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30/04/2012

Fruto de estupro, padre colombiano dá seu testemunho: Muita gente queria que eu fosse abortado

 Fonte: Religión en Libertad | Tradução: Ecclesia Una – Pela primeira vez, o padre Alfar Antonio Vélez conta sua história comovedora. Hoje é um sacerdote exemplar, pároco em Comodoro Rivadavia.

Ela era uma jovem de condição humilde, boa e bonita, cheia de ilusões, aos seus 27 anos, pelo ano de 1968. Tinha deixado seu povo, Argelia de María, na província colombiana de Antioquia, para ir à capital, Medellín, a fim de ingressar na carreira de medicina.
Trabalhava duro em uma empresa para cobrir seus estudos. Só na cidade, ia relacionando-se, buscando fazer amizades no círculo mais próximo. Por isso, um dia aceitou inocentemente o convite de seus chefes e companheiros de trabalho a uma festa que fizeram a ela. Foi uma decisão com consequências horrorosas. Esses mesmos chefes e companheiros tinham lhe preparado uma armadilha: na festa drogaram-na, logo levaram-na a um lugar afastado e – bêbados – violaram-na repetidamente. Como consequência ela acabou engravidando.
Fiel às suas convicções, assentadas em uma profunda religiosidade, ela decidiu não abortar e seguir em frente. Assim, deu a luz a Alfar Antonio, que com o tempo conheceria sua tão traumática concepção e se sobreporia apelando também à fé. Uma fé crescente que o levaria a descobrir sua vocação sacerdotal, ordenar-se e chegar a ser o maior orgulho de sua mãe.
Levado por seu carisma missionário, o hoje padre Alfar Antonio Vélez vive já há alguns anos em Comodoro Rivadavia, na província de Chubut, onde cuida de duas paróquias (São Jorge e Santa Maria Goretti), sendo seu trabalho religioso bastante valorizado por seus superiores.
Por ocasião da recente falha da Corte [da Colômbia] que – ao interpretar o art. 86 do Código Penal – determinou que todos os abortos seguidos de estupro – não só os de mulher doente – são “não puníveis”, o sacerdote decidiu abandonar sua discrição e contar pela primeira vez, ante o pedido de Valores Religiosos, seu caso comovedor.
Quando e como se inteirou de algo tão dramático?
- Primeiro devo dizer-lhe que a família de minha mãe era muito moralista e que, quando tomaram consciência de que tinha ficado grávida, obrigaram-na a casar-se com um viúvo, para tratar de esconder tudo. Mas esse matrimônio não funcionou porque, quando voltou a ficar grávida, seu marido passou a ter vida dupla, além de bater nela e se embebedar. Como seus pais a pressionavam para que não se separasse, ela decidiu seguir com seu marido e com o filho dos dois, mas para suportar tanta adversidade entregou-me à minha avó.
E então?
- Minha avó começou a dar-me tudo o que eu necessitava: alimentação, levar-me à escola… e fui fazendo meu caminho um pouco por minha conta. Isso provocou uma relação de certa distância com minha mãe que, por fim, não pôde mais viver com seu marido e teve que seguir sozinha com meu irmão. Um dia, como minha avó me pedia que chamasse meu avô de pai, perguntei-lhe como podia ser ele meu avô e meu pai ao mesmo tempo. Ele convocou uma reunião com minha mãe, que me contou o que havia acontecido. Que muita gente queria que eu fosse abortado, outras, que eu fosse vendido, outras, que fosse dado para adoção. E que, inclusive, tinha muita gente interessada em mim.
Por que ela não quis abortar? Não temia que sua maternidade fosse muito traumática?
- Minha mãe era uma mulher de muita fé, muito praticante e muito santa. Ela dizia que, apesar de tão terríveis circunstâncias, levava em seu seio um milagre de uma nova vida, uma vida que Deus havia lhe dado e que, por suas convicções, não podia abortar. E que se Deus a tivesse dado aquela vida, ela devia encontrar o sentido dela. Para ela o mais duro era não poder mostrar-me um pai que me amasse, que me ensinasse a caminhar, mas isto ela suportava sentindo que eu a enchia totalmente. E que, cedo ou tarde, seria seu bastão. De fato, os três anos que viveu comigo por causa de uma longa enfermidade até sua morte, em 2009, foram para ela os anos mais belos de sua vida.
Como foi sua reação quando tomou conhecimento de tudo? Que idade tinha?
- Para mim foi muito duro. Tinha apenas 10 anos. Minha reação foi de muita severidade contra minha mãe. Com o passar do tempo e de uma vida muito triste, fui à igreja para reclamar a Deus, para perguntar-lhe porque a mim. Como eu lhe falava aos gritos, veio um sacerdote e me disse que estava formulando mal a pergunta: “Não é por que, mas sim para quê”. Ele tinha fé que Deus, precisamente por causa de minha situação, estava me chamando para coisas grandes. Enfim, me disse que Deus escreve certo por linhas tortas e que eu seria um instrumento Seu. Ele leu para mim a passagem de Jeremias, em que Deus o chama, mas este resiste e o Senhor lhe diz: “Não te preocupes, eu farei tudo por ti”.
A partir de então sua vida teve uma reviravolta?
- Sim, aquela conversa me marcou. Esse sacerdote acabou se tornando um pai. E foi construindo em mim a obra de Deus porque o Senhor se vale do homem para salvar o homem. Comecei a dar valor à vida, a integrar-me com pessoas de bem que valorizavam meu esforço para superar a situação. Cheguei a ser catequista sem me dar conta de que Deus estava me preparando para escolher o sacerdócio. Cheguei a ter uma namorada, ainda que a relação não fosse realmente séria, até que decidi ingressar no seminário, falei com meu diretor espiritual e acabei confirmando minha vocação religiosa. Compreendi que Deus tinha querido que minha mãe não abortasse porque confiava em mim e desejava que, ainda que fruto de um pecado muito grave, fosse Seu instrumento para chegar a tantas partes, com sua luz, com sua graça e seu amor.
Teve assistência psicológica?
- Não. Religiosa, apenas. E a amizade muito grande que engrenei com os sacerdotes da paróquia.
O que você diria ao seu pai, se tivesse a ocasião de encontrar-se com ele?
- Somente o abraçaria. E daria graças a Deus por ser meu verdadeiro pai e dar-me a oportunidade de viver, pois sei que os pais deste mundo são uma espécie de rascunho, de roteiro. Pai, o que se diz pai, é somente Deus.
Qual seria sua mensagem à sociedade sobre a punibilidade ou não do aborto em caso de estupro?
- Que voltemos a ler o Gênesis, de onde se diz que Deus tomou o barro, fez ao homem e lhe insuflou alento de vida. Deus nos criou à Sua imagem e semelhança. Minha respiração é a respiração de Deus. Somos o mais belo do mundo. Então, não temos direito de quitar a vida a nenhum inocente porque não tem culpa de como veio ao mundo. A culpa temos nós que nos equivocamos e não fazemos a vontade de Deus.
E que palavra teria para uma mulher que foi violada?
- Diria a ela que Deus é o dono da vida e que fez dela instrumento de vida. Que a culpa tem o estuprador, não o menino que carrega em seu seio. Creio que a decisão de abortar se acabará quando pensarmos que toda vida é um presente de Deus, mais além de como foi concebida, da dor ou da alegria. Ele sabe o porquê e com o tempo a gente vai descobrindo o para quê.
Não pode chegar a ser uma carga terrível para a mãe?
- Para minha mãe foi o seu orgulho máximo ter defendido a vida. E sua máxima satisfação e alegria foi ter visto em mim um homem de bem para a sociedade. Ela pensava em quantos homens e mulher de bem foram privados da sociedade pelo aborto.
Que seria de você sem sua fé?
- Sempre digo que a fé é o que de mais valioso possuímos. E que – ainda que percamos tudo – não podemos perder a fé. Deus se vale de mim para fazer obras; eu sou apenas Seu instrumento. E se Ele quer que meu testemunho ajude a recapacitar uma pessoa e salvar uma vida, então esta entrevista terá valido a pena.
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

Bento XVI: A Missa é mais que um ritual, é missão


Vaticano, 29 Abr. 12 / 10:32 am (ACI/EWTN Noticias)

Ao celebrar esta manhã a Santa Missa do Domingo do Bom Pastor na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI ordenou nove presbíteros e recordou que a celebração da Missa muito mais que um ritual, uma missão.

Na celebração da cerimônia também participaram o Vigário Geral de Roma, Cardeal Agostino Vallini; o Bispo Auxiliar de Roma, Dom Filippo Iannone, assim como outros Bispos Auxiliares e os Superiores dos diferentes seminários.

Os nove sacerdotes, provenientes de diversos seminários de Roma, passarão a formar parte da Diocese de Roma, e um deles à Diocese de Bui Chu, no Vietnã.

Durante a homilia, Bento XVI assinalou que “para o sacerdote, celebrar cada dia a Santa Missa não significa desenvolver uma função ritual, mas compete uma missão que envolve inteiramente e profundamente a existência, em comunhão com Cristo ressuscitado que, em Sua Igreja, continua a atuar o Sacrifício redentor”.

“Esta dimensão eucarística-sacrificadora é inseparável daquela pastoral e também constitui o núcleo de verdade e de força salvadora, na qual depende a eficácia de cada atividade. Naturalmente, não falamos da eficácia somente sobre o plano psicológico ou social, mas da fecundidade vital da presença de Deus a nível humano profundo”.

Bento XVI sublinhou que o sacerdote "o presbítero é chamado a viver em si mesmo o que experimentou Jesus em primeira pessoa, isto é, dando-se plenamente à pregação e a cura do homem sobre todo mal do corpo e do espírito. E, depois, em fim, reassumir tudo no gesto supremo de “dar a vida” pelos homens, gesto que encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus".

O Papa indicou que este gesto "encontra sua expressão sacramental na Eucaristia, memorial perpétuo da Páscoa de Jesus".

O Santo Padre ressaltou também que a figura do pastor é de grande relevância nas Sagradas Escrituras e muito importante para a definição do sacerdote, já que é onde “adquire sua plena verdade e clareza sobre o vulto de Cristo, na luz do Mistério de sua morte e ressurreição”.

Ao recordar o Evangelho segundo São João, o Papa indicou que o bom pastor deve imitar Jesus e seu sacrifício, porque “dá sua própria vida pelas ovelhas”, e “isto o cume da revelação de Deus como pastor de seu povo”.

“Este centro e clímax é Jesus, precisamente Jesus que morre sobre a cruz e deixa o sepulcro no terceiro dia, ressurge com toda sua humanidade e, deste modo, nos envolve, cada homem, na sua passagem da morte para a vida”.

O Santo Padre assinalou que “Jesus é a pedra, que foi rejeitada por vós, construtores, e que se tornou a pedra angular”.

"Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devemos ser salvos”.

Bento XVI recordou ademais que “não somente somos chamados filhos de Deus, mas agora “somos realmente”. Em efeito, a condição final de homem é fruto da obra santificadora de Jesus: com a encarnação, com sua morte e ressurreição e com o dom do Espírito Santo, Ele inseriu o homem dentro de uma relação nova com Deus, sua própria relação com o Pai”.

“Por isso, Jesus ressuscitado diz: “Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17)”.

“É uma relação já plenamente real, mas que não é ainda plenamente manifestada: assim será no fim, quando – se Deus quiser – poderemos ver Seu rosto sem véus”.

Bento XVI também insistiu em recordar aos novos sacerdotes que a característica do bom pastor é dar a vida pelos que ama.

Ao final de sua homilia, o Santo Padre desejou aos novos presbíteros que a palavra de Deus ilumine suas vidas, e “o peso da cruz se tornar pesado, saibam que esta é a hora mais preciosa, para vocês e para as pessoas a vocês confiadas: renovando com fé e com amor o vosso “sim, com a ajuda de Deus eu quero”, vocês cooperaram com Cristo, Sumo Sacerdote e Bom Pastor, no apascentamento de suas ovelhas – talvez a única coisa que lhes foi pedido, mas para o qual se faz grande festa no Céu!".

“É somente através desta “porta” de Sacrifício pascal que os homens e as mulheres de todos os tempos e lugares podem entrar na vida eterna; é através desta “via santa” que podemos cumprir com êxodo o caminho para a “terra prometida” da verdadeira liberdade, aos “pastos verdejantes” da paz e da alegria sem fim”, conclui o Papa.

Comentário do Evangelho do V Domingo da Páscoa Ano B 06/05/12

  Caros amigos, neste do V Domingo da Páscoa Ano B, contemplamos o Evangelho de Jo 15,1-8. Neste Comentário do Evangelho meditaremos a A alegoria da Videira e dos ramos, a necessidade de permanecermos no Senhor para que Ele permaneça em nós, pois sem Ele nada podemos fazer...., assista o vídeo. Caso não abrir clique no link: http://pt.gloria.tv/?media=284210