entrevista de 1994, o beato João Paulo II relembra o encontro de Assis de 1986, que, junto com as visitas a países do Extremo Oriente, o convenceu, mais ainda, de que “o Espírito Santo trabalha eficazmente mesmo fora do organismo visível da Igreja”. Porém, consciente da delicadeza do argumento, ele ensinou na encíclica Redemptoris missio que o Espírito “se manifesta de modo particular na Igreja e nos seus membros; mas a sua presença e ação são universais, sem limite algum nem de espaço nem de tempo”.

Referindo-se ao Concílio Vaticano II, ele recordou “a ação do Espírito no coração do homem, mediante as ’sementes da Palavra’, inclusive nas iniciativas religiosas, nos esforços da atividade humana encaminhados à verdade, ao bem e a Deus”, que faz “amadurecer em Cristo” (nº28). Na mesma encíclica, depois, não só reafirmou a necessidade e a urgência do anúncio da Boa Nova de Jesus, mas a contrastou com uma “mentalidade indiferentista, amplamente difundida inclusive entre os cristãos, enraizada em concepções teológicas não corretas e marcada por um relativismo religioso que leva a pensar que ‘uma religião equivale a outra’” (nº36).

Em sintonia com esta preocupação está a reflexão teológica e pastoral de Joseph Ratzinger. Já em 1964, ele manifestou a tentativa de “definir com maior precisão a posição do cristianismo na história das religiões e dar sentido mais concreto às enunciações teológicas sobre a unicidade e o absoluto do cristianismo” (J. Ratzinger, Fé, Verdade, Tolerância. O Cristianismo e as religiões do mundo, 17).

A Congregação para a Doutrina da Fé, por ele dirigida, retomará este tema com a declaração Dominus Iesus sobre a unicidade e a universalidade de Jesus e da Igreja. O documento, publicado em 6 de agosto de 2000, não pretendia só refutar a idéia de uma coexistência inter-religiosa em que várias “crenças” seriam reconhecidas como vias complementares à fundamental que é Jesus Cristo (cfr. João 14, 6); pretendia, mais profundamente, estabelecer as bases doutrinais de uma reflexão sobre a relação entre o cristianismo e as religiões.

A pessoa do Verbo encarnado é absolutamente única; a obra salvífica de Jesus se prolonga no seu Corpo, a Igreja, e também esta é única no tocante à salvação de todos os homens. Para exercitar esta obra, tanto entre os cristãos como entre os não cristãos, temos sempre e somente o Espírito de Cristo que o Pai concede à Igreja como “sacramento de salvação”: não há vias complementares à única economia universal do Filho feito carne, embora fora da Igreja de Cristo se encontrem elementos de verdade e de bondade (Nostra aetate, 2; Ad gentes, 9).

O encontro de Assis teve uma segunda edição em 24 de janeiro de 2002. O cardeal Ratzinger sentiu ali a necessidade de esclarecer o significado, tornando-se intérprete dos que se interrogam seriamente a este propósito: “Podemos fazer isto? Não será que é dada à maioria das pessoas a ilusão de uma comunhão que não existe? Não se favorece o relativismo, a opinião de que no fundo só há diferenças penúltimas entre as religiões? Não se debilita assim a seriedade da fé e se afasta Deus de nós? Não se reforça o sentimento de termos sido abandonados?” (Fé, Verdade, Tolerância, 111). Aqui queremos perguntar: por quê, se estava tão atento às possíveis interpretações errôneas do seu beato predecessor, Bento XVI considerou oportuno peregrinar até Assis em novo encontro pela paz e pela justiça no mundo?

Achamos uma primeira indicação na lembrança do cardeal Ratzinger do encontro de 2002. Ele evocava a figura do homem vestido de branco, já ancião, sentado junto aos outros no trem para Assis: “Homens e mulheres, que na vida cotidiana se enfrentam não raro com hostilidade e parecem divididos por barreiras infranqueáveis, saudavam o Papa, que, com a força da sua personalidade, a profundidade da sua fé, a paixão que destilava pela paz e pela reconciliação, conseguiu o impossível graças ao carisma do seu ofício: convocar, unidos em peregrinação pela paz, representantes da cristandade dividida e representantes de diversas religiões” (30 Giorni, 1/2002). A religião está longe de distrair da edificação da cidade terrena, mas empurra para o compromisso em prol dela. Para nós, cristãos, isto significa interceder a Deus, deixando que os outros, apesar da sua diversidade, se unam a nós na busca da paz e da justiça no mundo. E, acrescentava o então cardeal, “se nós, como cristãos, empreendemos o caminho para a paz a exemplo de São Francisco, não devemos temer perder a nossa identidade: é assim que a encontramos” (ibidem).

Não se trata, em resumo, de esconder a fé para encontrar a vantagem de uma unidade superficial, mas de confessar – como então fez João Paulo II e o Patriarca ecumênico – que nossa paz é Cristo e que por isso o caminho da paz é o caminho da Igreja. O rosto do “Deus da paz” (Rm 15, 33), disse o então Joseph Ratzinger, “se fez visível a nós cristãos pela fé em Cristo (ibidem). E esta paz é uma plenitude não só oferecida e transmitida (Cf. Jo 20, 19), mas desde sempre acolhida pela Ecclesia sancta et immaculata (Ef 5, 27), como dom e como dever a respeito do mundo, que “é teatro da história da humanidade” (Gaudium et spes, 2). Recorda-nos isso o Concílio Vaticano II: “obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna atual e plenamente presente a todos os homens ou povos para os conduzir à fé, liberdade e paz de Cristo” (Ad gentes, 5). Já que “todos os homens estão chamados à unidade com Cristo” (Lumen gentium, 3), a Igreja deve ser fermento desta unidade para a humanidade inteira: não só com o anúncio da Palavra de Deus, mas com o testemunho vivido da íntima união dos cristãos com Deus. E esta é a autêntica via da paz.

O slogan escolhido para a próxima Jornada de Assis – Peregrinos da verdade, peregrinos da paz – nos oferece uma segunda indicação: para que se possa ter esperança em realmente construir, unidos, a paz, é necessário colocar os critérios da verdade. “O ethos sem o logos não existe” (J. Ratzinger, Os he llamado amigos. La compañía en el camino de la fe, 71). Instruído pelas dolorosas experiências das ideologias totalitárias, o Papa faz uma advertência perante toda forma de subordinação da razão à praxis. Mas há mais. O vínculo original entre o ethos e o logos, entre religião e razão, tem sua raiz fundamental em Cristo, o Logos divino: exatamente por isso o cristianismo é capaz de restituir ao mundo este vínculo, participando como sinal veraz e eficaz de Jesus Cristo, em sua única missão de salvação (Cf. Lumen gentium, 9). E portanto há que rejeitar decididamente “este relativismo que afeta em maior ou menor grau a doutrina da fé e a profissão de fé” (Os he llamado amigos, 71). Mas isso, longe de construir um desprezo das diversas expressões religiosas ou da dimensão ética, é uma apreciação: “devemos tentar encontrar uma nova paciência – sem indiferença – uns com os outros e pelos outros; uma nova capacidade de deixar de ser o que é o outro e a outra pessoa; uma nova disponibilidade para diferenciar os planos da unidade e, portanto, realizar os elementos de unidade que neste momento são possíveis” (ibidem). Não é possível a paz sem a verdade, e vice-versa: a atitude para a paz constitui um autêntico “critério de verdade” (J.Ratzinger, Europa. Sus fundamentos hoy y mañana, 79).


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

União Européia "escandalizada" pela Constituição da Hungria: É pró-vida e pró-família


BUDAPESTE, 19 Jul. 11 / 01:07 pm (ACI/EWTN Noticias)

Steven W. Mosher, presidente do Instituto de Investigação em População (Population Research Institute-PRI), explicou que a Hungria aprovou uma nova Constituição que proíbe o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e protege avida desde a concepção, um fato sem precedentes e que escandalizou a União Européia (UE).

Esta aprovação realizada em abril, assinala o presidente desta organização sem fins de lucro dedicada a desmontar a falácia da superpopulação no mundo, "provocou uma violenta reação de parte dos grupos a favor do aborto e ativistas homossexuais em todo o mundo".

Sobre o fato, Mosher relata que "rezando ante a tumba do grande Cardeal Mindszenty na Catedral de Esztergom, inteirei-me que sua amada Hungria tinha aprovado uma nova constituição a favor da vida. O Cardeal, quem se refugiou na embaixada dos Estados Unidos durante 16 anos depois de que os tanques soviéticos esmagaram a revolução húngara de 1956, teria ficado mais que orgulhoso".

A nova Constituição, recorda a agência argentina AICA, foi aprovada em abril de 2011 e protege o direito à vida desde o momento da concepção. Também defende o matrimônio, proíbe a eugenesia e se refere abertamente, em seu preâmbulo, ao Cristianismo. A mesma rechaça o comunismo ateu e desafia a versão do humanismo secular da Europa Ocidental.

O documento também realizou mudanças em todos os níveis da estrutura política da Hungria, como as reformas financeiras destinadas a dirigir os déficits globais do país. De acordo com os funcionários húngaros, esta Constituição está desenhada para ser o passo final da tomada de distância do estilo de governo comunista e declarar-se ex-país do bloco soviético.

"Participamos de um momento histórico", declarou o porta-voz do parlamento Laszlo Kover à Associated Press (AP). "A nova constituição se apóia em nosso passado e em nossas tradições, mas busca e contém respostas a problemas atuais enquanto olha ao futuro".

Feroz ataque de abortistas

Diversos grupos a favor do aborto e do homossexualismo promoveram nos meios de comunicação uma campanha contra esta Constituição porque esta defende a vida e o matrimônio natural formado por um homem e uma mulher.

A Aliança LGBT (lésbicas - gays- bissexuais - travestis) húngara, por exemplo, exortou o presidente a "não aprovar a nova Constituição e dar uma nova oportunidade ao Parlamento para adotar uma constituição verdadeiramente moderna… em lugar de um panfleto político motivado por preconceitos homofóbicos".

"Human Rights Watch", que nos últimos anos se converteu em um enérgico defensor do aborto, também criticou a nova Constituição porque, segundo dizem, estão preocupados com as cláusulas a favor da vida.

O PRI tem a esperança de que a nova Constituição proporcione as bases legais para restringir, se não proibir por completo, os abortos que suprimiram gerações inteiras na anciã e moribunda Hungria.

"Pois não há um único demógrafo na Hungria que lhes diga que (os húngaros) estão desaparecendo pelas baixas taxas de natalidade?", questionou Mosher.

Carlos Beltramo, correspondente do PRI na Europa, afirmou que embora a nova Constituição não possa ser perfeita, é "o melhor no continente europeu por enquanto".

Quanto a outros assuntos que a constituição refere, Beltramo disse que devido ao fato que a Hungria esteja reconhecendo os direitos básicos como o direito à vida e o direito ao matrimônio, os húngaros "podem dirigir outros temas com o passar do tempo sem pôr em risco os princípios democráticos fundamentais".

Esperamos, acrescentou Beltramo, "que continuem construindo sua Nação soberanamente sob estes princípios e criando uma sociedade onde todos os húngaros sejam bem-vindos ao mundo e cresçam em famílias naturais".

A população da Hungria era de 10 milhões de habitantes em 2000. Segundo o relatório "População Mundial em 2300" da Divisão de População da ONU que projetou as tendências de crescimento ou decréscimo, a população da Hungria diminuirá a 6 200 000 habitantes no ano 2100 e uma grande porcentagem deles serão adultos mais velhos ou anciãos.

Da mesma forma que o PRI, outras organizações internacionais declararam seu apoio à soberana vontade do povo húngaro e à nova constituição da Hungria.

Os princípios que regem a nova Constituição, conclui o presidente do PRI, "são precisamente o que a Europa necessita para impedir a crise demográfica, econômica e cultural que está enfrentando atualmente, por isso é admirável a vontade dos húngaros de construir uma cultura de vida em meio da atitude européia dominante de escuridão".