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27/05/2012

* Escolas católicas da Papua Nova Guiné não obedecerão ordem do governo de distribuir preservativos a alunos.

maio 23rd, 2012
A Conferencia Episcopal da Papua Nova Guiné anunciou oficialmente que as escolas católicas desobedecerão a ordem do Ministério da Educação de distribuir preservativos a seus estudantes e reagirão em consciência para não oferecer uma educação sexual contrária aos ensinamentos da Igreja.

Para Dom Panfilo, o Ministério de Educação não pode obrigar a Igreja a seguir sua política.

“Mesmo que o documento emitido pelo Ministério da Educação tenha muitos pontos positivos, não pode obrigar-nos a seguir uma política – o uso de contraceptivos – que contraste com nossa filosofia da educação”, declarou Dom Francesco Panfilo, Arcebispo e vice presidente da Comissão Episcopal para a Educação Católica.
O Bispos alertaram que as campanhas a favor da anticoncepção promovem a libertinagem sexual antes e fora do matrimonio, desencadeando ainda condutas de risco que podem resultar no contagio de HIV e outras enfermidades, o que faz com que ditas políticas sejam contraproducentes.

Os educadores também se uniram ao repudio expresso pelos Bispos, como manifestou James Ume, diretor da Escola Secundária de La Salle, que afirmou que a medida é um convite para a irresponsabilidade: “Se uma escola oferece uma esferográfica e um livro a um estudante, a mensagem básica é simples: estude!  Mas se lhe damos um preservativo, a mensagem para os estudantes será uma só: vá e sinta-se livre para fazeres o que queira”.

A Igreja destacou que os programas de prevenção e a informação sobre os riscos de contagio de HIV devem ser responsabilidade de cada instituição educativa em um trabalho conjunto com os pais de família e repudiou a imposição destas diretrizes governamentais. DEVEMOS LEMBRAR PARA OS JOVENS QUE A CAMISINHA É UMA COISA BOA, PARA QUEM VIVE MAL, Se você escolheu Jesus a arma contra o HIV, chama -se CASTIDADE.



* AIDS e estimulo ao uso do preservativo tem alguma relação?


No mundo já se gastou bilhões de dólares desde 1970 para promover os anticoncepcionais e o “sexo seguro” entre os adolescentes. É tempo de perguntar-nos: O que se conseguiu com tanto dinheiro?
Incrivelmente, os líderes o “sexo seguro” e os promotores dos preservativos que nos meteram nesta confusão, ainda continuam determinando as políticas em relação à sexualidade do adolescente. Suas idéias fracassaram e é tempo de voltar a formulá-la. Quanto tempo passou desde que você escutou alguém dizer aos adolescentes que é vantajoso não ter relações sexuais até o matrimônio?
As vantagens foram ocultadas, com trágicas conseqüências. A menos que cheguemos a compreender a doença que ceifa o mundo inteiro, a promiscuidade adolescente continuará e milhões de jovens -pensando que estão protegidos com os preservativos- sofrerão pelo resto de suas vidas. Muitos morrerão por causa da AIDS.
Só existe uma maneira segura de manter-se livres da AIDS em meio a uma revolução de liberalismo sexual. Essa maneira é abster-se de ter relações sexuais até o matrimônio e depois de casar-se, ser fiel em um casal não infectado.
É um conceito que foi amplamente respaldado na sociedade até os anos 60. Desde então, surgiu uma “melhor idéia” (promovendo a libertinagem sexual). Esta “melhor idéia” está atualmente ameaçando a família humana em sua totalidade. Levantam-se perguntas inevitáveis quando se é proposto a abstinência. É tempo de dar algumas respostas claras: por que aparte das considerações morais, você pensa que deveria ser ensinado aos adolescentes a abster-se de sexo até o matrimônio?
Atualmente não funciona nenhum programa para controlar a pandemia de doenças sexualmente transmitidas. A denominada solução do “sexo seguro” na prática, é um desastre.
Os preservativos podem falhar ao menos em 15,7% no que se refere a prevenção da gravidez. Falham 36,3% ao prevenir a gravidez entre as jovens pertencentes a minorias e solteiras.
Em um estudo feito entre homens homossexuais, o British Medical Journal informou que o índice de deficiência devido ao deslizamento ou ruptura do preservativo é de 26%. Com estes dados científicos é óbvio que as pessoas que confiam nos preservativos, para o controle da natalidade, devem ser chamadas de futuros…”pais”.
Considerando que uma mulher pode conceber somente alguns dias por mês, sabemos que o índice de deficiência dos preservativos deve ser mais alto quando se trata de prevenir uma doença que pode ser transmitida 365 dias por ano!
Aqueles que dependem de um método tão inseguro devem usá-lo adequadamente em cada ocasião e ainda sim, existe um alto índice de deficiência por fatores que estão além de seu controle. A jovem vítima a quem foi dito que este pequeno dispositivo de látex é “seguro”, não pode saber que está arriscando a dor por toda a sua vida e inclusive a morte por algo tão breve como um momento de prazer. É enorme a carga que se coloca nas mentes e os cobertos imaturos dos adolescentes!
Entre heterossexuais, a Seção Médica da Universidade do Texas descobriu recentemente que os preservativos são somente 69% efetivos na prevenção da transmissão do vírus de imunodeficiência humana (HIV). A Dra. Susan Weller, conclui que “quando nos referimos à transmissão sexual da AIDS, a única prevenção real é não ter relação sexual com alguém que tem ou pode ter AIDS”.
Ainda se gastássemos outro $ 50 bilhões para promover o uso do preservativo, a maioria dos adolescentes ainda não o utilizaria consistente e adequadamente. A natureza dos seres humanos e a paixão do ato sexual simplesmente não proporciona uma resposta disciplinada aos jovens.
Mas se você soubesse que um adolescente teria relações sexuais não o ensinaria a utilização adequada do preservativo? Não, porque tal enfoque tem uma conseqüência não intencional. O processo de recomendar o uso do preservativo aos adolescentes os conduz inevitavelmente a 5 caminhos perigosos:
    • Que o “sexo seguro” é factível;
    • Que todos estão fazendo;
    • Que os adultos responsáveis esperam que o façam;
    • Que é algo bom; e
    • que seus semelhantes sabem e que eles também sabem que estas coisas geram a promiscuidade. Estas são mensagens muito destrutivas que são dadas a nossos filhos.
Além disso, os dados próprios do Planejamento Familiar mostram que a razão número um que levam aos adolescentes a manter relações sexuais é a pressão social. Por conseguinte, nada do que façamos para conter o “todo mundo está fazendo” resulta que mais, não menos pessoas tentem o mesmo.
Os programas de distribuição de preservativos não reduzem o número de jovens expostos à doença… pelo contrário, os incrementam radicalmente. Mas, se você fosse pai e soubesse que seu filho ou filha fez sexo, não preferiria que ele ou ela utilizassem um preservativo? Que quantidade de risco é aceitável quando se está falando da vida de seus filhos?
Um estudo de casais em que um deles está infectado com o HIV determinou que, 17% dos companheiros que utilizavam preservativos para se proteger, se contagiaram com o vírus em um ano e meio. Dizer a nosso filhos que “reduzam o risco” a um em seis (17%) não é melhor que jogar à roleta russa. Eventualmente ambos são fatais.
A diferença é que com uma pistola, a morte é mais rápida. Finalmente, imagine-se que alguém o cede um bilhete para viajar para Miami e lhe diz que esta linha aérea só tem uma segurança de 80%, quer dizer, que de 10 vôos, somente 8 aviões chegarão ao destino. Você viajaria com esta linha aérea? Os adolescentes não escutarão a mensagem de abstinência. Só estará perdendo seu tempo e alento ao tratar de vender-lhes uma noção como essa.
É um mito -muito popular- crer que os adolescentes são incapazes de entender e aceitar a abstinência sexual antes do matrimônio. Quase 65% dos jovens de segundo grau menores de 18 anos não tiveram relações sexuais. Há alguns anos, em, Lexington, Kentucky, EUA, fez-se um evento para jovens que apresentava um ex convicto chamado Harold Morris.
Ele falava sobre a abstinência, entre outras coisas. O estádio tinha assentos para 18 000 pessoas mas havia 26 000 adolescentes! Eventualmente mais de 2 mil estavam de pé fora do auditório e escutavam através de um sistema preparado apressadamente.
Quem disse que os adolescentes não escutariam esta mensagem? Inclusive os adolescentes que foram sexualmente ativos poderiam escolher abster-se. Isto denomina-se “VIRGINDADE SECUNDÁRIA”, um bom conceito que carrega a idéia de que os adolescentes podem voltar a começar.
Uma jovem recentemente escreveu a Ann Landers para lhe dizer que desejava ter mantido a virgindade. Finalizava sua carta dizendo: “sinto muito, não o fiz mas desejo tê-lo feito”. Como adultos, responsáveis necessitamos dizer-lhes que, apesar de tudo, ela pode retroceder e avançar. Ela pode recuperar a sua auto valorização e proteger sua saúde, porque nunca é tarde para começar a dizer “não” ao sexo pré-matrimonial.
Apesar disso, os defensores do sexo seguro predominam nos círculos educativos, existem exemplos positivos para os jovens de programas baseados na abstinência?
Felizmente alguns excelentes programas foram desenvolvidos nos Estados Unidos. Spokane Ajuda ao Adolescente (Teen Aid) e o Comitê de Pais do Sudeste (Southwest Parentes Committee) de Chicago são bons exemplos. Também temos a Próxima Geração (Next Generation) em Maryland, Opções (Choices) na Califórnia e Respeito pelo Sexo (Sex Respect); Eu, meu Mundo, meu Futuro (Me, My World, My Future); Razões Razoáveis para Esperar (Reasonable Reasons to Wait); Sexo, Amor e Opções (Sex, Love & Choices); F.A.C.T.S., etc. são programas baseados na abstinência que ajudam aos adolescentes a tomar boas decisões no campo sexual.
Entretanto, estabelecer e manter as idéias de abstinência entre os jovens pode ser como cuspir contra o vento. Não porque não escutem, porque a maioria o faz. Mas porque as mensagens pró abstinência submergem em um mar da tóxica propaganda para o adolescente “o sexo é inevitável, utilize o preservativo”, dos profissionais do “sexo seguro”.
Vocês responsabilizam àqueles que disseram aos adolescentes que a expressão sexual é seu direito, no entanto o façam “adequadamente” Quem mais contribuiu com esta epidemia?
A indústria do entretenimento deve verdadeiramente compartilhar a culpa, incluindo aos produtores de televisão. É interessante neste contexto, assinalar que a maioria dos canais de televisão e a cabo estão retorcendo as mãos em relação a esta terrível epidemia da AIDS. Cinicamente alguns professam que estão muito preocupados por aqueles que estão infectados com doenças transmitidas sexualmente, e talvez sejam sinceros.
Entretanto, os executivos da televisão e os magnatas do cinema contribuíram poderosamente para a existência e propagação desta praga. Durante décadas, representaram aos adolescentes e jovens adultos trepando de cima a baixo nas camas de outros como robôs sexuais. Somente os tontos eram mostrados como castos e estes eram tão estúpidos e feios como para não poder encontrar um parceiro.
Supostamente, os “feios e estúpidos” nunca enfrentaram nenhuma conseqüência por sua boa conduta sexual. Entretanto, os “lindos” praticando o sexo seguro contraíram herpes, sífilis, inflamação pélvica, infertilidade. AIDS, tumores genitais ou câncer cervical.
A nenhum destes pacientes foi dito que não existe cura para sua doença ou que tem que enfrentar sua dor pelo resto da vida. Ninguém escutou que os diversos tipos de câncer genital associados ao papiloma humano (HPV) mata mais mulheres que a AIDS, ou que as características da gonorréia são agora resistentes à penicilina.
Não há nada sujo. Tudo parece muito divertido. Mas, que preço estamos pagando agora pelas mentiras divulgadas? O governo dos Estados Unidos também contribuiu com a crise e continua agravando o problema. Por exemplo, um folheto dos Centro Federais para o “Controle das Doenças e a cidade de Nova York” intitula-se “Os adolescentes Têm o Direito” e aparentemente tenta libertar aos adolescentes da autoridade adulta. Dentro dele há seis declarações que conformam a “Declaração de Direitos dos Adolescentes”, e são as seguintes:
    • Tenho o direito de pensar por mim mesmo.
    • Tenho o direito de decidir quando e com quem ter relações sexuais.
    • Tenho o direito de utilizar os preservativos quando pratico sexo.
    • Tenho o direto de comprar e utilizar preservativos.
    • Tenho o direito de expressar-me.
    • Tenho o direito de solicitar ajuda se a necessito.
Sob este último ponto (o direito de solicitar ajuda) há uma lista de organizações e números telefônicos, nacionais e estrangeiros, que aconselham para que os leitores liguem.
A filosofia que rege muitas das organizações inclui apresentar a homossexualidade, o travestimento, o bissexualismo como estilos de vida aceitáveis e “normais” e a promoção enérgica do direito à expressão sexual dos adolescentes. Certamente existem muitíssimas pessoas que reconhecem o perigo que agora está ameaçando as gerações do futuro.
É tempo de falar de um valor fora de moda denominado castidade. Agora mais do que nunca a VIRTUDE é uma necessidade. Se você concorda com nosso ponto de vista é tempo de propor um novo enfoque da sexualidade adolescente.
Por favor, separe este aviso e guarde-o. Leve-o a sua próxima reunião do colégio. Envie-o ao seu Ministério da Saúde e a seus congressistas.
Distribua copias na Associação de Pais e Mestres. E por todos os meios, reparta-o com os adolescentes. Comece promovendo a abstinência antes do matrimônio como a mais segura maneira de sobreviver a esta terrível epidemia mundial.
Dr. Raúl A. Cantella

* Igreja na Bolívia e Nicarágua reafirmam família natural formada pela união de um Homem com uma mulher.

O bispo auxiliar de Manágua, dom Silvio Báez, reiterou nesta terça-feira (22) a posição da Igreja a respeito de um projeto que pretende incluir no novo Código da Família a possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em encontro com diretores de meios de comunicação e jornalistas, o bispo auxiliar da capital da Nicarágua afirmou claramente que o colégio episcopal não tem uma posição oficial, mas estabeleceu a visão de que Deus criou o ser humano como homem e mulher, à sua imagem e semelhança, e confiou a ambos a reprodução para garantir a continuidade da humanidade e a educação dos filhos.
Dom Silvio Báez precisou que, para a Igreja, a família é vista como um patrimônio da humanidade não por norma, e sim como uma boa nova. “Nem tudo o que é legalizado é bom em si mesmo, assim como nem tudo o que é bom moralmente precisa estar refletido na lei”, disse o prelado, em alusão à lei em debate na Assembleia Nacional. Báez acrescentou que, quando se aprova uma lei que tem a ver com a família, acredita-se que tudo poderia ser feito e que tudo poderia ser considerado como bom para o ser humano.
O bispo assegurou que a Igreja está atenta à discussão de um código que toca em valores essenciais para a convivência humana em família. Afirmou que os bispos não se pronunciaram oficialmente para não dar maior importância aos grupos que se manifestaram nas ruas a favor da diversidade sexual e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estes grupos chegaram a chantagear deputados ameaçando divulgar as suas preferências sexuais caso não aprovassem as suas exigências.
De acordo com Báez, os pastores têm profundo respeito pelas pessoas de orientação sexual diferente daquela em que a família se baseia. “Respeitamos essas pessoas, as amamos e elas também têm lugar na Igreja, mas não podemos aceitar o fato como tal, nem propô-lo como uma via aceitável”.
O bispo defendeu esta posição como uma postura de fé, do evangelho e da tradição da Igreja, que viveu e interpretou a palavra de Deus. Perguntado sobre a posição do procurador de Direitos Humanos, Omar Cabezas, defensor do casamento entre homossexuais, dom Báez disse que os bispos respeitam as opiniões alheias “e não estão em confronto com ninguém”. “Achamos anormal que um Procurador de Direitos Humanos se posicione a favor de um determinado grupo, quando deveria respeitar o direito humano de todas as pessoas. Mas é a posição dele e não entramos em confronto. Acreditamos que, num sistema democrático, todos têm o direito de expressar a sua opinião”.
O bispo auxiliar de Manágua considera o problema complexo, com várias causas, e que cada caso deve ser considerado particularmente, com acompanhamento pastoral e atenção à pessoa. “Não há uma causa única nem uma receita dogmática”.
Ao considerar que muitas pessoas sofrem com esta situação, Báez disse que a Igreja procura levar as pessoas a alcançarem o que Jesus chama de “alegria plena e completa”. Mas destacou que, “qualquer que seja a orientação sexual de um ser humano, todos somos chamado a ser donos do nosso próprio corpo e a orientar o nosso corpo, a nossa sexualidade e os nossos sentimentos de acordo com os nossos valores, com o bem dos outros e com a dignidade da pessoa”.
A Igreja Católica sustenta que a sociedade tem o direito de considerar os aspectos éticos e morais da vida de um indivíduo e que há outros elementos na vida humana além da legalidade, como é o caso da ética e da moralidade.
Por sua vez, o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, disse que a Igreja católica local não substituirá os partidos políticos do país. Os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua iniciaram nesta quarta-feira (23), na cidade de Ocotal, um encontro ordinário para analisar diversos temas, entre eles as próximas eleições municipais de novembro, já convocadas oficialmente pelo Conselho Supremo Eleitoral.
Dom Álvarez disse, a respeito das eleições municipais, que os bispos da Nicarágua continuarão iluminando as consciências do povo com opinião crítica diante das situações do país. “Em nenhum momento nós somos uma opção política, nem pretendemos ser. Acreditamos que todo tipo de namoro com o poder, seja econômico, político ou de qualquer tipo, nos empobreceria como pastores. A nossa força está em Deus e na fé da nossa gente. Não precisamos de mais forças do que estas duas”.
O prelado enfatizou que a Igreja manterá uma palavra profética, de fé e esperança. Disse que durante a reunião em Ocotal os bispos refletiriam sobre as eleições municipais com o fim de adotar uma postura que ainda não está oficializada. “Divulgaremos a posição oficial colegiada de toda a Conferência Episcopal sobre as eleições. A Igreja vai se pronunciar pastoralmente quando for o momento”.
Dom Silvio Báez afirmou que a Igreja não tem propostas ideológicas ou políticas concretas, nem propõe qualquer sistema político em particular. Tampouco deseja usurpar o papel do estado ou dos partidos políticos. “A Igreja age em outros níveis, como a educação da consciência, dos valores”, especificou, agregando que a missão da Igreja vem do evangelho de liberdade e vida de Jesus Cristo, destinado a iluminar a inteligência com a verdade e a estimular a vontade das pessoas para praticarem a justiça e o bem conforme as exigências do presente. “A Igreja não tem soluções técnicas nem é uma terceira via diante das questões políticas”, concluiu.
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BOLÍVIA: IGREJA REJEITA PROJETO DE LEI SOBRE O CASAMENTO HOMOSSEXUAL
La Paz, 23 de maio de 2012

A Conferência Episcopal Boliviana emitiu nesta quarta-feira (23) um comunicado expressando a sua posição perante o projeto de lei “União de convivência entre casais do mesmo sexo”, apresentado recentemente à Assembleia Legislativa Plurinacional.
Publicamos a seguir o texto do comunicado.
Às vésperas do VII Encontro Mundial da Família, que abordará o tema “Família, trabalho e festa”, patrimônio de todos e instituição que humaniza a nossa existência, nós, bispos da Bolívia, reunidos em nossa 93ª Assembleia Plenária, refletimos sobre a importância capital da família em nossa sociedade e sobre as ameaças que se lançam sobre ela.
A respeito do projeto de lei “União de convivência entre casais do mesmo sexo”, apresentado recentemente à Assembleia Legislativa Plurinacional, expressamos a nossa rejeição, por considerá-lo como uma grave ameaça à família, tal como entendida pela sabedoria dos povos originários, pela tradição cultural da nossa sociedade e pelo pensamento cristão.
Ao se observar a natureza e o comportamento humano, pode-se deduzir que o matrimônio é uma relação única entre um homem e uma mulher. O que define esta relação é o fato de se tratar de uma instituição social baseada na complementaridade sexual. Esta torna possível a realização dos dois fins equivalentes do matrimônio: o amor mútuo entre os esposos e a procriação dos filhos.
Para nós, cristãos, maioria da população boliviana, este princípio é reafirmado por Deus com o testemunho da Sagrada Escritura: “E Deus fez o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, varão e mulher os criou. E os abençoou com estas palavras: sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn 1,27-28). É esta união de homem e de mulher que foi elevada por Cristo à categoria de sacramento (Mc 10,9), como sinal do seu  amor pela Igreja (cfr. Ef 5,22-33).
A partir destas considerações, ratificamos que nenhuma outra relação humana pode se arrogar a riqueza da complementaridade do matrimônio, nem pode fundar uma família.
Dado que o matrimônio é uma estrutura social fundamental e insubstituível, baseada na natureza humana, nem a Igreja nem o Estado podem mudá-la no que lhe é fundamental. Neste sentido, o Estado tem a obrigação de preservar este bem por causa da sua insubstituível importância social, como, de fato, é afirmado em nossa Constituição Política de Estado, que reconhece o matrimônio unicamente como a união entre uma mulher e um homem (art. 63).
A união homossexual e o matrimônio não são formas igualmente relevantes para o bem comum, dada a incapacidade da união homossexual em si mesma de gerar a vida, de assegurar o  desenvolvimento pleno dos filhos e de garantir a continuidade da sociedade. A  convivência ou a permanência de crianças no seio de tais uniões põe em perigo o seu normal desenvolvimento psicossocial e atenta contra os seus direitos.
O fato de que à convivência homossexual não seja reconhecida a categoria de matrimônio não implica a marginalização nem a exclusão dessas pessoas. Os direitos civis dos homossexuais devem ser regulados pelo direito comum, como os de qualquer cidadão. Todo ser humano, por ser filho de Deus, merece ser reconhecido e respeitado em sua dignidade e em seus direitos fundamentais.
Exortamos toda a população boliviana a defender os princípios e os valores do matrimônio e da família como instituições que, através da convivência harmônica e da procriação e educação dos filhos, favorecem a verdadeira felicidade humana e contribuem para a estabilidade e para a continuidade da sociedade.
Que a Família de Nazaré seja o modelo das nossas famílias, na sua comunhão de amor, na sua beleza simples e austera e no seu caráter sagrado e inviolável.
Secretaria Geral da Conferência Episcopal Boliviana