Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

26/09/2011

OS PAPAS E A RCC


* Os papas e a RCC. Imagens históricas imperdíveis.

Das imagens históricas a que mais me chamou atenção foi a reação do nosso inesquecível João Paulo II PArticipa de encontro Carismatico e fala longa a vida aos CARISMATICOS E AO ouvir a oração em línguas.

Sua reação de surpresa rapidamente muda para o silêncio de acolhida.Observe seus olhos e seu corpo que reaje ao inesperado com serenidade.

Acontece a 3 minuto e 50.

A imagem congelada abaixo é desse momento de silêncio, de olhos fechados, após sua reação de surpresa. NOSSO AMADO JOÃO PAULO II PARTICIPO DA RCC QUANDO ERA CARDEAL EM CRACÓVIA E POR SINAL PADRE JONAS JÁ CONTOU INUMERAS VEZES QUE ELE PEDIU ORAÇÃO,E OS JOVENS DA RCC IMPUSERAM AS MÃOS SOBRE ELE E O VIRAM REZAR EM LINGUAS VARIAS VEZES.


João Paulo II quando disse: “Entra, nos compromissos primários da preparação para o jubileu a redescoberta da presença e ação do Espírito”. [6]).

E diria ele aos líderes da RCC no Conferência de Fiuggi, a 30/10/1998: “A Renovação Carismática Católica tem ajudado muitos cristãos a redescobrir a presença e o poder do Espírito Santo em suas vidas, na vida da Igreja Católica e do mundo”. E disse mais: “Estou convencido de que este movimento é um sinal de ação do Espírito Santo. (...)... Estou convencido de que este movimento é um verdadeiro e importante componente na renovação total da Igreja, nesta renovação espiritual da Igreja” (aos membros do ICCRS, o Conselho Internacional da RCC, a 11/12/1979).

Também João Paulo II, que em 14 de março de 2002 havia deixado claro qual seria uma das dimensões do apostolado da Renovação Carismática Católica, quando disse: “No nosso tempo, ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Assim, ajudareis a fazer que tome forma aquela ‘cultura do Pentecostes’, a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos”, na Vigília de Pentecostes de 2004 diria à toda a Igreja: “Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um impulso renovado de oração, santidade, comunhão e anúncio”.

Rosto e memória de Pentecostes. Sinal de sua perenidade de sua atualidade. “Graças ao movimento carismático, tantos cristãos, homens e mulheres, jovens e adultos, tem redescoberto Pentecostes como realidade viva e presente na sua existência cotidiana”.[7]

Uma vez que Pentecostes é uma graça constitutiva do grande mistério pascal – dado que “será o Espírito quem levará à realização plena a nova era da história da salvação”


no Nosso tempo, ávido de esperança, façam conhecer e amar o Espírito Santo. Assim, ajudareis a tomar forma aquela «Cultura de Pentecostes» que pode fecundar a civilização do amor e a convivência entre os povos.Com fervente insistência não vos canseis de invocar: Vem,Espírito Santo! Vem! Vem!.”

(João Paulo II, aos responsáveis da RCC, 14 Março de 2002)

“Graças ao movimento carismático, muitos cristãos, homens e mulheres, jovens e adultos, redescobriram Pentecostes como realidade viva e presente na existência cotidiana. Desejo que a «Espiritualidade de Pentecostes» se difunda na Igreja, como impulso renovado de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio”.

(João Paulo II, Vésperas de Pentecostes, 29 Maio de 2004)


“Nós estamos vivendo um momento privilegiado do Espírito. Se procura, por toda a parte, conhecê-lo melhor, assim como foi revelado nas Escrituras. Se é feliz, se nos colocamos sob sua moção. Nos recolhemos entorno a Ele e nos deixemos guiar por Ele”.

( Paulo VI, Exortação Apostólica «Evangelli nuntiandi» ,1975)

UM CRISTÃO É ASSASSINADO A CADA 5 MINUTOS


Conferência de “Luci sull'Est” sobre a perseguição a cristãos no século 21


ROMA, segunda-feira, 26 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – “A cada cinco minutos, um cristão é assassinado por razão da sua fé. A cada ano, 105 mil cristãos no mundo são condenados ao martírio: um verdadeiro holocausto, do qual se fala muito pouco.” Estes são alguns dos dados fornecidos na conferência de Roma intitulada “Os bons serão martirizados. As perseguições aos cristãos no século 21”.

O evento foi realizado na Universidade Pontifícia Lateranense, por ocasião do 20º aniversário do nascimento, em Roma, de “Luci sull' Est”, uma associação de voluntariado leigo de inspiração católica que, depois da queda da União Soviética, começou a enviar livros, terços e outros materiais religiosos aos países ex-soviéticos.

Entre os participantes, destacam-se: o bispo de San Marino-Montefeltro, Dom Luigi Negri; o eurodeputado Magdi Cristiano Allam; o diretor de Asia News, Pe. Bernardo Cervellera; e o representante da OSCE para a luta contra a discriminação dos cristãos e diretor do Centro de Estudos das Novas religiões (CESNUR), Massimo Introvigne. O moderador foi o jornalista Julio Loredo.

Autossuficiência do homem

Ao tomar a palavra, Dom Negri afirmou que o martírio dos cristãos é uma parte importante no mistério da iniquidade, já que não nasce da maldade, mas de um ódio intelectual, ideológico, da impossibilidade de acolher a mensagem de Cristo e da “ideologia sobre a autossuficiência do homem”, “porque todas as ideologias convergem, muito além das suas diferenças, no fato de que o homem se converteu no deus de si mesmo”.

O bispo de San Marino-Montefeltro falou depois sobre o “carisma do martírio” como da “maior confirmação do Espírito de Deus”. “A modernidade – acrescentou – termina no ateísmo, e o ateísmo acaba na violência. A verdade ideológica não é inclusiva, mas se afirma na exclusão do que é diferente. Por isso, nos regimes totalitários, os diferentes eram eliminados.” Em definitiva, uma “lógica férrea, na qual não entram o satanismo e a corrupção”.

O prelado falou depois de uma ideologia que se apoia nos poderes fortes, definida por Bento XVI como tecnociência, e concluiu dizendo: “Os mártires existem e, com sua contribuição, eles nos convidam a ser cristãos autênticos”, já que “as testemunhas apaixonadas de Cristo são incansáveis comunicadoras da sua vida divina a todos os homens”.

Emergência humanitária

“A intolerância, a discriminação e a perseguição dos cristãos de hoje – disse Massimo Introvigne – é uma emergência humanitária que afeta todos nós; é um problema para a sociedade civil.”

“No livro 'World Christian Trends AD 30-AD 2200', o investigador David Barrett determina o número dos martírios cristãos no mundo em 70 milhões, 45 milhões dos quais aconteceram no século 20 – explicou Introvigne. O número é de 160 mil na primeira década deste século e se calcula que serão cerca de 105 mil na segunda década. Isso significa um mártir a cada cinco minutos. São assassinados não por motivos bélicos, mas religiosos.”

O interessante, acrescentou o diretor do CENSUR, é que “todos sentem simpatia pelas vítimas, mas também existe um assassino. Só que 'sobre isso, nós os escutaremos em outro momento', como diziam a São Paulo”. Entre os assassinos, cabe destacar o fundamentalismo islâmico, como no Paquistão, onde a apostasia implica na pena de morte e se considera como blasfêmia não acreditar no Islã.

Referindo-se a isso, Introvigne falou de outros 34 casos de condenação à morte similares ao de Asia Bibi, ainda que também haja regimes comunistas, como o da Coreia do Norte e da China, além de nacionalismos religiosos, como na Índia e na Indochina.

“Além do assassinato e da tortura – precisou Introvigne –, existe entre nós a intolerância, que é um fenômeno cultural: depois, está a discriminação, que é um fenômeno jurídico, para chegar à violência, que entre nós e mais raro”, como na França, onde “a polícia explica que se ataca uma igreja a cada dois dias”.

O caso da China

O Pe. Bernardo Cervellera, observador atento das questões religiosas nos países orientais, aprofundou na situação da China, da qual, atualmente, temos uma imagem “turística, com grandes arranha-céus, uma renda média elevada”, mas onde não se respeitam os direitos humanos e se leva adiante uma perseguição religiosa “como não se via desde os anos 50”.

O diretor de AsiaNews citou os muitos casos de bispos que foram detidos pela polícia porque se negaram a aderir à igreja patriótica. “Recentemente, antes das olimpíadas de 2007, 37 bispos clandestinos foram submetidos à prisão domiciliar”.

O Pe. Cervellera considerou importante, nesta situação, “o trabalho realizado por João Paulo II e por Bento XVI, graças ao qual muitos bispos do partido pediram perdão e voltaram à Igreja”.

“E o fato de que a Igreja esteja mais unida que nos anos 80 explica também o incremento da perseguição”, um aspecto que testemunha, no fundo, “um grande fracasso do partido comunista chinês, depois de 60 anos de perseguição”. Contudo, “muito além das perseguições – concluiu Cervellera –, há esperança. Neste país, atualmente, milhões de pessoas buscam a fé e cada ano 150 mil chineses pedem para ser batizados”.

Identidade

O eurodeputado e jornalista Magdi Cristiano Allam recordou que, nos países islâmicos, “de cada 10 perseguidos, 7 são cristãos e, de 1945 até hoje, 10 milhões de cristãos foram obrigados a deixar suas terras, junto a um milhão de judeus”.

O político egípcio de origem islâmica explicou que, no caso do Islã, a perseguição não é fruto da ideologia, mas de razões religiosas e, de fato, o judaísmo e o cristianismo são considerados heresias, enquanto o Islã é concebido como a única e verdadeira religião, chamada a converter todos.

Allam afirmou a necessidade de adquirir a certeza sobre a nossa identidade e sobre as raízes da nossa civilização: “Se nos tornarmos um terreno baldio, seremos terra de conquista”.

O ex-diretor do Corriere della Sera, que se converteu ao catolicismo e foi batizado em São Pedro em 2008 pelo próprio Papa Bento XVI, considerou que “o relativismo é uma ideologia, porque nega o uso da razão e proíbe avaliar os conteúdos religiosos, e assim compara as religiões, considerando-as iguais, prescindindo dos seus conteúdos”.

“A pessoa só é cristã se crê em Jesus Cristo – prosseguiu. Quando se coloca no mesmo nível Cristo e Maomé, acabamos diminuindo a certeza da nossa fé cristã, além de não nos declararmos cristãos e de legitimar o Islã – este é o único núcleo do problema. Ou recuperamos a certeza do que somos ou a nossa civilização acabará desaparecendo.”

Magdi Allam falou depois das incoerências: “Quando se ultraja outras religiões, todos se indignam, mas se o Papa é o ultrajado, isso é considerado liberdade de expressão”. Hoje, achamos que amamos o próximo odiando-nos entre nós, e na ideologia da falsa bondade, aceitamos que o próximo exija prescindir de nós mesmos”.

O eurodeputado concluiu recordando que é necessário “ter a certeza de quem somos, a certeza da verdade”, já que há “valores não-negociáveis, como a sacralidade da vida e a liberdade religiosa”. Também convidou a encontrar a força “de testemunhar a certeza em Cristo em uma terra cristã. Somente se formos fortes por dentro, teremos a autoridade para pedir liberdade para todos os cristãos do mundo”.

Dom das Línguas Existe?Responde Dom Alberto Taveira

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Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC à CNBB

Dom Alberto Taveira fala da oração em línguas, repouso no Espírito e inspirações particulares

Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sou o Assistente Espiritual do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica, um dos mais significativos Movimentos Eclesiais existentes em nosso tempo. Algumas interrogações me foram feitas por Dom Rafael Llano Cifuentes, Bispo de Nova Friburgo-RJ, proporcionando-me levar ao Conselho Permanente da CNBB alguns esclarecimentos, que podem servir a tantos irmãos e irmãos da RCC ou que desejam conhecê-la mais de perto. Eis o texto escrito que apresentei à 58ª Reunião do Conselho Permanente da CNBB:

Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC

Foi-me pedido para fazer uma breve comunicação a respeito de alguns pontos sobre a Renovação Carismática Católica. Escolhi dois caminhos, sendo o primeiro uma consulta feita aos coordenadores nacionais da RCC, aos quais encaminhei as perguntas feitas, com respostas que me foram apresentadas por Reinaldo Beserra, do Escritório Nacional da RCC e membro do Conselho Internacional da RCC – (ICCRS). Tais respostas correspondem e são plenamente assumidas por mim, por corresponderem ao que penso e às orientações que costumo oferecer à RCC. Em seguida, desejo apresentar algumas propostas.

I – Esclarecimentos solicitados pelo CONSEP, a pedido de Dom Rafael:

1. "Benefícios" da oração em línguas: Os carismas, sejam extraordinários ou humildes, são graças do Espírito Santo que têm, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. Carismas são "manifestações do Espírito para proveito comum". São dons úteis, instrumentos de ação, para servir à comunidade.

Conceituação:

a) "É um dom de oração cujo valor, enquanto 'linguagem de louvor', não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo". É uma linguagem a-conceitual, que se "assemelha" às línguas conceituais. Não supõe absolutamente um estado de "transe" para praticá-la, não corresponde a um estado "extático", e nem a uma exagerada emoção, permanecendo aquele que a pratica no total domínio de si mesmo e de suas emoções, pois o Espírito Santo jamais se apossa de alguém de modo a anular-lhe a personalidade.

b) É um dom que leva os fiéis a glorificar a Deus em uma linguagem não convencional, inspirada pelo Espírito Santo. É uma forma de louvar a Deus e uma real maneira de se falar e se entreter com Ele. Quando o homem está de tal maneira repleto do amor de Deus que a própria língua e as demais formas comuns de se expressar se revelam como que insuficientes, dá plena liberdade à inspiração do Espírito, de modo a "falar uma língua" que só Deus entende.

2. O "falar em línguas", consignado nas Escrituras comporta três modalidades:

a) a oração em línguas, de caráter usualmente particular, pessoal, e que portanto não requer interpretação. Embora de caráter pessoal, ela pode ser exercitada também de modo coletivo, o que acontece nas assembléias onde todos exercem o "dom particular de orar em línguas", ao mesmo tempo; obviamente, não supõe interpretação. No entanto, Deus – que ouve a oração que milhares de fiéis lhe dirigem concomitantemente de todos os cantos da Terra – por certo entende. Vale a intenção que está em nosso coração.

b) Essa oração também pode ser expressa em modalidade de canto, uma oração com uma melodia que não foi pré-estabelecida. Também essa modalidade não requer interpretação. A diferença em relação à modalidade anterior, é que aqui se trata de orar em línguas, mas num ritmo não falado, de expressão e cadência musical, de notas que se sucedem improvisadamente, numa modulação lírica com que se celebra as maravilhas de Deus. São cânticos que brotam geralmente nos momentos de louvor e adoração da assembléia, do grupo de oração, e que pouco tem em comum com os cânticos eclesiásticos tradicionais, ou também com os cantos de "composição artística". Santo Agostinho, comentando as palavras do Salmo "Cantai ao Senhor um Cântico novo", adverte que o cântico novo não é coisa "de homens velhos". "Aprendem-no os homens novos, renovados da velhice por meio da graça, pertencentes ao Novo Testamento, que já é o Reino dos Céus. Por ele manifestamos todo o nosso amor e lhe cantamos um canto novo. Quando podes oferecer-lhe tamanha competência que não desagrade a ouvidos tão apurados?... Não busques palavras, como se pudesses dar forma a um canto que agrade a Deus. Canta com júbilo! Que significa cantar com júbilo? Entender sem poder explicar com palavras o que se canta com o coração. Se não podes dizer com tuas palavras, tampouco podes calar-te. Então, resta-te cantar com júbilo, se modo que te entregues a uma alegria sem palavras e a alegria se dilate no júbilo" .

c) Uma terceira modalidade do dom das línguas é aquela de uso essencialmente público, que quando é acompanhado do seu complemento, o dom da interpretação, tem como seu propósito a edificação dos fiéis e a convicção dos descrentes. Aqui o falar em línguas não assume o caráter de oração, mas de uma mensagem em línguas, dirigida à assembléia e não a Deus, como é o caso da oração, e que portanto requer o exercício do outro dom apontado por Paulo, o dom da interpretação. O Espírito dá a alguém a inspiração de "falar em línguas" em alta voz. Suas palavras contém uma mensagem espiritual para um ou mais ouvintes. A mensagem permanece incompreensível, enquanto não for interpretada. A mensagem interpretada assume, regularmente, as características de uma profecia carismática, que, segundo S. Paulo, edifica, exorta e consola a assembléia. Autores há que, em vista de maior clareza, dão outro nome a esta forma de falar em línguas. Chamam-na de "mensagem em línguas", ou ainda de "profecia em línguas". Em oposição ao "falar em línguas" durante a oração, este dom não está livremente à disposição da pessoa. Exige-se uma inspiração peculiar. Muitas vezes, ela está acompanhada de outra inspiração, a saber, num dos ouvintes que então "interpreta" a mensagem e a traduz em linguagem comum, para a comunidade. O dom de "falar mensagem em línguas" é um dom transitório manifestado vez ou outra nas reuniões de oração; e o Senhor pode servir-se ora deste, ora daquele, enquanto que o dom da interpretação geralmente é considerado permanente; é dom que pode ser pedido na oração.

3. Quando se deve orar em línguas? Só em atos próprios da RCC? Na TV para todos? Pode ser utilizada durante a Santa Missa, como parece ter acontecido na Oração dos fiéis nas missas de TV?

a) Sendo um dom do Espírito e um dom de oração, ele deveria ser permitido onde sempre é permitido orar. Nos atos próprios da RCC, o Documento 53, n. 25 da CNBB, já o levou em consideração.

b) Se a TV está transmitindo um ato próprio da RCC, não é possível "encenar" um comportamento que anule a identidade do Movimento. O exercício do carisma de orar em línguas é parte constitutiva da RCC. De nossa parte – os "carismáticos" – não temos de que nos envergonhar dessa prática, e nem temos nada a esconder. Somos assim. nossos Grupos de Oração estão sempre com as portas abertas, e qualquer um pode conferir lá o que somos e o que praticamos.

c) Na Santa Missa: Se são missas celebradas em atos específicos da RCC, parece-nos que sim, desde que se exercite essa oração nos momentos ditados pelo bom senso e pela orientação do celebrante, de modo respeitoso, profundamente oracional, não exibitório, especialmente como glorificação a Deus, como expressão de contrição, como petição, e como ação de graças.

d) A RCC tem clara consciência de que a Igreja, durante muito tempo, não se abriu à essa forma de se exercitar os carismas. Por isso ela sabe que, esse reavivamento de perfil pentecostal que se colocou em marcha no último século – especialmente a partir de Helena Guerra, que motivou Leão XIII a escrever uma Encíclica sobre o Espírito Santo, passando por João XXIII, que pediu um novo Pentecostes para a Igreja e a "renovação dos sinais e prodígios da aurora da Igreja", bem como pelo Concílio Vaticano II, onde Deus, providencialmente, lançou as bases e os fundamentos que tornaram possível o surgimento e a fundamentação do Movimento Pentecostal Católico, até João Paulo II, com sua Dominum et Vivificantem, e a inspirada exortação pronunciada na celebração de Pentecostes de 29 de maio de 2004, que dizia: "Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um impulso renovado de oração, santidade, comunhão e anúncio. [...] Abram-se com docilidade aos dons do Espírito Santo! Recebam com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de oferecer!" – precisa ser acolhido com abertura de espírito e destemor, mas também com bom senso, com humildade, com respeito pelas diferentes opções de engajamento na pastoral orgânica da Igreja, em absoluta adesão à doutrina da Igreja Católica, não escandalizando por falta de decoro litúrgico ou religioso, dentro da ordem, mas também não deixando de ser fiel à vocação que Deus nos faz, de, nesses tempos, contribuir para "revelar à Igreja aquilo que já lhe é próprio: sua dimensão carismática".

e) No rito do Sacramento da Crisma, ao final da Oração dos fiéis, o Bispo reza: "Ó Deus, que destes o Espírito Santo a vossos apóstolos e quisestes que eles e seus sucessores o transmitissem aos outros fiéis, ouvi com bondade a nossa oração e derramai nos corações de vossos filhos e filhas os dons que distribuístes outrora no início da pregação apostólica".

f) É de se esperar que, recebendo tais dons, possamos exercitá-los, pois "da aceitação desses carismas, mesmo dos mais simples, nasce em favor de cada um dos fiéis o direito e o dever de exercê-los para o bem dos homens e a edificação da Igreja e do mundo, na liberdade do Espírito Santo, que 'sopra onde quer' e ao mesmo tempo na comunhão com os irmãos em Cristo, sobretudo com seus pastores, a quem cabe julgar sobre a autenticidade e o uso dos carismas dentro da ordem, não por certo para extinguirem o Espírito, mas para provarem tudo e reterem o que é bom".

g) "Na lógica da originária doação donde derivam, os dons do Espírito Santo exigem que todos aqueles que os receberam os exerçam para o crescimento de toda a Igreja, como no-lo recorda o Concílio".

4 – Repouso no Espírito: O Documento 53, no número 65, aborda o tema e diz a respeito: "Em Assembléia, grupos de oração, retiros e outros reuniões evite-se a prática do assim chamado 'repouso no Espírito'. Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento".

a) O Cardeal Suenens, que escreveu muito sobre a RCC e a apoiou, foi muito cauteloso em relação à prática do repouso no Espírito, recomendando reserva.

b) Pe. Robert De Grandis foi quem muito a divulgou aqui pelo Brasil e tem um livro sobre o assunto.

c) Pe. Antonello, da Arquidiocese de S. Paulo, pratica-o com bastante freqüência e também escreveu sobre o assunto.

d) Não há fundamentação bíblica consistente sobre ele, embora sua prática remonte aos grupos qualificados de entusiastas, especialmente nos grupos de reavivamento nos Estados Unidos entre os séculos XVII e XIX.

e) "O Espírito Santo, ao confiar à Igreja-Comunhão os diversos ministérios, enriquece-a com outros dons especiais, chamados carismas. Podem assumir as mais variadas formas, tanto como expressão da liberdade absoluta do Espírito que os distribui, como em resposta às múltiplas exigências da história da Igreja" . Em muitas ocasiões – especialmente quando praticado em atendimentos pessoais, em clima de oração –, de modo especial em atendimentos de oração por cura interior, essas manifestações se revelam perceptivelmente legítimas, sem componentes de perfil patológico, gerando em quem a experimenta profunda paz e bem estar, com conseqüente reavivamento ou novo compromisso, com os compromissos relativos à fé. Pe. Isaac Isaias Valle, por exemplo, de Porto Feliz, na Arquidiocese de Sorocaba, sacerdote muito estudioso e preparado doutrinariamente, atende as pessoas utilizando-se dessa prática.

f) Em muitas ocasiões – especialmente em grandes encontros – há um visível descontrole emocional da parte de muitos nos quais se manifesta tal fenômeno, chegando-se mesmo a identificáveis casos de histeria, seja por desequilíbrio de cunho psicológico. Como diz João Paulo II, "na verdade, a ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, nem sempre é fácil de se descobrir e de se aceitar. Sabemos que Deus atua em todos os fiéis cristãos e estamos conscientes dos benefícios que provém dos carismas, tanto para os indivíduos como para toda a comunidade cristã. Todavia, também temos consciência da força do pecado e as confusões na vida dos fiéis e da comunidade."

g) Assim, não é oportuno incentivar tal prática. Mas há vezes em que, sem que ninguém estimule, ocorre tal manifestação. Então, surge a oportunidade para cumprir o que determina o Documento 53, buscando aprofundar o entendimento sobre a matéria, pela observação com um estudo do caso, até perguntando à pessoa como é que ela está se sentindo, se aquilo lhe gerou paz, se o seu é um histórico sem comprometimentos outros, etc, para chegar a um discernimento sobre as características que possam nos ajudar a identificar a legitimidade do repouso.

5 – Sobre as inspirações particulares: Em geral a liderança da RCC tem tido bastante bom senso no exercício dessas chamadas inspirações, ou moções. Junto com os dons da Palavra de Ciência e a Palavra de Sabedoria, a RCC se esmera em fazer uso do Dom do Discernimento Carismático. Podem ocorrer exageros e afoitas condutas? Claro que sim. Mas a realidade dos fatos logo "traz para a terra" aqueles espíritos mais atabalhoados, e que agem por impulsos meramente humanos, e de maneira até irresponsável. Na observância dos resultados práticos e dos frutos produzidos por tais inspirações é que a RCC busca aprender a deixar-se conduzir pelo Espírito, que – segundo a Apostolicam Actuositatem – distribui também aos leigos dons e carismas para capacitá-los a anunciar o Reino, com poder. É possível encontrar-se falsas moedas. Mas não vamos, com elas, jogar fora as legítimas, as verdadeiras. Em 2003, o Pontifício Conselho para os Leigos convidou a RCC a dar sua contribuição no Colóquio Internacional sobre a Oração para pedir de Deus a cura, realizado em Roma, sob os auspícios daquele Conselho, reconhecendo nela essa prudência.

II – Propostas:

a) Ao acompanhar a RCC, percebo que existe seriedade, busca de maior conhecimento teológico em suas lideranças e docilidade. Sugiro que a Comissão Episcopal de Doutrina promova um estudo sobre os Carismas e as práticas da RCC, com seus representantes. Pode até surgir uma nova e mais atualizada orientação pastoral.

b) Sugiro que os senhores bispos verifiquem em suas Dioceses os eventuais problemas, proporcionando uma orientação segura, através de um assistente diocesano que possa acompanhar de perto.

c) Nos Congressos Estaduais da RCC, seria muito oportuno que o Bispo do local em que o mesmo se realiza se fizesse presente com a apresentação de um tema de formação. Penso que "adotando a criança", poderemos orientar melhor e os membros da RCC não se sentirão marginalizados, mas membros vivos das Igrejas particulares.

Dom Alberto Taveira*


Ficar é pecado?

Namorar ou Ficar!


Namorar ou ficar
O namoro implica o conhecimento do outro


Nos dias de hoje, por incrível que pareça, namorar é considerado fora de moda. O "ficar" parece muito mais fácil, certo? Talvez nem tanto. No ficar as pessoas se encontram, se atraem e acabam trocando beijos ou até algo mais. Mas é importante dizer que esse tipo de relacionamento caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente estabelecidas: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios ficantes .

A duração do ficar varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Nessa situação, ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos envolvidos.
Por essa razão, esse tipo de envolvimento acaba se tornando atraente para muitas pessoas que desejam apenas curtir o lado bom do namoro, sem responsabilidades, cobranças ou compromissos. A partir disso essa prática acaba substituindo e muito o namoro; muitos jovens preferem apenas trocar alguns carinhos a encarar uma relação mais séria. O problema é que, muitas vezes, bate uma carência, uma vontade de ter alguém...

A pessoa que sempre fica dificilmente se envolve. Chega uma hora em que é natural sentir vontade de ter alguém com quem sair, conversar, dividir bons e maus momentos, trocar beijos e carinhos, enfim, ter um relacionamento. Algumas pessoas, às vezes, ficam com vários parceiros na mesma noite, às vezes durante vários dias.
Para refletir:
1) ficar é namorar de brincadeira;
2) ficar é praticar para ver se vai dar certo;
3) ficar é suprir provisoriamente a carência afetiva e sexual;
4) ficar é curtir todo mundo numa boa, sem compromisso
5) enfim, ficar não significa namorar nem mesmo significa crescer.
Pense sempre que Deus tem o melhor para você. Valorizar-se é o caminho da busca da verdadeira felicidade.
"O jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio!" (Paul Marcel, filósofo cristão francês).

Primeiramente vamos entender o que é “ficar”. Ficar é uma gíria brasileira que designa uma relação afetiva sem compromisso, que normalmente tem natureza efêmera. É um namoro "relâmpago"; diferencia-se de namorar porque o namoro envolve um compromisso (que comumente envolve fidelidade) e ao menos teoricamente, tem como característica a durabilidade (pelo menos de meses), enquanto que o ficar (ou a ficada) acontece por minutos ou horas. De modo que o(a) garoto(a) possa ficar com quem quiser depois, e não precisa sentir ciúmes se ve-la(o) com outro(a), nem ligar no dia seguinte. Normalmente é só um beijo.

Ficar é pecado por dois motivos: em primeiro lugar, eu começo a “coisificar as pessoas, elas não passam de objeto para eu satisfazer minhas vontades, ou seja, to afim de beijar alguém, mais não quero ter compromisso, não quero saber se tem problemas, se a pessoa está passando por alguma dificuldade, o importante é o quanto beija bem.
È como uma laranja que chupo e jogo o bagaço fora, como se eu pudesse separar a boca do resto da pessoa, e esquecemos que somos seres compostos de corpo e alma, é um conjunto inseparável criado a imagem e semelhança de Deus.

E em segundo lugar, o “ficar” é um grande propagador de doenças, atualmente nossa sociedade incorporou o hábito de "ficar", no qual pode-se beijar várias pessoas, geralmente desconhecidas, em uma mesma balada. Porém, o hábito do beijo na boca, visto por muitos como algo inofensivo, trás o perigo da transmissão de várias doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis.

A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de “ficar”. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca.

Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço.

Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca. As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo.

O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia

Então nunca nos esqueçamos o que diz São Paulo em 1 Cor. 06:19: Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?. Somos de Deus e viemos de Deus, e conforme disse Santo Agostinho Nossa alma não descansa enquanto não repousar em Deus.
Paz e bem.

Irmãos O nosso corpo foi feito para a Santidade e não para a Impureza( I tessaloniscense 4,7) somos preciosos aos olhos de Deus que nos convida a viver a santidade.

fonte RccGoiás


Estudante de escola secundária no Texas é suspenso por dizer que a homossexualidade é errada.


FORT WORTH, Texas, EUA, 23 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um estudante cristão de uma escola secundária foi punido por sua escola nesta semana por dizer que acredita que “ser homossexual é errado”.
Dakota Ary, de 14 anos, diz que sua declaração era parte de uma conversa de estudante para estudante acerca de religiões na Alemanha com um amigo sentado atrás dele durante uma aula de língua, de acordo com uma reportagem local da Fox News.
“Imagino que [o professor] me ouviu. Ele começou a gritar”, disse Ary. “Ele me disse que ia registrar uma infração para mim e me mandar à diretoria”.
Holly Pope, mãe de Ary, disse que estava em estado de “incredulidade” acerca do castigo. “Meu filho está na lista de nomes de boa reputação, com notas elevadas. Não tenho nenhum problema com ele”, disse ela.
A mãe não ficou satisfeita quando diretor da escola reduziu a suspensão escolar de dois para um dia. Ela trouxe um advogado com ela para se encontrar com o diretor na quarta-feira e está exigindo uma promessa de nenhuma retaliação por causa do acontecimento e que o acontecimento seja removido do registro de Ary.
“Os estudantes não perdem seus direitos de Primeira Emenda [sobre liberdade de expressão] só porque entram num prédio escolar”, Matt Krause, o advogado de Pope, disse para myFOXdfw.com. A escola ainda tomará uma decisão.
O castigo por objetar à homossexualidade, embora seja comum em países como o Canadá e a Inglaterra, está também se levantando nas escolas e universidades dos Estados Unidos.
Uma professora de biologia da Califórnia no ano passado ganhou um acordo de 100.000 dólares depois que foi demitida por responder à pergunta de um estudante citando pesquisa de que a homossexualidade “pode ser influenciada pelos genes e pelo meio-ambiente”.
Na Universidade de Illinois em julho de 2010, autoridades universitárias demitiram um professor de teologia católica depois que ele afirmou que a homossexualidade era, de acordo com o ensino católico, contrária à lei moral. O Prof. Kenneth Howell, que havia simultaneamente perdido sua posição no Centro Católico Newman na universidade, foi reintegrado dias mais tarde depois que milhares protestaram.
Em 2010 também foi noticiado o caso de uma estudante de aconselhamento na Universidade Estadual de Augusta que, depois que seus professores ficaram sabendo de suas convicções cristãs acerca da homossexualidade, foi instruída a participar de um curso intensivo para melhorar sua sensibilidade para os homossexuais, para completar leitura terapêutica e fazer descrições por escrito sobre o impacto de tais medidas em suas convicções, como condição para continuar nas aulas.

Papa: A verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de fé.


Sábado, 24 de setembro de 2011, 14h15

Discurso de Bento XVI ao Comitê Central dos Católicos Alemães

Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé

Amados irmãos e irmãs,

Agradeço a possibilidade de me encontrar convosco, os membros do Conselho do Comitê Central dos Católicos Alemães, aqui em Friburgo. Quero manifestar-vos o meu apreço pelo empenho com que sustentais, em público, os interesses dos católicos e dais impulso à obra apostólica da Igreja e dos católicos na sociedade. Ao mesmo tempo, agradeço ao senhor Alois Glück, Presidente do Comité Central dos Católicos Alemães, ZdK, pelo amável convite feito.

Queridos amigos, há vários anos que existem os chamados programas exposure no âmbito da ajuda aos países em vias de desenvolvimento. Pessoas responsáveis pela política, pela economia, pela Igreja vão viver, durante um certo tempo, com os pobres na África, Ásia ou América Latina, compartilhando a sua existência concreta de todos os dias. Colocam-se na situação de vida destas pessoas para verem o mundo com os seus olhos e, desta experiência, tirarem lições para o próprio agir solidário.

Imaginemos que um tal programa exposure tivesse lugar aqui na Alemanha. Peritos originários dum país distante viriam viver, durante uma semana, com uma família alemã média. Certamente admirariam aqui muitas coisas, como por exemplo o bem-estar, a ordem e a eficiência. Mas, com um olhar imparcial, constatariam também tanta pobreza: pobreza nas relações humanas e pobreza no âmbito religioso.

Vivemos num tempo caracterizado em grande parte por um relativismo subliminar que penetra todos os âmbitos da vida. Às vezes, este relativismo torna-se combativo, lançando-se contra pessoas que afirmam saber onde se encontra a verdade ou o sentido da vida.

E notamos como este relativismo exerce uma influência cada vez maior sobre as relações humanas e a sociedade. Isto exprime-se também na inconstância e descontinuidade de vida de muitas pessoas e num individualismo excessivo. Há pessoas que não parecem capazes de renunciar de modo algum a determinada coisa ou de fazer um sacrifício pelos outros.

Também o compromisso altruísta pelo bem comum nos campos sociais e culturais ou então pelo necessitados está a diminuir. Outros já não são capazes de se unir de forma incondicional a um consorte. Quase já não se encontra a coragem de prometer ser fiel a vida toda; a coragem de decidir-se e dizer: agora pertenço totalmente a ti, ou então, de comprometer-se resolutamente com a fidelidade e a veracidade, e de procurar sinceramente as soluções dos problemas.

Queridos amigos, no programa exposure, depois da análise vem a reflexão comum. Nesta elaboração, deve-se olhar a pessoa humana na sua totalidade; e desta faz parte explicitamente, e não só de modo implícito, a sua relação com o Criador.

Vemos que, no nosso mundo rico ocidental, há carências. Muitas pessoas carecem da experiência da bondade de Deus. Não encontram qualquer ponto de contacto com as Igrejas institucionais e suas estruturas tradicionais. Mas porquê? Penso que esta seja uma pergunta sobre a qual devemos reflectir muito a sério. Ocupar-se desta questão é a tarefa principal do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Mas, obviamente, a mesma diz respeito a todos nós. Permiti-me tratar aqui um ponto da situação específica alemã. Na Alemanha, a Igreja está otimamente organizada. Mas, por detrás das estruturas, porventura existe também a correlativa força espiritual, a força da fé num Deus vivo? Sinceramente devemos afirmar que se verifica um excedente das estruturas em relação ao Espírito. Digo mais: a verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de fé. Se não chegarmos a uma verdadeira renovação da fé, qualquer reforma estrutural permanecerá ineficaz.

Voltemos às pessoas a quem falta a experiência da bondade de Deus. Precisam de lugares, onde possam expor a sua nostalgia interior. Aqui somos chamados a procurar novos caminhos da evangelização. Um destes caminhos poderiam ser as pequenas comunidades, onde sobrevivem as amizades, que são aprofundadas na frequente adoração comunitária de Deus.

Aqui há pessoas que contam as suas pequenas experiências de fé no emprego e no âmbito da família e dos conhecidos, testemunhando assim uma nova proximidade da Igreja à sociedade. Depois, a seus olhos, aparece de modo cada vez mais claro que todos necessitam deste alimento do amor, da amizade concreta de um pelo outro e pelo Senhor. Permanece importante a ligação com a seiva vital da Eucaristia, porque sem Cristo nada podemos fazer (cf. Jo 15, 5).

Amados irmãos e irmãs, que o Senhor nos indique sempre o caminho para, juntos, sermos luzes no mundo e mostrarmos ao nosso próximo o caminho para a fonte, onde possam saciar o seu profundo anseio de vida.

Papa Bento XVI

Fonte: http://noticias.cancaonova.com


Fonte: http://www.rainhamaria.com.br