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22/11/2011

Pontifício Conselho das Comunicações parabeniza canção nova por saída de Gabriel Chalita






Twitter OFICIAL do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais do Vaticano:@PCCS_VA

Para quem está com medo de falar da saída de Chalita da TV Canção Nova, aí está a resposta do próprio Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (PCCS). O Conselho das COMUNICAÇÕES, organismo do VATICANO que orienta a comunicação católica em todo mundo. Ele se posicionou por meio de seu twitter oficial: está parabenizando a decisão da Canção Nova de tirar do ar Gabriel Chalita e seu amigo petista, Edinho Silva.

Graças a Deus eu continuo com a Igreja, como sempre estive.

Por que será que o PCCS está parabenizando a comunidade Canção Nova pela saída de Edinho e Chalita? Será que é porque o PCCS é louco e frustrado? Será que é porque ele não ama a Igreja e quer a divisão? Ou seria o Pontifício Conselho para as Comunicações apenas um monte de “polêmicos” querendo se aparecer e divulgar boatos?

Graças a Deus eu continuo com a Igreja, como sempre estive.

E agora, senhor Eto Jardim? O senhor que disse ter começado o programa do Edinho Silva por inspiração do presidente do PCCS, Dom Cláudio Maria Celli… Como o senhor explica que o órgão comandando por ele esteja parabenizando a Canção Nova por tirar o programa do ar? Por certo o senhor deve ter uma explicação “ungida” para isso, sem dúvidas.

Valeram a pena todos os insultos “ungidos” recebidos nas últimas semanas por parte de pessoas de vida de oração em dia, cheias de dons, carismas e poder, e claro, cheias de “unidade”. E não digo essas coisas com qualquer sentimento de superioridade pois sou tão verme quanto. Mas gostaria que, hoje, aceitassem o convite de reflexão e parassem para ver o momento que vive a Igreja, no Brasil, especialmente.

Reflitam sobre todas as coisas que foram divulgadas nessas semanas e paguem o preço por amor ao Cristo que servem. Não vai ser fácil, não! Mas é o que todo servo inútil deve fazer: fazer o que é esperado que se faça.

Levantai-vos, vamos!

fonte: diasimdiatambem.com

Edinho Silva: “Ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja.”

Por Everth Queiroz

Após a louvável insistência de pessoas que, de alguma forma, amam a Canção Nova e querem vê-la sendo uma comunidade católica autêntica, o deputado petista Edinho Silva – que apresentaria o programa “Justiça e Paz”, todas as quintas-feiras – não apresentará mais nada. Com ele, saíram da grade de programação da TV Canção Nova outros políticos, como, por exemplo, o deputado Gabriel Chalita, do PMDB.

http://www.araraquara.com/img/noticias/826978g.jpgPor que a Canção Nova tomou esta decisão?Edinho Silva alegou “reação dos setores mais conservadores da Igreja”. E classificou-os como “setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”.

Entendemos a dor de cotovelo, mas não é isto que se passa, definitivamente. “Trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais” é uma coisa; trabalho político desenvolvido pela Teologia da Libertação e por deputados aliados ao PT é outra bem diferente. Não se trata – e é conveniente explicar – de uma luta de setores simplesmente “conservadores”; trata-se de uma luta de pessoas que pregam respeito e fidelidade aos ensinamentos do Magistério da Igreja – e é este aqui o ponto que verdadeiramente caracteriza este grupo.

Este grupo – outro aspecto importante a se destacar – não é avesso ao trabalho social na Igreja. O que este grupo verdadeiramente deseja é que as coisas sejam levadas adiante por meio dos princípios ensinados pela Doutrina Social da Igreja, cujos representantes principais são sucessores de São Pedro, como Leão XIII, Pio XI e João Paulo II, cujos documentos principais são… aRerum Novarum e a Divini Redemptoris, a Sollicitudo Rei Socialis. Ansiamos ver Cristo glorificado em verdadeiros mártires pela causa do povo de Deus, homens de virtude que doaram a sua vida a Deus e ao próximo, por amor à Igreja, como Antoine Ozanam, beatificado pelo bem-aventurado João Paulo II.

Nesta nova conquista, o auxílio das autoridades eclesiásticas foi fundamental, e por isto vai aqui o nosso agradecimento: ao padre Paulo Ricardo, que dias antes desta louvável decisão ser tomada, tinha emitido um comunicado no qual manifestaria a sua “opinião sobre a atuação de alguns líderes da Canção Novaatravés do caminho institucional e privado”, primeiro, antes de passar para “possíveis manifestações públicas”; e também a Dom Benedito Beni dos Santos, pastor da diocese de Lorena, cujo auxílio foi invocado nestes últimos dias pelos internautas católicos.

Imploramos, enfim, que Nossa Senhora da Conceição Aparecida interceda por nossa Nação e continue abençoando-nos com os frutos da misericórdia e da benevolência do Altíssimo.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!


Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

Sinais extraordinários no céu da Africa com a presença do Santo Padre.


Por Marco Tosatti, La Stampa | Tradução: Fratres in Unum.com

O Vaticano está atônito, e até mesmo embaraçado; pois na viagem a África, que acaba de terminar, segundo muitos fiéis sem contato entre si, teriam ocorrido no céu fenômenos semelhantes aos que foram verificados durante as aparições mais famosas do século passado, como Fátima e Tre Fontane. Um parente de um bispo teria produzido uma documentação fotográfica ou vídeo do evento, que teria sido entregue ao Secretário de Estado, o Cardeal Tarcisio Bertone.

No dia seguinte à missa celebrada por Bento XVI no Estádio de l’Amitié, em Cotonou, até os bispos de Benim se questionaram sobre o extraordinário fenômeno que permitiu, às 8 horas da manhã, aos 80.000 fiéis presentes, ver juntos a lua e o sol, um evento raríssimo na África naquela latitude, o que causou grande assombro na multidão, como disse aos jornalistas o diretor da sala de imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi. Ainda mais porque não poucos fiéis disseram ter visto também o sol se mover e brilhar sem ofuscar, de modo a poder olhá-lo por um bom tempo sem problemas (mesmo os que baixavam os olhos e os levantavam não tinham nenhum incômodo visual).

Um fenômeno interpretado pelos africanos como um prodígio devido à presença do Papa, mas que também perturbou a mídia e muitos bispos, até porque, pelo que soubemos, não foi um fato isolado, mas se repetiu outras vezes ao longo da visita. Dom René-Marie Ehuzu, Bispo de Porto Novo e Presidente da Comissão Pastoral Social da Conferência Episcopal de Benim, também responsável pela organização da visita papal no país, declarou à AGI que “na tarde de sábado, quando o Papa, a caminho da paróquia de Santa Rita, na periferia de Cotonou, parou para saudar e abençoar os doentes do hospital localizado nas proximidades, se verificou um fenômeno semelhante, tanto que os hóspedes do hospital quiseram ir para a capela para uma oração de agradecimento”. Por todos os três dias da visita — afirmou o prelado — há testemunho de eventos similares e fotos tiradas com os celulares de testemunhas, em alguns casos sacerdotes. Pessoalmente não posso dar uma explicação, mas excluo que se trate de um fenômeno de histeria coletiva”.

“A lua está agora muito perto do sol (uma pequena crescente visível antes da alvorada), por isso é impossível vê-la junto com o sol, isto é, quando ele está alto no céu. Se era visível, é evidente que a claridade do sol foi temperada, precisamente como dizem as testemunhas. Há uma clara analogia com os muitos milagres solares ligados às aparições de Nossa Senhora”, comenta por sua vez um perito no blog “Amici di Papa Ratzinger” e, na discussão que se abriu, os fiéis italianos concordam com os seus companheiros na África, outros posts afirmando, de fato, que se tratou de um milagre: “O Papa trouxe a luz de Cristo”. “Sem a proteção e a força que vem de Deus, como ele poderia superar estes seis anos e meio de ataques ferozes?”, se pergunta Laura; e um anônimo comenta: “Jesus nos diz que o Reino de Deus está entre nós, e não o diz apenas em palavras, mas também através de sinais e prodígios. Deus, com esta Sua intervenção divina, nos chama à esperança à conversão”.

Como se sabe, o “milagre do sol” ocorreu em Fátima na seqüência das aparições marianas e mais vezes em Roma, em Tre Fontane. Na Cova da Iria, onde rezavam os pastorinhos, em 13 de outubro de 1917 – relatam as crônicas — o sol apareceu como uma gigantesca roda iridescente, que girava e irradiava cores múltiplas. Ele parou três vezes e então parecia se destacar do firmamento para se precipitar sobre a terra. Um fenômeno extraordinário, semelhante ao que ocorreu em Portugal, foi visto por milhares de fiéis em Tre Fontane em 12 de abril de 1947 e se repetiu em 1968 e 1980 (enquanto em Fátima uma réplica teria ocorrido no último 13 de maio). Em Tre Fontane, o disco solar inicialmente se comportou como em Fátima (exceto o fenômeno de parecer prestes a cair sobre a terra), mas em um segundo momento tomou a cor de uma hóstia, como se fosse coberto por uma gigantesca hóstia. Uma nota privada de Pio XII publicada recentemente pelo vaticanista Andrea Tornielli testemunha um episódio análogo nos jardins do Vaticano, que, em 1950, foi interpretado pelo Papa Pacelli em seu coração como uma confirmação da validade do dogma da Assunção de Maria, que estava prestes a proclamar.


Fonte: http://fratresinunum.com/

O Sexo no Casamento,o que diz a Igreja

* O ato conjugal no matrimônio: A Igreja não trabalha com um manual mas com princípios e conceitos.

Por Maite Tosta / Veritatis Splendor

Uma vez convertidos, e iniciando um aprofundamento da doutrina católica, naturalmente os casados – e da mesma forma os noivos e namorados – se preocupam que a sua vivência – presente ou futura – da sexualidade esteja igualmente dentro dos limites da moralidade católica. Tal preocupação é louvável. No entanto, devemos levar em conta alguns pontos, quando se reflete sobre esse assunto.

O hinduísmo, por exemplo, tem um manual de práticas sexuais, o famoso “Kama Sutra”. Porque essa religião oriental assim o fez? Podemos nós católicos nos utilizar desse manual?

Para os hindus, os pilares da vida material são Artha (economia e riqueza), Kama(estética e prazer), Dharma (justiça e religião) e Moksha (liberação), devendo o hindu que busca o equilíbrio investir igualmente em todas essas áreas. Para o hinduísmo, não existe o conceito de salvação pela graça, o homem deve trilhar seu caminho, com práticas religiosas, orações, yoga, ascese, até conseguir atingir – por esforço próprio – o nirvana, superando o ciclo de reencarnações.

As orientações contidas no Kama Sutra estão permeadas de filosofias e ensinamentos da religião hindu, além do que, nem todas as práticas recomendadas serão compatíveis com a moral católica, o que o descarta como possível manual de sexualidade pelo casal católico.

O catolicismo, por outro lado, não tem um manual de práticas sexuais. Não há listas, muito menos ilustrações, do que é lícito ou não. A moral católica trabalha com conceitos e princípios, que nós, através de um exercício mental, devemos aplicar.

Para termos a real noção do que é a sexualidade no matrimônio, podemos iniciar com os seguintes questionamentos:

O que significa o matrimônio e a relação sexual no plano divino? Para que Deus os criou? Qual a Sua intenção? Qual o modelo que temos para viver a relação sexual no matrimônio? Qual o contexto que me realiza como pessoa na vivência da relação sexual?

Primeiramente, cabe desfazer o mito de que “sexo é sujo”.

“Seja bendita a tua fonte! Regozija-te com a mulher de tua juventude, corça de amor, serva encantadora. Que sejas sempre embriagado com seus encantos e que seus amores te embriaguem sem cessar! ” (Provérbios 5,18-20)

O casamento não é uma questão periférica na vida cristã, mas sim, encontra-se no centro do mistério. Por meio de sua analogia, comunica o mistério de Deus.

“A Sagrada Escritura começa com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus e conclui com uma visão das ‘núpcias do Cordeiro’. As Escrituras falam do começo ao fim sobre o casamento e seu ‘mistério’, sua instituição e o significado que Deus lhe deu, sua origem e seu fim, … as dificuldades em se erguer do pecado, e sua renovação ‘no Senhor’”. Do começo ao fim do Antigo Testamento, o amor de Deus por seu povo é descrito como o amor de um esposo por sua noiva. No Novo Testamento, Cristo encarnou este amor. Ele veio como o Noivo Celeste para unir-se indissoluvelmente à sua Noiva, a Igreja.[1]

Diz o Papa João Paulo II: “Neste mundo inteiro não há uma imagem mais perfeita da União e Comunidade de Deus. Não há nenhuma outra realidade humana que corresponda melhor, humanamente falando, àquele mistério divino”[2].

O Sacramento do matrimônio consiste, basicamente, na livre troca de consentimento adequadamente testemunhada pela Igreja. A união sexual consuma este sacramento — completa, aperfeiçoa. Através da união sexual, portanto, as palavras dos votos matrimoniais tomam corpo. Para que a união sexual seja legítima, no matrimônio, são requisitos a livre concordância com uma união de amor indissolúvel, fiel e aberta aos filhos.

O ato sexual deve atender a dois aspectos, o unitivo e o procriativo. O unitivo reflete o dom de entrega total entre os esposos, e o procriativo implica na abertura à geração de filhos.

“O corpo tem um significado esponsal porque revela o chamado do homem e da mulher a se tornarem dom um para o outro, um dom que se realiza plenamente na sua união de ‘uma só carne’. O corpo também tem um significado generativo que, se Deus permitir, traz um “terceiro” através desta união.” [3]

Sobre a moralidade do sexo no matrimônio, Christopher West escreve, baseando-se nas catequeses de João Paulo II (grifos meus):

João Paulo II diz que nós “podemos falar sobre moral bem ou mal” no relacionamento sexual “de acordo com o quanto ele possui… ou não o caráter de verdadeiro sinal”. Em resumo, nós somente precisamos fazer a seguinte pergunta: Seria um determinado comportamento, um autêntico sinal do amor divino ou não? A união sexual possui uma “linguagem profética” porque ela proclama o próprio mistério de Deus. Mas o Papa acrescenta que precisamos ser cuidadosos em distinguir entre verdadeiros e falsos profetas. Se somos capazes de dizer a verdade com o corpo, também somos capazes de falar contra esta verdade.

A fim de serem “fiéis ao sinal”, os esposos precisam falar como Cristo fala. Cristo dá seu corpo livremente (”Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar”, Jo 10,18). Ele dá seu corpo sem reservas (”até o extremo os amou”, Jo 13,1). Ele dá seu corpo fielmente (”Eu estarei sempre convosco”, Mt 28,20). E ele dá seu corpo fecundamente (”Eu vim para que tenham vida”, Jo 10,10).

É com este amor que o casal se compromete no matrimônio. De pé ante o altar, o padre ou diácono pergunta a eles: “Vocês vieram aqui livremente e sem reservas para darem-se um ao outro em casamento? Vocês prometem ser fiéis até a morte? Vocês prometem receber com amor os filhos que Deus vos der?” Então, tendo concordado em amar como Cristo ama, o casal é destinado a encarnar tal amor em sua relação sexual. Em outras palavras, a união sexual é destinada a ser o lugar onde as palavras dos votos matrimoniais “se tornam carne”.

Quão saudável seria um casamento se os esposos, ao invés de encarnar seus votos, fossem regularmente infiéis aos mesmos, regularmente falando contra eles? Aqui reside a essência do mal da contracepção. O desejo de evitar uma gravidez (quando há razões suficientes para isso) não é o que corrompe o comportamento dos esposos. O que corrompe o sexo acompanhado de contracepção é a escolha específica de tornar estéril uma união potencialmente fértil. Isto torna o sinal do amor divino um “contra-sinal”.

O amor divino é generoso; ele gera. E, para tornar mais simples, é por isso que Deus nos deu genitais – para capacitar os esposos a refletir em seus corpos (a “encarnar”) uma versão terrena de seu amor livre, total, fiel e fecundo. Quando os esposos escolhem usar contracepção – isto é, quando eles adulteram voluntariamente o potencial criativo de sua união – eles se tornam “falsos profetas”. Seu ato sexual continua “falando”, mas ele nega o vivificante amor de Deus.

Mas, é possível a paternidade responsável sem ferir a moral católica? A resposta pode ser encontrada na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, que também enfoca a necessidade de cada casal formar sua consciência, sempre sob a orientação do magistério da Igreja. É o dever de cada casal aplicar estes princípios básicos em suas situações particulares.

Os esposos sabem que no dever de transmitir e educar a vida humana que deve ser considerado como a sua missão específica , eles são os cooperadores do amor de Deus Criador e como que os seus intérpretes. Desempenhar-se-ão, portanto, desta missão com a sua responsabilidade humana e cristã; com um respeito cheio de docilidade para com Deus, de comum acordo e com esforço comum, formarão retamente a própria consciência, tendo em conta o seu bem próprio e o dos filhos já nascidos ou que prevêem virão a nascer, sabendo ver as condições de tempo e da própria situação e tendo, finalmente, em consideração o bem da comunidade familiar, da sociedade temporal e da própria Igreja. São os próprios esposos que, em última instância, devem diante de Deus, tomar esta decisão. Mas, no seu modo de proceder, tenham os esposos consciência de que não podem proceder arbitrariamente, mas que sempre se devem guiar pela consciência, fiel à lei divina, e ser dóceis ao Magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta à luz do Evangelho. Essa lei divina manifesta a plena significação do amor conjugal, protege-o e estimula-o para a sua perfeição autenticamente humana. Assim, os esposos cristãos, confiados na divina Providência e cultivando o espírito de sacrifício, dão glória ao Criador e caminham para a perfeição em Cristo quando se desempenham do seu dever de procriar com responsabilidade generosa, humana e cristã. Entre os esposos que deste modo satisfazem à missão que Deus lhes confiou, devem ser especialmente lembrados aqueles que, de comum acordo e com prudência, aceitam com grandeza de ânimo educar uma prole numerosa.

No entanto, o matrimônio não foi instituído só em ordem à procriação da prole. A própria natureza da aliança indissolúvel entre pessoas e o bem da prole exigem que o mútuo amor dos esposos se exprima convenientemente, aumente e chegue à maturidade. E por isso, mesmo que faltem os filhos, tantas vezes ardentemente desejados, o matrimônio conserva o seu valor e indissolubilidade, como comunidade e comunhão de toda a vida. [5]

Diz ainda, o Catecismo da Igreja Católica:

A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má “toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação” (CIC 2370).

Importante que se ressalte que a fim de que a paternidade seja “responsável”, a decisão de evitar a união sexual durante o período fértil ou a decisão de se entregar à união sexual durante o período fértil não pode ser motivada pelo egoísmo.

Se um casal está em dúvida quanto às suas razões e práticas, é certamente recomendável procurar um sábio aconselhamento, de preferência com um sacerdote. Mas a responsabilidade da decisão recai, em última instância, sobre o casal.

Da mesma forma quando o assunto se volta para as práticas sexuais: o importante não é ficar classificando práticas (isso pode, isso não pode), mas se ter a noção do que é essencial: a abertura à vida, e a indissociabilidade dos dois fins da união sexual entre um homem e uma mulher que se amam, se respeitam, se entregam – não usam o corpo do outro de forma egoísta para obter satisfação.

Listamos abaixo alguns tópicos que são objeto de dúvidas recorrentes entre nossos leitores, através do “fale conosco”, a fim de ajudar nossos leitores a aplicar os princípios acima abordados.

Sexo Oral X Carícia Oral.

No chamado “sexo oral”, a finalização ocorre de forma e em lugar antinatural, desvirtuando o ato, dissociando o fim unitivo do procriativo, pelo que é, em si, moralmente ilícito.

Já as carícias orais são feitas com a boca no corpo do cônjuge, como preliminares. A finalização do ato, no entanto, ocorre de forma e no lugar natural. Poderão ser moralmente lícitas, se combinadas com todo o contexto da união sexual abordado anteriormente. Tais carícias são espécie do gênero ato incompleto, que é definido pelo moralista Del Greco como segue:

Os atos incompletos. Podem ser, por exemplo, os atos imperfeitos de luxúria (beijos, abraços, toques, olhares, etc.), os quais dispõem os cônjuges ao ato conjugal.

a) Se se referem ao ato conjugal no sentido de constituirem preparação para este, sãpo sempre permitidos, quer no próprio corpo, quer no corpo da outra parte.

Devem, porém evitar os cônjuges que de tais atos por serem muito prolongados resulte uma polução, ainda que não voluntária.

Pornografia.

Antes de abordar diretamente o caráter imoral da pornografia, relevante mencionar que, uma vez que a sexualidade humana é facilmente ‘condicionada’, quando alguém se acostuma a se ‘excitar’ de um certo modo, com o passar do tempo, tende a necessitar desse estímulo particular. O uso constante de pornografia pelo casal tem esse efeito de reforçar a atitude de usar o corpo da outra pessoa para o próprio prazer, e não mais ver o outro como uma pessoa completa: corpo, alma e espírito. A relação pode descambar para uma espécie de sessão masturbatória em conjunto, com o corpo do outro como instrumento.

Além e independentemente disso, a pornografia é uma prática imoral, de vez que se vale da imoralidade alheia. Homens e Mulheres nus, relações sexuais explícitas na frente das câmeras – usando uns aos outros, sem serem casados, e, mesmo que os atores sejam casados, numa falta de pudor – são pecados. Como pode o cristão pretender excitar-se com o pecado alheio, ser indiferente ao fato de que pessoas vão para o inferno, e até mesmo realizar-se com isso?

O Catecismo da Igreja Católica é bem claro: “A pornografia consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros, para exibi-los a terceiros, de maneira deliberada. Ela ofende a castidade, porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um mundo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos”. (CIC §2354).

Por fim, além de ser um grave pecado e levar ao vício, a pornografia intensifica a vontade de buscar só a própria satisfação, ao invés de servir a outra pessoa, indo contra a dignidade do ato conjugal.

O casal católico deve abster-se de toda e qualquer prática que atente contra a dignidade do ato conjugal. Em síntese: Uma relação sexual entre um casal casado, mas em que os cônjuges, ao invés de se unirem em uma entrega real, somente usam o corpo do outro como mero objeto e instrumento de prazer, mesmo que esteja “dentro dos conformes”, ou seja, finalização do sexo da forma e no local natural, sem o uso de métodos contraceptivos, é uma mera masturbação a dois, tão ilícita quanto.

Como adequar a prática sexual à moral católica, no caso de uma conversão tardia? A resposta vem do Conselho Pontifício para a Família:

Os esposos cristãos são testemunhas do amor de Deus no mundo. Devem, portanto, estar convencidos, com a ajuda da fé e até contra a experimentada fraqueza humana, que, com a graça divina, é possível observar a vontade do Senhor na vida conjugal. O recurso freqüente e perseverante à oração, à Eucaristia e à Reconciliação é indispensável para ter o domínio de si.[7]

Alguns católicos decidem arriscar-se, ir bem próximo dos limites, brincar com fogo. Fica a lição bíblica:

“Porventura pode alguém esconder fogo em seu seio sem que suas vestes se inflamem? Pode caminhar sobre brasas sem que seus pés se queimem?” (Provérbios 6, 27-28)

[1] WEST, Christopher. Uma Teologia Básica do Casamento. Tradução de Fabrício Ribeiro. Disponível em :http://www.teologiadocorpo.com.br/Home/artigos/uma-teologia-basica-do-casamento

[2] Homilia na Festa da Sagrada Família, 30 de dezembro de 1988.

[3] MARIA, Julie. Conferência no I Congresso Internacional de Vida e Família (2008). Disponível em :http://pt.almas.com.mx/almaspt/artman2/publish/Teologia_do_Corpo_primeira_catequese_de_Jo_o_Paulo_II.php

[4] WEST, Christopher. Deus, Sexo e Bebês: O que a Igreja realmente ensina sobre paternidade responsável. Tradução de Fabrício Ribeiro. Disponível em:http://www.teologiadocorpo.com.br/Home/artigos/deus-sexo-e-bebes-o-que-a-igreja-realmente-ensina-sobre-paternidade-responsavel

[5] Gaudium et Spes, nº 50 - http://www.veritatis.com.br/article/2669

[6] DEL GRECO, Pe. Teodoro Torre. Manual de Teologia Moral. Ed. Paulinas, 1958, p. 748.

[7] CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A FAMÍLIA: VADEMECUM PARA OS CONFESSORES SOBRE ALGUNS TEMAS DE MORAL RELACIONADOS COM A VIDA CONJUGAL, Nº 3, ITEM 15.

Fonte:

TOSTA, Maite. Apostolado Veritatis Splendor: SEXUALIDADE NO MATRIMÔNIO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5992. Desde 08/09/2009

Convocam boicote contra Benetton por ofensa ao Papa


CARACAS, 21 Nov. 11 / 12:58 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana e Arcebispo de Maracaibo, Dom Ubaldo Santana, chamou os fiéis a não comprarem os produtos da marca italiana Benetton, como protesto pela ofensiva montagem que apresentou oPapa Bento XVI beijando um imã muçulmano.

Este chamado foi feito neste último 17 de novembro no perfil do bispo no Twitter. "Indignação ante o desrespeito publicitário da Benetton não fazendo mais propaganda, mas boicotando seus produtos", escreveu Dom Santana.

Por sua parte, o Arcebispo de Lima (Peru), Cardeal Juan Luis Cipriani, criticou a Benetton por chamar à tolerância quando não é capaz de respeitar a imagem de pessoas que representam setores da sociedade.

"Não pode brincar com a imagem de pessoas que significam um respeito. Um presidente personifica uma nação, o Santo Padre personifica Cristo na Terra. Estes senhores se equivocaram", acrescentou

"Pedem-nos tolerância de não odiar e maltratam de uma maneira grosseira os sentimentos e ideais de milhões de pessoas", expressou no sábado 19 de novembro em seu programa radial Diálogo de Fé o arcebispo peruano.

No último 16 de novembro o Vaticano protestou pelo "uso absolutamente inaceitável da imagem do Santo Padre".

No dia seguinte a Secretaria de Estado anunciou que "deu ordem a seus advogados para empreender, na Itália e em outros países, as ações oportunas para impedir a circulação, também através dos meios de comunicação de massas, da montagem fotográfica realizada no âmbito da campanha publicitária da Benetton".

“O que é a Liturgia das Horas e qual a sua importância?”


Vídeo retirado do site: http://padrepauloricardo.org/