Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

21/10/2011

Cardeal Zen em greve de fome diante dos abusos do governo chinês


HONG KONG, 21 Out. 11 / 01:55 pm (ACI/EWTN Noticias)

Desde a manhã de 19 de outubro, o Arcebispo Emérito de Hong Kong (China), Cardeal Joseph Zen Ze-kiun iniciou uma greve de fome devido a uma sentença da Corte Suprema que vulnera os direitos daIgreja sobre as escolas católicas.

A agência salesiana ANS informou que o Cardeal realiza a greve de três dias e três noites em frente à casa missionária dessa congregação, "Shau Kei Wan" de Hong Kong, expressando seu rechaço a uma decisão da Corte Suprema em matéria de educação.

Em 2004, o governo chinês ordenou que os colégios que recebem ajudas estatais fossem dirigidos por comitês independentes. A Igreja advertiu que tal medida contrariava seus direitos sobre as escolas católicas e apresentou um recurso que foi desprezado pela Corte Suprema de Hong Kong.

O Cardeal Zen advertiu que se finalmente a Igreja não puder ter o controle sobre suas instituições educativas, deverá renunciar por completo às mesmas, "que é provavelmente o que deseja a ditadura comunista", afirma a agência AICA.

A Emenda ao Regulamento sobre a instrução de 2004, implica introduzir na gestão dos institutos escolares um comitê organizativo que valorize o projeto das escolas, do qual participariam –além dos pais de família e os estudantes–, pessoas de fora da escola, comprometidos com o governo, correndo o risco de desviar a proposta educativa das escolas.

A lei oferece diversos benefícios, principalmente econômicos, às escolas que colocam em ato o regulamento, e segundo o governo permitirá uma maior transparência e uma melhor democracia.

Antes de iniciar a greve o Cardeal Zen Ze-kiun realizou uma conferência de imprensa dando os motivos de seu gesto. Depois de agradecer aos numerosos benfeitores que por muitos anos sustentaram a educação católica e de tantos missionários que ensinaram nelas o prelado declarou: "lamentamos que nossa reclamação não seja reconhecida. Dói-nos mas não nos desespera. Deus é o Senhor da história".

O cardeal Zen Ze-kiun, de 79 anos de idade e afetado por um distúrbio cardíaco, precisou que não obstante a greve de fome nestes três dias tomará líquidos e fará a comunhão diária. Trabalhadores da área de saúde permanecerão com o cardeal para monitorar suas condições.

ANS informou também que nos últimos dias em vários blogs informou-se maliciosamente sobre valores de doações recebidas pelo Cardeal Zen Ze-kiun nos últimos anos. Na conferência de imprensa o cardeal respondeu também precisando quais foram os fins aos que foram destinadas as contribuições.


Ou Penitência ou... Purgatório


(PADRE ALEXANDRINO MONTEIRO, S. J. )
I. Acerbidade das penas do Purgatório
Ouvindo Santo Agostinho alguns de seu tempo dizer que, se escapassem do inferno, do Purgatório não tinham tanto medo, encheu-se de zelo e lhes fez ver o grande erro em que estavam, pois as penas do Purgatório superam tudo o que há de mais penoso neste mundo.
E com razão, porque o fogo que atormenta as almas do Purgatório é o mesmo que o fogo que atormenta os condenados no inferno, somente com exceção da eternidade. E assim é que a Santa Igreja não duvida chamar às penas do Purgatório penas infernais [na Liturgia dos defuntos]. O fogo do Purgatório é aceso por um sopro infernal, e é tão ativo que não se chama simplesmente fogo, mas espírito de fogo (Is 4, 4), e derreteria num instante um monte de bronze, mais facilmente que uma de nossas fornalhas devoraria uma palha seca.
Tem ainda este fogo, além da atividade natural, uma potência superior, que lhe dá Deus, para servir de instrumento ao Seu furor: .....................(Is 15, 41).
Porém, diz o Senhor pelo profeta Zacarias, que Ele mesmo, mais que o fogo, purgará e limpará a alma eleita, ativando com Seu hálito as suas chamas: ............... (Zac 3, 9).
E qual não será o tormento das almas benditas naquele cárcere por meses e anos! Podemos fazer dele uma [longínqua] idéia, considerando que:
a) A alma, assim como é mais nobre que o corpo, é também mais capaz de sentir vivamente, seja a alegria, seja o sofrimento;
b) A alma unida ao corpo, se sente dor, sente-a temperada pelo mesmo corpo, e como que dividida entre ambos, servindo-lhe o corpo de escudo e anteparo da dor. Mas no Purgatório, estando longe do corpo, recebe diretamente sobre si toda a força da dor;
c) A alma unida ao corpo, se sofre no pé ou na mão ferida, não sofre na cabeça ou noutros membros sãos; mas no Purgatório, sendo indivisível e estando separada do corpo, é toda atingida pelas chamas.
Além do fogo, é a alma, no Purgatório, atormentada por si mesma, pensando:
a) Por quão ligeiras faltas está penando: por uma palavra inútil, por um olhar curioso, por uma intenção menos reta, que tão facilmente pudera evitar;
b) Que, podendo durante a vida tão facilmente descontar a pena merecida por suas faltas com praticar algumas ações meritórias, não o fez;
c) Que, deixando na terra filhos, amigos e herdeiros, que a deviam aliviar naquelas chamas, não o fazem, e só pensam em desfrutar dos bens que lhes deixou (Sl 30, 13). Com quanta razão se lamentará de não ter descontado os seus pecados, dando esmolas, e empregando em obras de caridade os bens que Deus lhe deu e que aumentou com tantos suores?
Sobre tudo isto, acresce o maior tormento do Purgatório, que é a privação da visão de Deus.
São João Crisóstomo disse (Hom. 24 in c. 7 Mat.) que o inferno do inferno é estar o condenado privado para sempre da visão de Deus. Assim também se pode dizer que o Purgatório do Purgatório é estar uma alma por muito tempo longe da visão de Deus. As almas são, pois, atormentadas por dois verdadeiros e profundíssimos sentimentos: desejo e amor.
O maior tormento de uma alma do Purgatório é desejar ir para Deus, e não poder. Esta pena é tanto maior, quanto maior é o conhecimento que lá a alma tem de Deus, pois, separada do corpo, conhece mais claramente a suma bondade de Deus, e se sente movida com maior força a ir para Ele, como a pedra para o seu centro.
Por isso, as suas maiores ânsias, no Purgatório, são suspiros pela visão beatífica, de que já sente a aproximação, mas que ainda não pode desfrutar. Clama ela, como o cego do Evangelho (Lc 18,
41): 'Senhor, que eu veja' essa luz da glória; que meus olhos desfrutem já da presença divina! Para chegar mais depressa à visão de Deus, esta alma preferiria que se lhe duplicasse o tormento do fogo, contanto que findasse o tormento do desejo de ver a Deus.
Conta-se [por exemplo] de Rutília que, sabendo que seu filho fõra condenado ao desterro para terras longínquas, se desterrou também, para não padecer, longe dele, o tormento da saudade.
Mas muito maior que o desejo, é o tormento do amor.
Três são os amores que atormentam as almas do Purgatório:
a) O amor natural, pelo qual a alma, por uma inclinação inata, é atraída para Deus como a Seu Criador, seu Princípio e último Fim, com maior ímpeto que a pedra propende para o centro da terra ou a chama para o ar;
b) O amor sobrenatural, pelo qual, [sob a ação da Graça,] é a alma vivíssimamente atraída para Deus como seu sumo, único e eterno Bem;
c) O amor de ardentíssima caridade, por saber que é esposa do divino Cordeiro, Jesus Cristo, destinada ao Reino Celestial, e, no entanto, vê que seu Esposo Divino lhe fecha a porta, e que seu amor é assim frustado.
A todos estes tormentos se deve juntar a duração das penas, por meses, por anos e, talvez, até o fim do mundo.
Quanto se amedronta e aterra um malfeitor, ao ouvir a sentença de ficar por algum tempo encerrado num cárcere escuro ou de por três anos trabalhar nos porões das galés! Quanto se lamenta um enfermo a quem se avisa de que terá de sofrer por um quarto de hora uma dolorosíssima operação! E a quem não de gelar o sangue ao pensar que, por seus pecados, há de estar sepultado nas chamas do Purgatório por anos inteiros, e talvez até o dia do Juízo Final?!
Santo Agostinho diz que, no Purgatório, um dia é como mil anos (In Ps 37).
Assim é que a esperança e o desejo de ver a Deus, e de passar de um excessivo tormento a uma indizível alegria, fará parecer uma hora mais longa que um século.
Conta Santo Antonino que um enfermo havia muito tempo que sofria horríveis dores. Apareceu-lhe o seu Anjo da Guarda e lhe propôs, por ordem de Deus, que escolhesse: ou sofrer aquelas dores por mais um ano, ou passar meia hora no Purgatório. O enfermo respondeu que preferiria estar meia hora no Purgatório, pois assim acabava mais depressa de sofrer. Pouco depois expirou, e o Anjo foi visitá-lo no Purgatório. Ao ver o Anjo, a pobre alma começou a soltar gemidos inconsoláveis, dizendo-lhe que a tinha enganado, pois, tendo-lhe assegurado que estaria ali só meia hora, já eram passados vinte anos que estava lá penando. Vinte anos? - replicou o Anjo - não passaram mais que poucos minutos de tua morte, e teu cadáver ainda está quente sobre o leito!
Tanto é verdade que as penas do Purgatório, em certo modo, - sapiunt naturam aeternitatis -, têm um sabor de eternidade, por parecer à imaginação do padecente que uma hora é como um século.
II. Dificuldade em evitar o Purgatório
Um mal qualquer, por maior que seja, se facilmente se pode evitar, não é grande mal; mas um mal grande, que dificilmente se pode evitar, torna-se extremo.
Tal é o Purgatório; pois, como atesta o cardeal e Doutor da Igreja São Roberto Belarmino (De amis. grat., c. 13), até dos homens mais santos e perfeitos, pouquíssimos são os que vão direto ao Paraíso.
O mesmo Santo, estando próximo à morte, recebeu a visita do Geral da Companhia de Jesus, que, sabendo como era santíssima a vida de Belarmino, lhe disse que todos tinham firme esperança de que, depois da morte, ele voaria logo para o Céu. - 'Mas não a tenho eu, disse o Santo; eu não tenho essa esperança'.
Santa Teresa d'Ávila conta que, sendo-lhe revelado o estado de muitas almas na outra vida, só de três sabia que tivessem ido para o Céu sem passar pelo Purgatório [e uma destas almas era ninguém menos que um São Pedro de Alcântara].
Nem isto nos deve maravilhar. São Bernardo diz (Decl. sup. Ecce nos) que, assim como não há obra boa, por mais pequena que seja, que Deus não remunere largamente, assim não há mal, por mais ligeiro que seja, que Deus não castigue severamente. Ora, sendo a alma mais justa e santa sujeita a muitas imperfeições, naturalmente está exposta a ir pagar por elas no Purgatório.
Se por um lado não quer Deus que nada impuro entre no Céu, por outro não escapa a Seus olhos a mais ligeira mancha, que nós, muitas vezes, nem chegamos a descobrir. Por isso diz a Escritura que até nos Anjos encontra Deus que repreender (Job 4, 18), e que os mesmos céus não são puros na Sua presença (Job 15, 15), e que até nas obras dos justos encontra que emendar (Sl 74, 3).
O santo Jó, conhecendo esta minuciosa Justiça de Deus, temia que as suas ações, ainda as mais santas, não Lhe fossem plenamente agradáveis (Job 9, 28).
Oh! Como são terríveis os juízos de Deus, e como são diversos dos d'Ele os juízos dos homens! O homem não vê senão o que aparece por fora; Deus, porém, penetra o coração (1 Rs 16, 7).
O padre Baltasar Álvarez, da Companhia de Jesus, confessor de Santa Teresa d'Ávila, era, por testemunho de sua Santa penitente, um dos homens mais santos e piedosos de seu tempo. Um dia, ele pediu ao Senhor que lhe revelasse quais eram as suas obras que mais O agradavam. Deus Nosso Senhor ouviu a sua oração, e fez-lhe ver as suas obras no símbolo de um cacho de uvas, em que umas eram verdes, outras amargas, e só duas ou três estavam maduras, e estas ainda não de todo doces ao paladar. 'Tais são, disse-lhe o Senhor, as tuas ações; delas só duas ou três são boas, e mesmo nestas, se examinarem com rigor, não lhes faltará que repreender'.
Daqui se vê como é severa a Justiça Divina em julgar as ações dos homens, e como é difícil, ao morrer, estar um alma tão purificada, que não fique nada por que satisfazer no Purgatório.
Não faltam exemplos na vida dos Santos que confirmam esta doutrina.
Na vida de São Severino se conta que, enquanto um clérigo passava um rio, apareceu-lhe um sacerdote e, tomando-lhe a mão, a queimou toda, dizendo: Isto sofro no Purgatório por não rezar as Horas canônicas com atenção.
De São Martinho escreve São Gregório Turinense que, orando no sepulcro de sua irmã e recomendando-se a ela como a santa, de repente ela lhe apareceu, vestida do hábito de penitente, com o rosto triste e pálido, e lhe disse que ainda estava no Purgatório, por ter penteado o cabelo na Sexta-Feira Santa, não se lembrando que era o dia da Paixão do Senhor.
A irmã de São Pedro Damião, como ela mesma revelou a uma santa alma, foi condenada a penar dezoito dias no Purgatório, por ter, de sua cela, ouvido curiosamente os cantos e músicas que entoavam debaixo da janela.
São Severino, Arcebispo de Colônia, foi condenado a um gravíssimo Purgatório, por ter recitado as Horas canônicas sem a devida distinção de tempos, apesar de serem muitos os negócios de seu palácio, que parece o desculpariam.
Entremos agora dentro de nós mesmos, e tiremos a conseqüência, que tirou também Santo Antonino depois de contar a seus religiosos semelhantes exemplos: 'Tema, pois, cada um de vós, cometer pecados veniais e não se purificar deles nesta vida'.
Se Deus é tão severo em punir no Purgatório as menores faltas, e se é tão difícil, mesmo para as almas mais perfeitas, evitá-lo, como é que me atrevo a acumular pecados veniais em minha vida, sem fazer penitência deles?... E se aqui me parece insuportável uma pequena agulha, que será sofrer aquele fogo atrocíssimo?... Por que não procuro depurar as minhas ações de toda impureza, e fazer penitência pelos pecados cometidos?... Andemos sempre alumiados pelas chamas do Purgatório, para evitarmos, com a perfeição de nossas obras, cair naqueles horríveis tormentos (Is 40, 11).
III. Como devemos evitar o Purgatório
É verdade de Fé que ninguém entra no Céu sem estar de todo purificado (Apoc 21, 17), e sem primeiro ter satisfeito todas as suas dívidas à divina Justiça (Mt 5, 26). Deste modo, ou havemos de punir em nós mesmos, nesta vida, os nossos pecados, ou então Deus se encarregará de os castigar depois da nossa morte. Não há como escapar, diz Santo Agostinho (Conc. 1 in Ps 58).
Quem, na vida, não apaga os pecados com as lágrimas da penitência, depois da morte se purificará deles com as chamas do Purgatório. Ora, não é melhor lavar os pecados com água do que com fogo?
Na vida, com um dia de penitência, e até com uma hora, podemos satisfazer por nossos pecados o que no Purgatório nem por um ano expiaríamos. Ora, não é melhor padecer por um pouco, neste mundo, que padecer no outro por longo tempo, que pode ser até o dia do Juízo?
Ajuntemos que a penitência feita em vida é meritória, e depois da morte nada merece. Ainda que penemos por mil anos no Purgatório, não adquiriremos um novo grau de graça, nem um novo grau de glória no Céu.
E não é mais sensato sofrer pouco e por pouco tempo, e com mérito, do que sofrer muito e por muito tempo, e sem mérito nenhum?
Finalmente, a Divina Justiça fica mais satisfeita com a penitência, ainda que pequena, feita nesta vida, do que com a pena, ainda que maior, tolerada depois da morte; porque a primeira é um sacrifício voluntário e uma pena tomada espontaneamente, ou espontaneamente aceita, ao passo que a segunda é um sacrifício forçado, e uma pena tolerada por necessidade e contra vontade.
Por todas estas razões se vê claramente quanto importa descontar, nesta vida, as penas que devemos a Deus por nossos pecados, pela enorme vantagem de nos livrarmos, desta maneira, dos males do Purgatório.
Frutos
Consideremos os frutos que devemos tirar desta doutrina, para nos resolvermos a evitar o Purgatório, usando de todos os meios que a isto nos possam ajudar.
O primeiro é fazermos agora, por nós mesmos, penitência dos nossos pecados, e praticar boas obras o mais que pudermos, e não pôr a nossa esperança em sufrágios futuros. E isto devemos fazer sem demora, antes que sejamos assaltados por algum acidente (Gál 6, 10).
O segundo é pôr todo o cuidado em ganhar as santas indulgências, com as quais satisfaremos por nossos pecados com a satisfação e méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O terceiro, finalmente, é usar de piedade com as almas do Purgatório, ajudando-as com os nossos sufrágios, obras e orações, porque Deus disporá que aquela caridade que usamos com os outros seja também usada conosco (Mt 7, 2). Depois essas almas, quando estiverem no Céu, serão gratíssimas para conosco, obtendo-nos muitas graças de Deus. Feliz de quem salvou uma alma do Purgatório com seus sufrágios, porque terá diante de Deus quem interceda por ele, quando também estiver penando naquele lugar.
Conta Bernardino de Bustis que morreu um pai, e com seus bens deixou um filho riquíssimo. Este ingrato filho não pensou mais em quem tanto o tinha beneficiado, pois nunca mandou sufragar a alma de seu pai, que ardia no Purgatório. Ora, que aconteceu? Ainda que os seus capitais fossem avultadíssimos, contudo estava sempre em penúria. Contínuas tempestades lhe destruíam as plantações, males imprevistos dizimavam-lhe os rebanhos, incêndios e desastres arruinavam-lhe a casa. Já os pleitos, já o fisco, já os inimigos o obrigavam a gastos desmedidos. Um dia, encontrando-se com um servo de Deus, pediu-lhe que o recomendasse em suas orações. Fê-lo o santo varão, a quem foi revelado que aquele filho ingrato não podia desfrutar dos bens herdados, porque tinha o pai no Purgatório, que o amaldiçoava, e as suas maldições eram aceitas da Divina Justiça pela sua perversa ingratidão.
Façamos bem aos nossos defuntos, que o mesmo farão conosco (Ecli 12, 2).
Imaginemos que Jesus Cristo diz a cada um de nós a respeito dos nossos defuntos, o que disse a respeito de Lázaro: 'Desatai-o e deixai-o ir' (Jo 11, 44).
(Padre Alexandrino Monteiro S. J., Exercícios de Santo Inácio de Loyola, II Edição, Editora Vozes, Petrópolis: 1959, páginas 80-90).

Atriz Susan Saradon chamou de “nazi” (Nazista) o Papa Bento XVI.


A declaração de Susan Sarandon durante o festival de cinema, em Nova Iorque, está a gerar uma onda de críticas por parte de grupos de católicos e de judeus, com a Liga Anti-Difamação a exigir da atriz um pedido de desculpas. A bomba foi largada durante uma entrevista, no último sábado, com o ator Bob Balaban, quando a também ativista dos Direitos Humanos – Sarandon, criada numa família Católica Romana, é ainda embaixadora da Boa Vontade da UNICEF desde 1999 – revelou ter enviado ao Papa uma cópia do livro que deu origem ao filme de 1995 “Dead Man Walking”, onde contracena com Sean Penn e que lhe valeu um óscar. Bob Balaban questionou então a que Papa se referia Susan Sarandon. A resposta não podia ser mais polémica: “Ao último [João Paulo II]. Não a este nazi que temos agora”, refere o diário nova-iorquino Newsday.

O calibre da resposta originou mesmo um gentil reparo de Balaban, mas isso não evitou que Sarandon repetisse a acusação. Contactado para comentar as declarações da atriz, o seu agente não está a responder aos telefonemas dos jornalistas, de acordo com as agências de notícias. Entretanto, a Liga Católica para os Direitos Civis e Religiosos já lamentou a “ignorância intencional” de Sarandon. A Liga Anti-Difamação – de luta contra o antissemitismo – pede à atriz que se desculpe perante a comunidade católica: “Sarandon pode ter tido os seus problemas com a Igreja Católica, mas isso não é desculpa para andar com analogias sobre o nazismo. Essas são palavras de ódio, de vingança, que apenas logram apequenar a verdade da história e o significado do Holocausto”.


Cardeal Cañizares explica impulso do Papa à renovação da liturgia


Vaticano, 20 Out. 11 / 01:43 pm (ACI)

O Prefeito para a Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, explicou desde Roma que o recente Motu proprio "Quaerit Semper" era necessário para aprofundar na celebração litúrgica iniciada com o Concílio do Vaticano II.

O Papa Bento XVI assinou no último 27 de setembro o novo Motu proprio "Quaerit Semper" com o qual modificou a Constituição Apostólica Pastor Bonus e transfere algumas competências da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ao novo Escritório para os procedimentos de dispensa domatrimônio rato e não consumado e as causas de nulidade da sagrada ordenação constituída no Tribunal da Rota Romana.

Em uma entrevista concedida ao grupo ACI no dia 14 de outubro, o Cardeal Cañizares assinalou que com este documento "trata-se de aprofundar na verdadeira renovação do Concílio do Vaticano II tal como expressa a Constituição Sacrosanctum Concilium".

O dicastério se dedicará a partir de agora com maior intensidade à renovação litúrgica para impulsionar um novo movimento litúrgico conforme ao Vaticano II, e isto "levará, entre outras coisas por exemplo à constituição dentro deste dicastério de uma comissão para a arte e a música em relação com a liturgia".

O Cardeal assinalou que esta mudança "deve afetar (os católicos em geral) porque a liturgia está na base de toda a vida cristã, é a fonte e o cume de toda a vida cristã, e conseguintemente deverá estar marcada e configurada pela liturgia".

"Será uma vida muito mais teologal, uma vida mais de comunhão com Cristo, e mais de comunhão na Igreja, uma vida mais conforme à ação do Espírito em nós, e isso pois verdadeiramente chegará a todos", acrescentou.

O Cardeal Cañizares explicou ao grupo ACI, que "se cantamos bem, se participamos bem, se celebramos conforme àquilo que corresponde à verdade da liturgia pois todo isso levará uma repercussão muito grande e o povo cristão verá como é revitalizado em toda sua existência".

Finalmente, a autoridade vaticana afirmou que sua congregação "está para difundir o verdadeiro sentido da liturgia, para que se viva da liturgia tal como ela é em sua própria natureza".

"Não se trata de formas, mas de entrar verdadeiramente naquilo que acontece na celebração litúrgica", concluiu.