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15/02/2012

Lourdes: o milagre de Delizia Cirolli


O caso de Delizia Cirolli foi um dos mais acompanhados pela medicina moderna, notadamente pelo médico Theodore Mangiapan, diretor do Bureau Médico de Lourdes, encarregada de comprovar a ocorrência das curas inexplicáveis.

O Dr. Mangiapan acompanhou o caso e publicou um detalhado relato no seu livro Les Guérisons de Lourdes (ed. Oeuvre de la Grotte, 1994, 439 pp.)

Delizia nasceu em 17 de novembro de 1964, em Paternò, província de Catania, Itália. Mais velha de quatro irmãos, quando tinha 12 anos começou a se queixar de dores.

Em março de 1976, na escola, sentiu dores no joelho que preocuparam a professora. Os pais levaram a menina ao médico da família, que ordenou um tratamento analgésico de rotina. Como este não deu certo, os pais apelaram para uma “curandeira”, com resultados ainda piores.

Em abril, uma radiografia e uma série de tomografias mostraram sinais de um tumor ósseo na tíbia direita. Delizia foi encaminhada ao Prof. Q. Mollica, da Clínica Ortopédica da Universidade de Catania.

Ele a submeteu a diversos exames, até que uma biopsia revelou a “presença, na altura da metáfise da tíbia direita, uma metástase de neuroblastoma”. O neuroblastoma é um tumor que aparece na vida intrauterina, age como maligno, e seu prognóstico é quase sempre fatal.

Delizia hoje é mãe de 3 crianças,
mas vai ajudar os doentes em Lourdes
Muitos exames posteriores inclinaram para um “retículo-sarcoma de Ewing”, tumor ósseo que atinge crianças entre os oito e os 10 anos, altamente maligno e de prognóstico rigorosamente fatal.

Diante da gravidade do tumor, o Prof. Mollica propôs amputar toda a perna direita. A família se recusou. Ele encaminhou então Delizia ao Instituto de Radiologia Universitária de Catania.

Lá, ela foi internada isolada num quarto sem janelas, sentia-se abandonada e chorava toda a noite. Seus pais não suportaram a situação e a levaram de volta para casa.

A doença fazia Delizia sofrer cada vez mais. A família então se cotizou e os pais a levaram a Turim, cidade de famosos centros médicos. O pânico e o desespero da menina no hospital tornaram impossível sua internação na Clínica Universitária de Pediatria de Turim.

Foi então que nasceu a ideia de levá-la a Lourdes, onde mãe e filha estiveram de 7 a 11 de agosto de 1976.

Porém, nada aconteceu. Em 11 de setembro, o Prof. Mollica mandou fazer novas radiografias e constatou um “claro agravamento da extensão do processo mórbido”.

Delizia piorava a olhos vistos. Em dezembro pesava somente 22 quilos. Já não podia se levantar e acompanhava desde o leito as orações da família por ela.

Todos os dias, sua mãe lhe dava a beber água de Lourdes. Mas ao mesmo tempo já preparava o vestido mortuário com o qual o falecido é enterrado, segundo a tradição da Sicília.

E foi num dia de Natal...

Delizia voltou a Lourdes para análises clínicas
da cura inexplicável pela medicina.
Delizia sentia menos dores, até mesmo em seu joelho atingido pelo tumor. Pediu então licença para se levantar. A mãe achou que fosse um de seus derradeiros desejos e autorizou.

Delizia então se levantou, caminhou pela casa, e até foi dar alguns passos na rua!

O esforço, após meses de paralisia, a deixou esgotada. Voltou a deitar, dormiu. Porém, nos dias seguintes, os sinais de melhora foram cada vez mais evidentes. Em poucos meses recuperou 12 quilos.

Em maio de 1977 o médico ordenou novas radiografias. O diagnóstico foi “aparência de reparação ao mesmo tempo endo-ósssea e cortical, com um desaparecimento completo das reações periosteais. É preciso notar também, a existência de um importante genu valgum” (em termos correntes, uma cicatriz óssea).

Em outras palavras, o tumor maligno havia desaparecido!

A família peregrinou em ação de graças a Lourdes, no fim de julho de 1977. Na ocasião a apresentaram no Bureau Médico e marcaram consulta com o Dr. Mangiapan para o dia 28 daquele mês.

Foi assim que os médicos puderam analisar todos os resultados dos exames de que dispunha a família. Houve interrogatórios, exigência de mais laudos clínicos e realização de novos exames.

Delizia "benévola" de Lourdes
Em 1978 Delizia voltou a Lourdes e respondeu a novos interrogatórios e exames. O Dr. Christian Nezelof, especialista mundialmente famoso em tumores ósseos, viu as antigas radiografias e tomografias e seu veredito foi “sarcoma de Ewing”.

Delizia voltou por terceira vez a Lourdes em 1979. Ela tinha então 14 anos e 8 meses, adquirira a morfologia completa de uma mulher, pesava 58 quilos e media 1,57. O único vestígio da doença era a cicatriz óssea que até dificultava seu caminhar.

Em julho de 1980 aconteceu seu quarto e último check-up em Lourdes. Em 28 de julho desse ano, na presença de 20 médicos de diversos países, o caso foi debatido e Delizia foi demoradamente examinada.

Por fim, a grande maioria dos médicos aprovou declaração sobre a cura, dizendo que “nas condições em que ela aconteceu e se mantém... pode ser considerada como um fenômeno contrário às observações e às previsões da experiência médica e é cientificamente inexplicável”.

Na Catania foi criada uma Comissão Médica Diocesana, que também concluiu com larga maioria ser uma cura “cientificamente inexplicável”.

A seguir, toda a documentação do caso foi remetida ao Comité Médico Internacional em Paris, que após estudo e consulta decidiu por unanimidade, em 26 de setembro de 1982:

“A cura, sem qualquer tratamento, verificada após seis anos de evolução, da proliferação maligna da extremidade superior da tíbia direita que atingiu a jovem Delizia Cirolli, constitui um fenômeno totalmente excepcional no senso mais estrito do termo, contrária a toda observação e previsão da experiência médica e, além do mais, inexplicável.”

Entrementes, a miraculada completou sua formação escolar e iniciou estudos para obter um diploma de enfermeira. Casou-se em 1986 e a hoje Delizia Costa é mãe de três filhos. Após uma cirurgia bem-sucedida, foi-lhe tirada a “cicatriz óssea” que prejudicava seu caminhar.

A medicina tinha encerrado seus procedimentos atestando a cura cientificamente inexplicável.

Porém, não é a medicina a que proclama o milagre. Isto é atribuição exclusiva da Igreja e, em concreto, do bispo da diocese da beneficiada.

E aqui aparecem problemas. Há mais de sete mil curas declaradas inexplicáveis pela ciência, mas a respeito das quais os respectivos bispos não assumem nenhuma posição. Esta falta de atitude, aliás, causava desgosto a São Pio X, que instou os bispos envolvidos a se pronunciarem para o bem das almas.

No caso de Delizia foi diferente. Em 28 de junho de 1989, Mons. Luigi Bonmarito, arcebispo de Catania, assinou uma declaração em que dizia:

“Após tomar conhecimento dos relatórios da Comissão Médica e da Comissão Canônica diocesana, designadas para o estudo da cura de Delizia Cirolli, de Paternò, constato o fato de que tal cura, levadas em conta as condições em que aconteceu e se mantém, é ‘cientificamente inexplicável’ e, como Arcebispo de Catania, eu declaro a sua índole ‘milagrosa’. Ela se acrescenta a muitas outras que, há 130 anos, se verificam em Lourdes.”

A declaração do arcebispo foi entregue ao público no dia 6 de julho de 1989, simultaneamente em Catania e em Lourdes.

Delizia hoje vai regularmente a Lourdes como voluntária para ajudar aos doentes. Se o leitor esteve alguma vez lá, talvez tenha passado junto dela sem dar-se conta.


São Cláudio Colombiere (Sãnto do Dia)


Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.


Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.












* “É hora de admitir que a Igreja sempre esteve certa sobre a contracepção”, afirma “Business Insider”.

Fonte: Contra o Aborto.

O artigo abaixo, aqui disponibilizado em uma livre tradução foi publicado no site Business Insider e mostra o que qualquer pessoa honesta pode concluir por si mesma: os efeitos da mentalidade contraceptiva em voga mundialmente foram devastadores na sociedade, na família, nos relacionamentos, na afetividade.

O Papa Paulo VI, com sua Humanae Vitae, atuou como um verdadeiro profeta dos dias atuais ao admoestar o mundo sobre as conseqüências da contracepção desenfreada e é exatamente isto que é abordado neste breve artigo de autoria de Michael Brendan e Pascal-Emmanuel Gobry.

***

É hora de admitir que a Igreja sempre esteve certa sobre a contracepção

Michael Brendan Dougherty e Pascal-Emmanuel Gobry

Retratar a Igreja Católica como “sem noção” é tão fácil quanto atirar em peixes em um barril. E nada torna isto tão fácil quanto a posição da Igreja contra a contracepção.

Muitas pessoas, incluindo nosso editor, perguntam-se por que a Igreja Católica simplesmente não volta atrás neste ponto. Tais pessoas dizem que a maioria dos católicos o ignoram, e que isto é “retrógrado”. Ora! Estamos no século XXI! — eles dizem. Eles não vêem o quanto isto é ESTÚPIDO — gritam.

Eis o que temos, na realidade: a Igreja Católica é a maior e mais antiga organização do mundo. Ela enterrou todos os grandes impérios conhecidos pelo homem, de Roma à União Soviética. Ela tem unidades espalhadas por todo o mundo, presente em todas as áreas da sociedade. Ela nos deu alguns dos maiores pensadores, de Santo Agostinho a René Girard. Quando ela toma alguma atitude, geralmente é por uma boa razão. Todos têm o direito de discordar dela, mas não é que ela seja formada por um bando de branquelos empacados na Idade Média.

Então, o que é que há?

A Igreja ensina que amor, casamento, sexo e procriação são coisas que estão ligadas. Simples assim. E isto é muito importante. E embora a Igreja ensine isto há 2000 anos, provavelmente isto jamais esteve tão em evidência quando hoje.

As atuais restrições contra a contracepção artificial foram reafirmadas em um documento de 1969 escrito pelo Papa Paulo VI chamado Humanae Vitae. Ele alertou sobre quatro consqüências se o uso de contraceptivos fosse aceito:

- Queda generalizada dos padrões morais

- Um aumento na infidelidade e ilegitimidade

- A redução das mulheres a objetos utilizados para satisfação dos homens

- Coerção governamental em matérias envolvendo reprodução

Algo disto soa familiar?

Claramente isto soa como o que vem acontecendo nos últimos 40 anos.

Como escreveu George Akerloff na revista Slate há uma década,

“Ao fazer o nascimento da criança uma escolha física da mãe, a revolução sexual fez o casamento e a criação dos filhos uma escolha social por parte do pai.”

Ao invés de um casal sendo responsável pela criança que eles conceberam, uma expectativa que foi sempre suportada por normas sociais e pela Lei, agora nós vamos acostumados a pensar que nenhum dos pais é fundamentalmente responsável por seus filhos. Os homens agora consideram que seus deveres como pais são preenchidos meramente pelo ato de pagar o que o lhes é ordenado pela Justiça. Isto é uma dramática redução nos padrões da “paternidade”.

E como mais estamos indo desde a grande revolução sexual?

O casamento de Kim Kardashian durou 72 dias. Ilegitimidade: lá no alto.

Em 1960, 5.3% de todos os nascimentos nos EUA eram de mães solteiras.Em 2010, foi de 40.8%. Em 1960, famílias de cônjuges casados atingiam 3/4 do total de famílias; já pelo censo de 2010, elas são apenas 48%. A coabitação aumentou 10 vezes desde 1960.

E se você não pensa que mulheres estão sendo reduzidas a meros objetos para satisfação do homem, bem-vindo à internet! Você está por aqui há quanto tempo? Coerção governamental: basta olhar para a China (ou mesmo para os EUA, onde uma legislação governamental sobre cobertura de contraceptivos é a razão porque estamos abordando este assunto atualmente).

É tudo isto devido à pílula? Claro que não. Mas a idéia de que contracepção largamente disponível não levou a uma dramática mudança social, ou que esta mudança foi exclusivamente para melhor, é uma noção muito mais idiota do que qualquer ensinamento da Igreja Católica.

Assim como é também ridícula a noção de que seja OBVIAMENTE IDIOTA alguém obter suas diretrizes morais de uma crença venerável (oposta a que? Britney Spears?).

Mas vamos ver um outro aspecto deste assunto. A razão pela qual nosso editor pensa que os católicos não deveriam crescer e se multiplicar também não se sustenta. A população mundial — ele escreveu — está a caminho de um crescimento “insustentável”.

O Centro de Estudos Populacionais do Departamente de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU mostra o índice de crescimento populacional diminuindo durante as próximas décadas e sendo estabilizada por volta de 9 bilhões em 2050… e permanecendo assim até 2300. (E note-se que a ONU, que promove controle de natalidade e abortos pelo mundo todo, não é bem uma entusiasta do “crescei e multiplicai-vos”).

Ampliando a questão, a visão malthusiana de crescimento populacional tem se mostrado bem presente a despeito de já ter sido provada como errada e já ter causado muito sofrimento humano desnecessário. Por exemplo, a China caminha para uma crise demográfica e social devido à sua distorcida política de um filho por casal.

Progresso humano é mais gente. Tudo que faz a vida melhor, da democracia à economia à internet à penicilina foi descoberto e construído por pessoas. Mais gente significa mais progresso. O inventor da cura para o câncer pode ser o quarto filho de alguém que tenha decidido não tê-lo.

O resumo é este:

É uma boa idéia para as pessoas crescerem e se multiplicarem; e a despeito de como você se sente sobre a posição da Igreja sobre o controle de natalidade, ela se mostrou bem profética.

http://www.businessinsider.com/time-to-admit-it-the-church-has-always-been-right-on-birth-control-2012-2

Entrevista pro aborto de ministra das Mulheres de Dilma “desaparece” de site da Universidade Federal de Santa Catarina. Quem censurou?


Por Reinaldo Azevedo, Blogueiro da Revista Veja.

Baixe o arquivo censurado com a entrevista de Eleonora Menicucci.aqui

A petralhada vive reclamando do que chama “censura” no meu blog, como se uma página pessoal, privada, pudesse censurar alguém. A que chamam censura? Eles reivindicam “o direito” de me ofender e a meus leitores! Não permito, claro! Visita que vem à minha casa tem de me tratar bem! Só faltava acontecer o contrário. Não sou eu que invado o computador do petralha, pô! Ele é que decide me acessar. Por que não fazem como eu, que os ignoro? Também querem usar a minha página para suas correntes de difamação ou de militância partidária, o que igualmente não permito.

Discordar pode? Basta ler os comentários para se constatar que sim. Mas é claro que imponho restrições, ou se dará no blog o que se verifica na área de comentários dos grandes portais e dos sites dos jornais: estão todas, sem exceção, tomadas pelos patrulheiros. Seu trabalho é bater boca e desqualificar os críticos do governo e do petismo. São pessoas pagas para isso, contratadas com esse fim.

Aqui não será assim! A mediação tem demorado um tantinho porque estou ainda sem um auxiliar. Que demore! Os meus leitores compreenderão. Uma coisa é certa: a minha praia, eles não vão invadir. Aqui mando eu! Mas volto ao ponto.

É de censura que querem falar? Então vamos lá. Toda censura será sempre oficial, exercida pelo estado, pelo governo de turno. Falar em censura em órgãos privados de imprensa é uma estupidez, uma cretinice, uma vigarice intelectual. Jornais, sites, revistas, blogs etc privados têm, quando muito, linha editorial. E olhem que até isso tem sido raro. Os “companheiros” estão infiltrados em tudo o que é lugar. Os petralhas costumam chamar “censura” a eventual não-publicação de suas mentiras e de seus reptos ideológicos.

Outra forma de censura é usar o dinheiro público seja para punir veículos considerados incômodos — não os contemplando com anúncios oficiais e de estatais —, seja para premiar os que têm o nariz marrom, comprando a sua fidelidade.

Pois bem! A Universidade Federal de Santa Catarina é uma instituição pública. A entrevista da agora ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci estava nos arquivos da instituição. Eu a descobri e transcrevi trechos aqui. AGORA ELA FOI RETIRADA DO AR! Os petralhas querem um caso de censura? Pois eles o têm aí, de modo evidente e insofismável. Ontem, o Ministério divulgou uma nota afirmando que já havia solicitado que ela desaparecesse dos arquivos porque conteria “imprecisões”.

Há, sim, imprecisões nas transcrições, uma troca ou outra de palavra. Mas não nos trechos relevantes — aqueles que transcrevi. Está tudo muito claro!
1- Eleonora confessou que atravessou a fronteira da Colômbia para se dedicar a uma prática criminosa naquele país: o aborto;
2- Eleonora confessou que seu segundo aborto foi decidido junto com o partido de esquerda a que pertencia;
3- Eleonora revelou intimidades de sua vida privada (sua primeira relação homossexual) e de sua filha (lésbica que fez inseminação artificial);
4- Eleonora se disse avó dessa criança, mas também “avó do aborto”, porque já fizera dois;
5- Eleonora confessou que sua ONG promovia exame de colo de útero por leigos, já que ela própria disse ter se dedicado à prática, segundo se entende, como examinadora…;
6- Eleonora confessou que o treinamento da Colômbia era parte de uma proposta de se promoverem abortos realizados por não-médicos.

Para lembrar o trecho mais eloqüente:

Eleonora - Dois anos Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia.
Joana – Certo.
Eleonora – O Coletivo nós críamos em 95.
Joana – Como é que era esse curso de aborto?
Eleonora – Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto.
Joana – Aprendia a fazer aborto?
Eleonora – Com aspiração AMIU.
Joana – Com aquele…
Eleonora – Com a sucção.
Joana – Com a sucção. Imagino.
Eleonora – Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base…
Joana - é que as pessoas se auto auto-fizessem!
Eleonora – Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam…
Joana – Claro!
Eleonora – Lidar com o aborto.
Joana – Claro!.

Encerro

Eis aí! A retirada de um documento de uma instituição pública por pressão do Estado, isso, sim, é censura! Ocorresse num governo do PSDB ou do DEM, a grande imprensa faria um estardalhaço. Como se dá na administração dos companheiros e como se considera, afinal de contas, que ser a favor do aborto é coisa de “gente moderna, humana e progressista”, então se vai fazer um silêncio sepulcral a respeito.

Não será a primeira vez que a própria grande imprensa vai condescender com a censura por causa do aborto. Já aconteceu antes. A defesa do aborto, acreditem vocês, parece tornar aceitável no Brasil a tese do crime de opinião.

Neste blog eles não se criam.

PS – Sim, eu fiz uma cópia de segurança da entrevista porque tinha a certeza de que os companheiros agiriam como companheiros. E vou colocá-la de volta na rede. De todo modo, os trechos mais eloqüentes já são de domínio público. Eles podem censurar a Universidade Federal de Santa Catarina. Mas a mim não censuram. Não ainda. Se e quando seu projeto de poder estiver plenamente consolidado, aí sim. Aí eles começarão censurando Reinaldo Azevedo e terminarão, como todos os totalitários, censurando os próprios companheiros.

Baixe o arquivo com a entrevista de Eleonora Menicucci.aqui

Veja essa notícia:

A nova ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, pode ter de explicar ao Congresso suas posições a respeito da legalização do aborto.

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) pediu a convocação de Eleonora na Câmara dos Deputados. O pedido ainda depende do aval dos colegas. A ministra, que é cientista social com pós-doutorado em Medicina, não só é favorável à liberação do aborto como diz ter recorrido à prática para interromper duas gestações, além de ter aprendido a realizar abortos em um curso na Colômbia.

Bombardeio – As declarações fizeram com que ela fosse bombardeada pela bancada evangélica antes mesmo de tomar posse. Na solenidade, no entanto, a ministra não citou a palavra aborto. Mas disse que lutará pelos direitos reprodutivos da mulher.

“Não podemos aceitar que mulheres sejam vistas como meros objetos sexuais, que morram durante a gravidez, que não realizem exames preventivos, que os serviços de atendimento às mulheres vítimas de atendimento sexual continuem sem manutenção, e que tenham seus direitos reprodutivos e sexuais desrespeitados”, afirmou, na ocasião.

(Gabriel Castro, de Brasília)

Revista Veja


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/